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Casa Ferreirinha também é… azeite

por Raul Lufinha, em 11.10.21

Azeite Virgem Extra Casa Ferreirinha

Azeite Virgem Extra Casa Ferreirinha

A Casa Ferreirinha, marca de referência dos vinhos não fortificados do Douro, agora também é… azeite!

Conforme refere a Sogrape, «o novo azeite da Casa Ferreirinha é uma reinterpretação da produção do século XIX pela obra de Dona Antónia e uma homenagem a um produto premiado, reconhecido em 1900 com duas medalhas de ouro na Exposição Internacional de Paris. Com um rótulo vintage, inspirado no original guardado no Arquivo Histórico da Sogrape, este Azeite Virgem Extra nasce de oliveiras centenárias do Douro, presentes nas diferentes propriedades da Sogrape na região e com certificação de Produção Biológica.

O lote deste azeite Frutado Maduro surge da combinação cuidada de diferentes variedades de azeitona regionais: Verdeal, Madural, Galega, Negrinha do Freixo e Cobrançosa, que lhe conferem equilíbrio e harmonia entre o doce, picante e amargo, apresentando notas de frutos secos, banana, rosmaninho e maçã.

Este lançamento é a merecida homenagem a um produto nobre, que remonta ao tempo de Dona Antónia Adelaide Ferreira, e representa também a biodiversidade da região, que junta vinhas e oliveiras nos mesmos terrenos. Tudo isto se concretiza num azeite único, que reúne o melhor que a natureza oferece em cada uma das quintas da Sogrape no Douro, sempre com os mais elevados padrões de qualidade da Casa Ferreirinha.

O Azeite Virgem Extra Casa Ferreirinha vem complementar o portefólio da marca com um produto que, tal como o vinho, faz parte da dieta mediterrânica. Estará disponível para venda em garrafas de 500 ml nos melhores restaurantes, bem como lojas e garrafeiras gourmet e da especialidade».

Azeite Virgem Extra Casa Ferreirinha

Azeite Virgem Extra Casa Ferreirinha

Azeite Virgem Extra Casa Ferreirinha

 

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publicado às 23:50

Touriga-Fêmea, raro varietal da Casa Ferreirinha

por Raul Lufinha, em 10.02.21

Casa Ferreirinha Touriga-Fêmea Tinto 2016

Casa Ferreirinha Touriga-Fêmea Tinto 2016

As principais marcas da histórica Casa Ferreirinha, no Douro, têm uma enorme pujança comercial e são sobejamente conhecidas do grande público – abrangendo, aliás, uma vasta gama de vinhos, que começa nos jovens Esteva e Planalto, passa pelos mais complexos Papa Figos, Vinha Grande e Callabriga, e vai até aos extraordinários Quinta da Leda, Antónia Adelaide Ferreira e Reserva Especial, culminando naturalmente no mítico Barca-Velha.

O que já não é tão conhecido – porém – é o lado experimental da Casa Ferreirinha!

E, em especial, a sua aposta em castas raras e menos comuns, em castas tradicionais da região demarcada do Douro que, com o passar dos anos, foram caindo em desuso.

Aposta essa que em 2008 levou inclusivamente a Casa Ferreirinha a também plantar na Quinta do Seixo variedades antigas como Donzelinho, Tinta Francisca ou Touriga Brasileira.

Mas não só!

Com efeito, a Casa Ferreirinha, para além de aproveitar estas castas menos usuais do Douro para afinar os seus lotes, por vezes, também as utiliza… para fazer vinhos varietais!

Pequenas produções, como é óbvio.

E edições limitadas.

Mas, cada vez mais, disponíveis também para o público em geral.

Por exemplo, da colheita de 2015, saiu o Tinta Francisca.

E agora, da vindima de 2016, também com uvas da Quinta do Seixo, chegou ao mercado, em novembro de 2020, o Touriga-Fêmea.

100% Touriga-Fêmea.

Casta que – apesar de não ter vindo do outro lado do Atlântico – é também conhecida no Douro como Touriga Brasileira.

Explicando o contrarrótulo que a «Touriga-Fêmea é uma casta rara resultante do cruzamento entre Touriga Nacional e Malvasia Fina».

Tão rara, na verdade, que, prossegue o texto, «existem menos de 40 hectares desta casta plantados em Portugal».

Para depois concluir que, «respeitando a tradição das especialidades da Casa Ferreirinha, este é um vinho exclusivo, de qualidade excecional».

