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O CLARO! é um restaurante para se estar – sem pressas.
A ver o rio. O Bugio. A luz do sol e as luzinhas da noite. E também o serviço.
É que aqui o serviço é bonito de se ver. Muitas vezes os pratos são finalizados na mesa de apoio que existe no centro da sala. Noutros casos, os pratos vêm da cozinha num carrinho.
Foi o que sucedeu com o prato de carne do menu de Natal, uma variante do famoso Bife Wellington que Vítor Claro preparou com cabrito.
"Folhado de Cabrito General Wellington"
Para quem sabe é sempre tudo muito fácil... Ou simples.
Daí que seja bastante elucidativa a descrição da preparação do prato pelo chef. Com efeito, nas palavras do próprio Vítor Claro:
“é muito simples.
o cabrito, fresco, é confitado em vácuo. todo armado em moderno. em baixas temperaturas e tudo. 60ºC durante dois dias. com ossos, para não secar nem um bocadinho.
depois é desfiado e coam-se os sucos.
prensa-se numa forma com um peso ligeiro por cima.
faz-se uma duxelle e barra-se por cima de um bloco de cabrito, que entretanto arrefeceu e gelatinou.
enrola-se em massa folhada, pincela-se de ovo e polvilha-se de cogumelos secos em pó.”
Para quem tivesse dúvidas, Vítor Claro reforça a ideia principal:
“simples.”
E ainda descodifica o galicismo utilizado:
“*duxelle: cogumelos picados finamente, suados em manteiga corada com chalota picada e um toque de nata fresca.”
De facto, servido com ervilhas e cogumelos, estava "simplesmente" muito bom.
Tendo sido acompanhado por um vinho do Douro, claro. A escolha do chef recaiu no Bioma 2010, ano da primeira colheita deste vinho muito gastronómico e com um longo final de boca, feito apenas com uvas da Quinta de Nápoles onde a Niepoort pratica viticultura biológica que se encontra em fase de certificação.
Fotografias: Marta Felino / Flash Food
(continua)
CLARO! | Hotel Solar Palmeiras, Avenida Marginal, Curva dos Pinheiros, Paço d’Arcos, Portugal | Chef Vítor Claro
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