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Rui Reguinga
Os vinhos alentejanos de Rui Reguinga na Serra de Portalegre são um claro exemplo do efeito que o factor altitude causa.
E não é apenas por a colheita das uvas ter que ser feita cerca de três semanas mais tarde do que na planície…
É que a altitude provoca uma temperatura média inferior e uma maior amplitude térmica, devido às noites na serra serem mais frias…
… o que tem consequências ao nível da flora!
E consequentemente… influencia o vinho feito a partir dessas vinhas!
O qual, naturalmente (ou seja, sem qualquer efeito artificial) tem uma maior acidez e uma maior frescura, com um teor alcoólico mais reduzido…
… bem como um maior potencial de evolução em garrafa, o que é uma grande diferença relativamente à maioria dos vinhos alentejanos.
O Alentejo não é só planície
Ora, para ilustrar este Alentejo de altitude… Rui Reguinga trouxe quatro vinhos, dois brancos e dois tintos:
1) Primeiro, o Terrenus branco de 2011 – vinhas velhas com cerca de 90 anos, no terroir alentejano da Serra de São Mamede.
2) Depois, o Terrenus branco já da colheita de 2013… e que ainda não está engarrafado!
3) Passando aos tintos, Rui Reguinga pretendeu isolar o factor altitude, para poder mostrar o efeito desse factor altitude sem a interferência do factor vinhas velhas – de modo que escolheu um vinho de vinhas maduras (mas não velhas), o Pedra Basta do ano de 2010, provando que o factor predominante da frescura desse vinho… é mesmo a altitude!
4) Por fim, o fresco e mineral Terrenus tinto da colheita de 2010 – blend de 10 castas provenientes de vinhas velhas (60 anos)… plantadas a 600 metros de altitude!
Terrenus branco 2011
Terrenus branco 2013 (amostra)
Pedra Basta tinto 2010
Terrenus tinto 2010
Quatro excelentes exemplos de como o Alentejo… não são só vinhos de planície!
(Parte IV – Continua)
Ver também:
Vinhos de altitude: só quando o factor altitude faz a diferença
Workshop Vinhos de Altitude | Vila Nova de Tazem, Gouveia, Portugal | 18 Julho 2014
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