Com efeito, de acordo com Luís Sottomayor – enólogo responsável pelos vinhos da Sogrape no Douro, à qual a Casa Ferreirinha pertence desde 1987, e que também assina mais esta nova “especialidade” da Casa Ferrerinha – o «Casa Ferreirinha Touriga-Fêmea é um vinho vivo e elegante, que vem revitalizar uma casta tradicional, mas um pouco esquecida para a maioria dos apreciadores de vinhos do Douro».

«Ainda que menos comum – acrescenta – esta casta traz aos vinhos um caráter intenso e elegante, bem patente neste vinho de 2016».

Sendo esta a nota de prova do enólogo, feita ainda em 2019 – o vinho foi engarrafado em junho desse ano:

«Apresenta cor rubi profunda, um aroma intenso e complexo, com notas de frutos secos, como o figo, a amêndoa e a avelã, notas arbustivas, ligeiros frutos de caroço, frutos vermelhos frescos, com presença de madeira discreta e muito bem integrada. Na boca, tem uma acidez muito viva, que lhe confere intensidade, taninos firmes de boa qualidade e notas arbustivas, frutos vermelhos frescos. O final é longo e elegante.»

Touriga Nacional e Malvasia Fina

Touriga Nacional e Malvasia Fina, as duas castas cujo cruzamento originou a Touriga-Fêmea

Provado em casa

Entretanto, já no passado mês de dezembro de 2020, foi então com enorme expectativa que provámos, em casa, a nossa amostra do Touriga-Fêmea de 2016.

Claro que o ideal seria certamente esperar mais uns anos. Com efeito, apesar de a Casa Ferreirinha referir que «o vinho está pronto a consumir», também acrescenta que, «no entanto, irá beneficiar de um estágio em garrafa entre 5 a 8 anos, mantendo-se no seu melhor por vários anos». E o nosso acabou por estar engarrafado apenas um ano e meio. Mas, se não o abríssemos, não o conseguiríamos provar… E a verdade é que o vinho (embora, como é evidente, precise sempre que lhe dêem um pouco de tempo para respirar) efetivamente – tal como dizia a Casa Ferreirinha – mostra-se, desde já, muito pronto!

De qualquer forma, na nossa prova, o mais fascinante, o que mais ressaltou, foi mesmo verificar que este vinho cumpre integralmente o desígnio da Casa Ferreirinha.

Cumpre – desde logo – o objetivo da Casa Ferreirinha de produzir vinhos Douro DOC de grande qualidade. Como é indiscutivelmente o caso deste Touriga-Fêmea. Um grande vinho do Douro, feito exclusivamente a partir de uma casta que, apesar de menos usual, faz parte do património da região, demonstrando a extraordinária riqueza e diversidade dos terroirs da Casa Ferreirinha. Algo que tem ainda mais valor dada a tradição da região – e da Casa Ferreirinha – ser o vinho de lote e não o monocasta.

Mas não só!

Cumpre também o lema da Casa Ferreirinha de ter «em cada vinho uma história»! Efetivamente, com este Touriga-Fêmea, não se verifica apenas o caso de o vinho ter uma história por trás – que tem. Como também têm, aliás, muitos outros vinhos. Porém, o que mais fascina neste Touriga Fêmea é que – para além de ter essa história por trás – ao provarmos o vinho, sentimos mesmo essa sua história!

A prova confirma a história!

A prova torna a história verosímil!

Ou então, dito de outra forma, a história deste vinho é tão marcante que, ao prová-lo, conseguimos comprová-la.

Conseguimos senti-la.

Conseguimos sentir a origem desta variedade de uvas.

E conseguimos perceber a razão de ser do seu nome.

Efetivamente, ao provar este varietal de Touriga-Fêmea conseguimos perceber a história de esta casta ser o resultado do cruzamento entre a tinta Touriga Nacional e a branca Malvasia Fina. É quase um Touriga Nacional, mas, na verdade, não é bem (não é mesmo) um Touriga Nacional. É menos exuberante, tem menos estrutura, tem menos corpo!

E mais!

Ao provar o vinho, também conseguimos perceber a história do nome da casta, a razão pela qual foram dados a esta casta tinta os nomes de Touriga Brasileira e Touriga-Fêmea – de facto, sente-se que estamos perante uma Touriga… mais suave, mais elegante, mais delicada, mais feminina!

