Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Fotografia: Ricardo Silva / Público
Regra geral, quando um chef de alta cozinha tem que sugerir um restaurante e opta por não indicar o de um amigo, acaba por aconselhar um restaurante de produto.
Koschina tem o frango da Guia, Avillez o marisco do RAMIRO, Aimé o coelho da CASA ESTÊVÃO... e Sergi Arola o peixe da Adraga.
No passado, o chef espanhol já tinha referido o seu alto apreço pelo peixe e pelo marisco da Adraga. E agora, em entrevista à Time Out desta semana, Sergi Arola vai mais longe e acrescenta que um dos seus votos para a eleição dos 50 melhores restaurantes do mundo pela revista Restaurant irá para o RESTAURANTE DA ADRAGA.
"Tem algum restaurante favorito em Lisboa?
Tenho muitos e são de pessoas muito amigas. Mas há um, que não é da elite gastronómica, que é um dos melhores a nível mundial. Este ano até vou votar nele como um dos melhores, para os 50 melhores restaurantes do San Pellegrino, que é o da Praia da Adraga. É o melhor restaurante de praia de peixe do mundo. É maravilhoso. É boa gente, tratam as pessoas bem. E quando os meus amigos me pedem conselhos, além de indicar uns quantos em Lisboa, digo sempre para irem à Adraga."
RESTAURANTE DA ADRAGA | Praia da Adraga, Sintra, Portugal
Pedro Martino (NAGUAR), Henrique Mouro (ASSINATURA), Vicente Quintanilla (Cofradía Buena Mesa de la Mar) e Dani García (CALIMA) Fotografia: Naguar Oviedo
Sedeada em Salinas, nas Astúrias, a confraria espanhola Buena Mesa de la Mar atribuiu ao chef português Henrique Mouro, do ASSINATURA, o prémio Cucharón del Buen Guiso Marinero de 2012, na categoria internacional. A distinção regional foi para o chef Pedro Martino do NAGUAR, em Oviedo, e na categoria nacional foi premiado o chef Dani García do CALIMA, em Marbella (2 ** Michelin 2012).
Esta foi a XXVII edição do evento que já levou a Salinas nomes como Ferran Adrià, Juan Mari Arzak, Martín Berasategui, Santi Santamaría, Quique Dacosta, Joan Roca, Sergi Arola ou José Andrés.
No jantar de entrega dos prémios esteve ainda presente o crítico gastronómico espanhol Carlos Maribona, que descreve a visita às Astúrias no mais recente post do seu blog.
Fotografia: ASSINATURA
ASSINATURA | Rua do Vale Pereiro, 19, Lisboa, Portugal | Chef Henrique Mouro
Fotografias: RESTAURANTE DA ADRAGA
Sergi Arola, o chef catalão do SERGI AROLA GASTRO, 2 ** Michelin em Madrid, contou à Fugas do jornal Público de 23 de Junho de 2012 ser um grande apreciador do RESTAURANTE DA PRAIA DA ADRAGA, onde gosta imenso de comer “percebes, aos quilos” – "sempre que lá vou é uma ocasião super-especial":
“Gosto muito de experimentar restaurantes de praia, petiscos, picar. Acho que o melhor restaurante de praia do mundo é o da praia da Adraga. É maravilhoso.”
RESTAURANTE DA ADRAGA | Praia da Adraga, Sintra, Portugal
Continuando a acompanhar de perto a realidade gastronómica portuguesa, o crítico do jornal espanhol ABC dedica um novo post a Portugal. Desta vez, Carlos Maribona foi à ilha da Madeira conhecer o IL GALLO D’ORO (1 * Michelin) e também ao Algarve visitar o OCEAN (2 ** Michelin) aproveitando ainda para reflectir sobre as estrelas atribuídas em 2012 pelo guia Michelin aos restaurantes portugueses.
A sensação com que se fica, conjugando também com este post e com este, é a de que quanto mais o espanhol Carlos Maribona conhece a cozinha e os restaurantes portugueses mais chega à conclusão de que efectivamente o guia Michelin Portugal ainda não valoriza devidamente a cozinha portuguesa e os chefes nacionais:
“Lo que más llama la atención de estos restaurantes estrellados es que la gran mayoría pertenecen a hoteles. Nada menos que ocho de los doce están en establecimientos hoteleros. Y un detalle más, una gran parte de estos restaurantes galardonados tienen como chef a un extranjero. Nada menos que siete de los doce. Dos datos que indican claramente que los establecimientos con nivel en Portugal (al menos los establecimientos con nivel para los inspectores de la guía roja) están estrechamente vinculados con el turismo. Pero en el país vecino, como en España, los criterios de Michelin son insondables.
(…)
Da la impresión de que la guía roja en Portugal está orientada sobre todo a los turistas europeos que visitan el país. Por eso hay más estrellas en el Algarve que en Lisboa o en Oporto. Por eso se valoran cocinas de corte internacional y con una cierta tendencia al barroquismo. No digo que ocurra en todos los casos, especialmente porque aún no he visitado los doce estrellados, pero de los que conozco, que son bastantes, esa es una norma que se repite bastante.”