Sendo certo que isto, naturalmente, não resulta apenas da casta – é, acima de tudo, mérito do enólogo Luís Sottomayor e da sua abordagem minimalista, a qual permite que o vinho expresse verdadeiramente a variedade de uva que está na sua origem. Um trabalho que começa na vinha e prossegue na adega. E em que todos os pormenores contam – desde a cuidada seleção dos cachos ao ligeiro esmagamento, passando pela suave maceração e pelo longo estágio de 24 meses em madeira, mas recorrendo a barricas usadas de carvalho francês de 225 litros. Tudo, sempre de modo a que este varietal seja uma expressão da casta e, mais ainda, fazendo jus ao lema da Casa Ferreirinha, seja também uma expressão da própria história da casta! Nomeadamente quanto à sua origem e quanto ao seu nome!

Um vinho raro e fascinante, do qual foram produzidas apenas 1324 garrafas, com o PVP recomendado de 62,50 €.

Casa Ferreirinha Touriga-Fêmea Tinto 2016

Casa Ferreirinha Touriga-Fêmea Tinto 2016

 

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publicado às 23:43

Parcela 45. O último testemunho de uma vinha perdida para sempre nos incêndios de 2017... é o melhor Alfrocheiro de sempre de Carvalhais

por Raul Lufinha, em 15.11.20

Quinta dos Carvalhais Alfrocheiro Parcela 45 Tinto 2017

Quinta dos Carvalhais Alfrocheiro Parcela 45 Tinto 2017

O novo e irreptível Parcela 45 é, a todos os títulos, um vinho absolutamente extraordinário!

Desde logo, por ser o último testemunho de uma vinha perdida para sempre nos dramáticos incêndios de outubro de 2017, que também atingiram a Quinta dos Carvalhais.

O que lhe confere uma enorme carga emocional! 

E depois também – claro – por ser, em si mesmo, um vinho maravilhoso!

De tal forma, aliás, que inclusivamente a própria enóloga Beatriz Cabral de Almeida o considera “o melhor Alfrocheiro já produzido na Quinta dos Carvalhais, vindimado no momento certo e a tempo de hoje mostrar um equilíbrio de aromas, frescura e estrutura fascinantes!”

De facto, é um vinho que impressiona!

Efetivamente, não tenho memória de um Alfrocheiro tão perfeito como este da Parcela 45, uma parcela no topo da Quinta dos Carvalhais à qual Beatriz Cabral de Almeida também chama “parcela das colmeias”.

O vinho tem uma cor rubi, de intensidade média.

Os aromas são delicados e complexos. Notas florais. Frutos vermelhos, em especial framboesa e romã. E também fruta negra. Bem como notas de cogumelos, de bosque e de terra molhada.

Tudo sempre num registo de enorme elegância!

O qual depois também se confirma na boca.

Com efeito, este é um Alfrocheiro extremamente elegante e harmonioso. Suave. Fresco. Com taninos muito finos. Envolvente. E com um final longo e saboroso.

Elegante e harmonioso como os grandes vinhos do Dão!

Tendo funcionado muito bem à mesa – e também sozinho, de tão perfeito que está.

Sendo essa também uma outra virtude deste Alfrocheiro – apesar de certamente ir continuar a evoluir favoravelmente com o passar do tempo, encontra-se desde já muito pronto, dando, agora mesmo, uma excelente prova!

Edição limitada, são apenas 2034 garrafas, com um PVP recomendado de 54 €.

Quinta dos Carvalhais Alfrocheiro Parcela 45 Tinto 2017

“Um Alfrocheiro inédito e de edição única como nunca antes se havia provado na Quinta dos Carvalhais”... que nos traz também à memória a nossa visita à Quinta dos Carvalhais um mês antes dos incêndios de outubro de 2017

 

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publicado às 21:00

A Essência do Peso é… frescura e elegância

por Raul Lufinha, em 10.02.20

Enólogo Luís Cabral de Almeida e o Essência do Peso 2017

Enólogo Luís Cabral de Almeida e o Essência do Peso 2017

A Herdade do Peso não tem propriamente um ‘terroir’ – tem muitos!

Com efeito, esta propriedade da Sogrape, situada em Pedrógão, no concelho da Vidigueira, em pleno Alentejo, é composta por 465 hectares de terra.

Dos quais 120 são de vinha – 112 hectares de uvas tintas (Aragonês, Syrah, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional e Petit Verdot) e somente 8 hectares de uvas brancas (Antão Vaz, Arinto e Chardonnay).

Com uma orografia bastante diversificada.

E múltiplas exposições solares.

Tendo sido identificados, na área de vinha, 12 diferentes tipos de solo.

De modo que, perante aquela ideia – naturalmente discutível – de que os topos de gama de um determinado produtor devem ser os vinhos que melhor expressam o seu ‘terroir’, a primeira pergunta é logo:

Qual deles?

Qual dos ‘terroirs’?

Na verdade, todos eles – todos esses diferentes ‘terroirs’ – são ‘terroir’ da Herdade do Peso!

De modo que o enólogo Luís Cabral de Almeida, que está no Alentejo desde 2012, foi por outro caminho.

Tem o Ícone, claro, a referência máxima da Herdade do Peso, do qual existem apenas duas edições – 2007 e 2014.

Mas depois, a seguir, em vez de ir à procura daquele que seria ‘o’ ‘terroir’ do Peso, foi antes em busca de um vinho que expressasse a verdadeira essência… de todos estes diferentes ‘terroirs’!

Não, ‘o’ ‘terroir’ – mas, sim, ‘a essência’ dos diferentes ‘terroirs’!

E desse modo nasceu o Essência do Peso!

Um vinho, como diz o enólogo, «com uma dimensão quase artesanal», de precisão, de pequenos volumes, sempre diferente a cada nova edição e que Luís Cabral de Almeida, em busca da verdadeira essência da Herdade do Peso, faz sempre talhão a talhão.

De 2014, foi um 100% Syrah dos vizinhos talhões 6 e 7.

De 2015, foi um varietal de Alicante Bouschet, feito com uvas dos talhões 2 e 4, cujos solos são distintos.

E agora, de 2017, esta terceira edição é um lote de 55% de Alicante Bouschet do talhão 17 com 45% de Syrah do talhão 7 – ambos talhões baixos, com solos argiloso-calcários fundos e com mais argila do que a média da propriedade, o que permite às plantas uma maior disponibilidade de água.

Essência do Peso 2017

No rótulo, o mapa da Herdade do Peso com a identificação dos dois talhões que contribuíram para o Essência do Peso 2017

E então o que é que Luís Cabral de Almeida nos quer dizer com este novo vinho?

Se o enólogo o fez em busca da verdadeira essência da Herdade do Peso, qual é então essa essência?

E a resposta só pode ser uma:

Frescura e elegância!

O que mais se destaca neste complexo e vibrante vinho tinto alentejano, com notas de frutos silvestres maduros e especiarias, é a sua extraordinária frescura, a sua excelente acidez.

A par, também, da sua enorme elegância e equilíbrio, com taninos suaves e macios.

E então percebemos que todo aquele autêntico trabalho de artesão de Luís Cabral de Almeida foi feito pelo enólogo a pensar neste concreto resultado, nesta mensagem de frescura e elegância.

Desde logo, a escolha de um solo que retém maior quantidade de água.

Depois, a seleção das castas – curiosamente, as mesmas do Ícone, embora aqui com menos presença da variedade dominante: Alicante Bouschet, que dá muita cor, fruta viva e volume; e Syrah, que aporta complexidade aromática e persistência.

E, também, todo o trabalho feito na vinha, desde a poda de inverno à vindima, que, no quente ano de 2017, teve que ser antecipada, embora sem prejuízo da boa maturação das uvas.

Bem como, a seguir, o processo de vinificação, feito em separado.

E, depois, o subsequente estágio de 12 meses em contacto com madeira de carvalho francês – o Alicante Bouschet num tonel de 3000 litros, o Syrah em barricas.

Culminando tudo na feitura do lote final.

Para o qual Luís Cabral de Almeida só utilizou as melhores barricas.

Tendo, ainda, lançado mão de um trunfo que os enólogos gostam muito de utilizar nos melhores vinhos – naqueles que têm um estágio mais prolongado previamente ao engarrafamento – para lhes dar um empurrão extra de frescura e vivacidade: juntou um pouco de vinho mais jovem, juntou um pouco de vinho do ano seguinte! Mas com uma característica muito especial: é que os 3% de Alicante Bouschet de 2018 que adicionou ao lote eram de… vinho de talha! Com efeito, não é um facto muito conhecido mas Luís Cabral de Almeida também faz vinho de talha na Herdade do Peso! Porém, em vez de o lançar como tal no mercado, prefere antes utilizá-lo para valorizar ainda mais os seus melhores lotes! Vinho de talha esse que, neste caso, «com os taninos perfeitos, devido à micro-oxigenação» – conforme contou o enólogo – fez toda a diferença!

No total, deste Essência do Peso 2017, foram produzidas 6800 garrafas.

Com um PVP de 28,50 €.