IL GALLO D’ORO | Hotel The Cliff Bay, Estrada Monumental, 147, Funchal, Madeira, Portugal | Chef Benoît Sinthon
OCEAN | Vila Vita Parc Hotel, Rua Anneliese Pohl, Alporchinhos, Porches, Portugal | Chef Hans Neuner
Fotografia: CANTINHO DO AVILLEZ
No seu périplo por Lisboa, o prestigiado antigo crítico gastronómico do New York Times Frank Bruni esteve ainda no CANTINHO DO AVILLEZ:
“Mr. Avillez’s other, much more casual new restaurant, CANTINHO DO AVILLEZ, is just blocks away, only a few months older and a convivial delight.
It features a succinct menu of hearty Portuguese bistro fare that departs from the Lisbon norm by paying a bit more attention to fowl, organ meats and African and Asian spices, which underscore ethnic bridges built in Portugal’s colonial past.”
CANTINHO DO AVILLEZ | Rua dos Duques de Bragança, 7, Lisboa, Portugal | Chef José Avillez
Fotografia: 1300 TABERNA
Outros dos restaurantes destacados pelo antigo crítico gastronómico do New York Times Frank Bruni na sua visita a Lisboa foi a 1300 TABERNA:
“There are more and more lookers on the Lisbon restaurant scene, like 1300 TABERNA, sprawling and stunning, with flamboyant lighting fixtures, fanciful plates and cutlery and — most important — appealing food that puts Portuguese staples through mildly inventive paces.”
1300 TABERNA | Lx Factory, Rua Rodrigues Faria, 103, Edifício H, Lisboa, Portugal | Chef Nuno Barros
O marisco da CERVEJARIA DA ESQUINA Fotografia: João Pedro Marnoto for The New York Times
Na visita de Frank Bruni a Lisboa, um dos restaurantes elogiados pelo ex-crítico gastronómico do New York Times foi a CERVEJARIA DA ESQUINA, na qual destacou em especial a variedade da oferta de marisco, a qualidade do camarão e a sapateira recheada:
“CERVEJARIA [DA ESQUINA], in the elegant residential neighborhood of Campo de Ourique, to which few tourists venture, has a menu with a more diverse selection of clams, saltwater snails and even barnacles than I’d ever encountered before.
Its shrimp were phenomenal, as was its version of a popular Portuguese crab dish that presents strands of crab meat mixed with salty roe, thickened with one or more condiments — mustard, for example — and tucked into the cavity of a big red crab shell. You spread the crab mixture on bread or, at CERVEJARIA [DA ESQUINA], something that’s more like Melba toast.
CERVEJARIA [DA ESQUINA] improves on the typical look of a restaurant of its kind with the lavish use of sleek, pale, handsome wood and tidy displays of its seafood in bins, along with a gargantuan tank that divides two rooms.”
CERVEJARIA DA ESQUINA | Rua Correia Teles, 56, Lisboa, Portugal | Chef Vítor Sobral
Raia Jackson Pollock, um dos pratos do BELCANTO destacados por Frank Bruni Fotografia: João Pedro Marnoto for The New York Times
José Avillez continua a percorrer o caminho do reconhecimento internacional. Agora foi Frank Bruni a elogiar o BELCANTO.
O conceituado antigo crítico gastronómico do New York Times, jornal que é a referência da cidade na avaliação de restaurantes, fez uma reportagem sobre Lisboa para o caderno Travel do New York Times deste domingo – conforme anuncia no Twiter “I fell hard for Lisbon, and this is my love letter to it”. E naturalmente também fala de restaurantes, destacando o BELCANTO (“My long lunch there was perhaps the best meal I’ve eaten in 2012 so far”) e José Avillez (“a rising young star on the Portuguese food scene and a big reason Lisbon is such a culinary joy, especially these days”).
São ainda elogiados o CANTINHO DO AVILLEZ, a CERVEJARIA DA ESQUINA e a 1300 TABERNA.
BELCANTO | Largo de São Carlos, 10, Lisboa, Portugal | Chef José Avillez
O Poliphonia Signature 2008 foi considerado o melhor vinho tinto de 2012 pelos jurados do Concurso Mundial de Bruxelas. Originário de vinhas em Reguengos de Monsaraz e São Mansos, no concelho de Évora, é produzido a partir das castas Alicante Bouschet e Syrah pela Granadeiro Vinhos, de Henrique Granadeiro, tendo como enólogo Pedro Baptista. Mais informação aqui.
Uma ginjinha para Anthony Bourdain Fotografia: Travel Channel
Estreou dia 30 nos EUA o episódio de No Reservations sobre Lisboa gravado em Dezembro passado. No site do Travel Channel já estão disponíveis vários vídeos.
A GINJINHA | Largo de São Domingos, 8, ao Rossio, Lisboa, Portugal
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.