Essência do Peso 2017

Herdade do Peso Essência do Peso Tinto 2017


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publicado às 01:02

Mélange à 3, o novo vinho da Quinta dos Carvalhais

por Raul Lufinha, em 12.07.19

Fernando Cunha Guedes, Presidente da Sogrape, e a enóloga Beatriz Cabral de Almeida, no lançamento do primeiro Mélange à 3

Fernando Cunha Guedes, Presidente da Sogrape, e a enóloga Beatriz Cabral de Almeida, no lançamento do Mélange à 3

 

Há um novo tinto na Quinta dos Carvalhais.

Chama-se Mélange à 3.

Tem uma imagem de rutura com os outros vinhos da marca, apresentando um rótulo descontraído, num estilo assumidamente retro e elegante.

E é o resultado de um conceito não apenas inovador mas também dinâmico.

O de, a cada ano, a partir da mistura (“mélange”) de três elementos, criar um vinho de qualidade descomplicado e fácil de gostar, que sirva de porta de entrada ao Dão e atraia novos consumidores à região.

Para esta primeira edição, as castas escolhidas foram Touriga Nacional, Tinta Roriz e Alfrocheiro, da colheita de 2018.

Sendo um lote em que efetivamente predomina a Touriga Nacional – cada uma das outras duas variedades representa somente 15% do blend – e em que durante 6 meses 40% do vinho estagiou não em cubas de inox mas antes em barricas usadas de carvalho francês de 225 litros.

A cor é rubi, com tonalidades violeta.

No nariz, temos frutos encarnados maduros e também as notas florais típicas da casta dominante, mas num registo contido e elegante, bem como um pouco daquele bosque da Quinta dos Carvalhais, cheio de balsâmicos e de notas mentoladas.

Na boca, bom volume, ótima acidez.

E depois um final longo.

Mas o mais fascinante neste vinho – para além de já estar muito pronto, apesar de ser apenas de 2018 – é mesmo o seu equilíbrio, a sua extraordinária harmonia!

Daí também ser um tinto excelente para ser bebido por si só!

Algo que vai sucedendo com muitos brancos e rosés, mas não é assim tão comum nos tintos, em particular, nos tintos de qualidade.

Ou seja, de tão completo e equilibrado, é um vinho que não precisa de comida!

Claro que fica bem, por exemplo, com carne, especialmente grelhada.

Mas o mais notável é que, de facto, não precisa de comida alguma para funcionar maravilhosamente.

Daí ser tão fácil de se gostar!

E daí também ser tão fácil e descomplicado de se beber!

O único cuidado a ter, ainda para mais no verão, é o de se respeitar a temperatura de serviço recomendada no contrarrótulo – faz mesmo toda a diferença ser bebido entre os 14 °C e os 17 °C.

Quanto ao preço, tem o PVP recomendado de 5,99 €.

Carvalhais Mélange à 3 Tinto 2018Carvalhais Mélange à 3 Tinto 2018


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publicado às 15:51

Único 2015, terceira edição do topo de gama da Quinta dos Carvalhais

por Raul Lufinha, em 14.12.18

Enóloga Beatriz Cabral de Almeida

Enóloga Beatriz Cabral de Almeida

Produzido apenas em anos de excecional qualidade, acaba de ser lançada a terceira edição do Único, o tinto que melhor expressa o terroir da Quinta dos Carvalhais.

Topo de gama da Sogrape no Dão, é da colheita de 2015 e já tem a assinatura da enóloga Beatriz Cabral de Almeida, sucedendo aos 2005 e 2009 de Manuel Vieira.

Complexo, com enorme frescura, mas também muito elegante e delicado, é um vinho que nos traz em todo o seu esplendor o granito e as florestas do Dão.

Sendo um lote em que naturalmente predomina a Touriga Nacional da Vinha da Anta, complementada porém com 6% de Alfrocheiro e ainda com mais 6% de field blend.

Apresentando-se numa edição limitada de 5746 garrafas, com o PVP de 80 €.

Quinta dos Carvalhais Único Tinto 2015

Quinta dos Carvalhais Único Tinto 2015

 

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publicado às 18:06

Joachim Koerper na apresentação do Reserva Especial 2009 da Casa Ferreirinha

por Raul Lufinha, em 29.10.17

Joachim Koerper e Fernando da Cunha Guedes, CEO da Sogrape

Joachim Koerper e Fernando Cunha Guedes, CEO da Sogrape

A apresentação do Reserva Especial 2009 da Casa Ferreirinha decorreu no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.

Foi num jantar de excelência, conduzido pelos vinhos e que esteve a cargo de Joachim Koerper, o chef alemão que lidera dois restaurantes distinguidos com uma estrela Michelin, o ELEVEN, na capital portuguesa, e o ELEVEN RIO, no Brasil.

 

PALÁCIO

Palácio Nacional da Ajuda

Palácio Nacional da Ajuda

 

PÃO E MANTEIGA

Duas variedades de pão

Duas variedades de pão: um de trigo, outro de mistura com azeitonas

A manteiga do ELEVEN

A manteiga do ELEVEN

 

ENTRADA

Porto Ferreira Quinta do Porto Tawny 10 Anos

Porto Ferreira Quinta do Porto Tawny 10 Anos

Ferrero Rocher de foie gras

Ferrero Rocher de Foie Gras

 

PRATO DE PEIXE

Casa Ferreirinha Vinha Grande Branco 2016

Casa Ferreirinha Vinha Grande Branco 2016

Atum tonato

Atum Tonato

 

PRATO DE CARNE

Luís Sottomayor

Luís Sottomayor, no topo da mesa

Luís Sottomayor

Enólogo Luís Sottomayor apresentou o vinho da noite, o Reserva Especial 2009

Casa Ferreirinha Reserva Especial 2009

Casa Ferreirinha Reserva Especial 2009

Presa de porco preto alentejano com aipo, cogumelos e batata

Presa de Porco Preto Alentejano com Aipo, Cogumelos e Batata

 

PRÉ-SOBREMESA

Porto Ferreira Branco 10 Anos

Porto Ferreira Branco 10 Anos

Nossa laranjinha

Nossa Laranjinha

 

O CHEF E O CEO

Joachim Koerper

Joachim Koerper

Joachim Koerper partilhou a experiência de cozinhar para vinhos tão gastronómicos

Fernando da Cunha Guedes

Fernando da Cunha Guedes

Fernando Cunha Guedes, CEO da Sogrape, fez os agradecimentos finais

 

SOBREMESA E PETITS FOURS

Porto Ferreira Vintage

Porto Ferreira Vintage… servido sem indicação do ano, para deixar toda a mesa a tentar descobrir – só no final seria desvendada a data da colheita!

Flexi-ganache com marmelo caramelizado e gelado de açafrão

Flexi-Ganache com Marmelo Caramelizado e Gelado de Açafrão

Petits fours

Petits Fours

Porto Ferreira Vintage 1978

Porto Ferreira Vintage 1978

 

O GRANDE DESTAQUE DA NOITE

Casa Ferreirinha Reserva Especial 2009

Casa Ferreirinha Reserva Especial 2009

 

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publicado às 23:01

2009 é ano de Reserva Especial

por Raul Lufinha, em 28.10.17

Enólogo Luís Sottomayor e o Reserva Especial 2009

Enólogo Luís Sottomayor e o Reserva Especial 2009

2009 é ano de Reserva Especial.

Um vinho magnífico!

Desde logo, porque a Casa Ferreirinha primeiro engarrafa-o (após menos de dois anos de envelhecimento em madeira) – aliás, em todo este processo, essa decisão de o engarrafar, que só acontece em anos excecionais e de grande potencial, é a mais difícil de tomar.

Porém, tomada que seja essa decisão de o engarrafar, só depois, bastante mais tarde e em função da evolução em garrafa ao longo de mais de meia década, é que a Casa Ferreirinha finalmente decide se o lança como Barca-Velha ou como Reserva Especial.

Ou seja, noutro produtor, este vinho seria o Barca-Velha do ano de 2009, com o perfil dado por esse ano.

Na Casa Ferreirinha, é Reserva Especial!

Casa Ferreirinha Reserva Especial tinto 2009

Casa Ferreirinha Reserva Especial tinto 2009

 

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publicado às 23:35

Um Ícone do Alentejo

por Raul Lufinha, em 16.10.17

Enólogo Luís Cabral de Almeida e o Ícone 2014 da Herdade do Peso

Enólogo Luís Cabral de Almeida e o Ícone 2014 da Herdade do Peso

Enólogo Luís Cabral de Almeida e o Ícone 2014

O Alentejo tem um novo Ícone!

Com efeito, a Herdade do Peso acaba de lançar a segunda edição da sua sempre rara referência de topo, produzida apenas em anos excecionais – o Ícone.

É assinado pelo enólogo Luís Cabral de Almeida, que para este vinho praticou uma enologia diferenciada e minimalista.

E tem origem na colheita de 2014 – um ano com imensas manhãs de neblina e péssimo para a praia, mas excelente para a Vidigueira!

Sendo de notar que o anterior Ícone – o primeiro – era proveniente da já longínqua vindima de 2007.

A base continua a ser Alicante Bouschet, embora desta vez sem Alfrocheiro e Tinta Roriz, mas com um pouco de Syrah – apenas 4%.

Resultando num vinho que naturalmente expressa o local que lhe está origem, com toda a sua complexidade – dada nomeadamente pelos doze diferentes tipos de solo e pelas múltiplas exposições solares.

Mas, vinho esse, que é muito mais do que a mera expressão do “terroir”!

É um tinto com sentido de lugar!

É, acima de tudo, um vinho alentejano!

Um grande vinho alentejano!

Daquele Alentejo que apresenta uma enorme intensidade de aromas e sabores… e que também tem a acidez e a frescura da Vidigueira!

Ou seja, não é só Vidigueira... é Alentejo feito na Vidigueira!

Daí que o Ícone da Herdade do Peso seja igualmente… um símbolo do Alentejo!

Sublime Comporta

Vinhos sublimes… no Sublime Comporta | Para apresentar os dois novos tintos de excelência da Herdade do Peso – o Ícone e o Essência do Peso – a Sogrape escolheu o Sublime Comporta, um country house retreat a uma hora de Lisboa. Tendo sido à mesa do SEM PORTA que o enólogo Luís Cabral de Almeida, sentado na presidência, deu a conhecer os vinhos da noite.

 

Herdade do Peso Colheita Branco 2015 + Cavala, Leite de Tigre de Citrinos e Abacate

Herdade do Peso Colheita Branco 2015 + Cavala, Leite de Tigre de Citrinos e Abacate | Para acompanhar o fresco ceviche, um elegante e complexo varietal de Antão Vaz que celebra a casta rainha da Vidigueira.

 

Herdade do Peso Essência do Peso 2015 + Mar e Montanha - Polvo, Porco e Especiarias

Herdade do Peso Essência do Peso 2015 + Mar e Montanha - Polvo, Porco e Especiarias | A complexidade do Alentejo brilhando no prato, em especial nas deliciosas migas, plenas de sabor a enchidos e a fumo. E também no copo, com a primeira novidade do jantar, o novo Essência do Peso, um vinho sempre único e distinto a cada ano, expressando os vários terrois da Herdade do Peso. Assim, depois de um 100% Syrah em 2014, a edição da vindima de 2015 é agora um monocasta de uvas Alicante Bouschet provenientes dos talhões números 2 e 4, os quais têm solos diferentes, dando origem a vinhos bem diferenciados – um mais gordo e com muita fruta madura, outro com maior acidez – de modo a, explicou Luís Cabral de Almeida, se complementarem com elegância no poderoso lote final e mostrarem a complexidade da Herdade do Peso. Com efeito, apesar dos 15% de graduação alcoólica, no Essência do Peso de 2015 sobressai a imensa acidez e frescura do vinho – tem um pH de apenas 3,5 – apresentando um enorme potencial para evoluir favoravelmente nos próximos anos. (P.V.P. € 22,50)

 

Herdade do Peso Ícone 2014 + Pombo, Foie Gras e Pinhão

Herdade do Peso Ícone 2014 + Pombo, Foie Gras e Pinhão | Com os sabores mais fortes do jantar, o vinho mais poderoso, intenso, complexo e longo da noite – o Ícone. Apenas 6.655 garrafas. (P.V.P. € 85)

 

Sandeman Porto Tawny 20 Anos + Sericaia, Figo e Queijo de Nisa

Sandeman Porto Tawny 20 Anos + Sericaia, Figo e Queijo de Nisa | Para os intensos sabores alentejanos da sobremesa do SEM PORTA, uma viagem ao Douro com um Porto Tawny elegante, equilibrado e complexo.

 

Salar Kayhan e Luís Cabral de Almeida

Salar Kayhan e Luís Cabral de Almeida | Os dois homens da noite: o chef iraniano-dinamarquês, que preparou o delicioso jantar no SEM PORTA do Sublime Comporta; e o enólogo, que assinou os dois novos tintos de excelência da Herdade do Peso.

 

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publicado às 21:28

Visita à Quinta dos Carvalhais, com a enóloga Beatriz Cabral de Almeida

por Raul Lufinha, em 06.10.17

Enóloga Beatriz Cabral de Almeida

Enóloga Beatriz Cabral de Almeida

Para perceber verdadeiramente um vinho, não basta prová-lo.

É essencial conhecer o “terroir”.

Sendo completamente transformador compreender o local onde nascem as uvas que dão origem aos vinhos que apreciamos e, também, as pessoas que os criam – quando tal sucede, há claramente um antes e um depois.

Daí ter sido tão fascinante visitar a Quinta dos Carvalhais tendo como anfitriã a enóloga Beatriz Cabral de Almeida.

A partir de agora, abrir uma garrafa de Quinta dos Carvalhais traz-nos sempre à memória tudo o que aprendemos e vivenciámos… nesta extraordinária quinta do Dão!

Quinta dos Carvalhais

Dos mais de 100 hectares da Quinta dos Carvalhais, só metade são de vinha – há muitas sombras!

Quinta dos Carvalhais

Pelo que foi à sombra e em frente à vinha…

Quinta dos Carvalhais

… que a enóloga Beatriz Cabral de Almeida apresentou a Quinta dos Carvalhais, a referência da Sogrape no Dão.

Quinta dos Carvalhais

E, por entre umas avelãs torradas…

Quinta dos Carvalhais

… começou por dar a provar o Grão Vasco Branco de 2016, que tem uma nova marca e uma nova imagem, sendo a primeira vez que inclui uvas da Quinta dos Carvalhais.

Quinta dos Carvalhais

A seguir, um curto passeio a pé…

Quinta dos Carvalhais

… pelas vinhas em frente à casa da quinta…

Quinta dos Carvalhais

… onde iria continuar a prova.

Quinta dos Carvalhais

Com pão e queijo Serra da Estrela…

Beatriz Cabral de Almeida

… a enóloga Beatriz Cabral de Almeida abriu e deu a provar…

Quinta dos Carvalhais

… o Quinta dos Carvalhais Colheita Branco de 2016, que nos traz a elegância, a frescura e o equilíbrio do Dão.

Beatriz Cabral de Almeida

E depois apresentou toda a extensa gama…Quinta dos Carvalhais

… da Quinta dos Carvalhais.

Quinta dos Carvalhais

O almoço foi então servido à sombra de uma latada.

Beatriz Cabral de Almeida

Tendo sido a enóloga da Quinta dos Carvalhais... a trazer os vinhos!

Quinta dos Carvalhais

Para começar, uma sopa de cogumelos com bacon, feita na quinta.

Quinta dos Carvalhais Colheita Branco 2016

A seguir, continuando com o gastronómico Quinta dos Carvalhais Colheita Branco de 2016 assinado por Beatriz Cabral de Almeida…

Quinta dos Carvalhais

… quatro saladas.

Quinta dos Carvalhais

Salada de polvo; de grão com bacalhau; de alface com noz, figo e queijo Serra da Estrela curado; e ainda uma salada de tomate-coração-de-boi.

Quinta dos Carvalhais Colheita Tinto 2015

Depois, com os taninos finos e elegantes do Quinta dos Carvalhais Colheita Tinto, de 2015…

Quinta dos Carvalhais

… cabrito assado!

Quinta dos Carvalhais

Assado, aliás, num forno a lenha que se vê da mesa... e em que a madeira utilizada era videira!

Quinta dos Carvalhais Jaen Tinto 2011

Entretanto, Beatriz Cabral de Almeida deu também a provar o sedutor Jaen de 2011.

Quinta dos Carvalhais

A fruta foi igualmente da quinta: uvas e figos.

Quinta dos Carvalhais

E depois um folhado de requeijão, com doce de abóbora e meia noz…

Quinta dos Carvalhais Colheita Tardia Branco 2011

… acompanhado pela acidez viva do elegante e untuoso Colheita Tardia Branco de 2011 da Quinta dos Carvalhais…

Quinta dos Carvalhais

… com o qual terminou o almoço!

Quinta dos Carvalhais

Pelo que, após assinarmos o livro de honra da quinta…

Quinta dos Carvalhais

… uma nova aventura!

Quinta dos Carvalhais

A enóloga Beatriz Cabral de Almeida iria conduzir-nos numa volta à quinta… em pick-up!

Quinta dos Carvalhais

De modo que deixámos a casa para trás…

Quinta dos Carvalhais

… e fomos ao longo das vinhas, por caminhos de terra batida.

Quinta dos Carvalhais

Tendo parado no topo de uma colina…

Quinta dos Carvalhais

… junto ao que resta…

Quinta dos Carvalhais

… da Orca dos Padrões…

Quinta dos Carvalhais

… um emblemático dólmen megalítico, construído na transição do IV para o III milénio a.C., que foi restaurado nos finais de 1990.

Quinta dos Carvalhais

Depois de também termos visitado a “Vinha da Anta”, de onde vem a Touriga Nacional para o Único da Quinta dos Carvalhais…

Beatriz Cabral de Almeida

… prosseguimos viagem, sempre com a enóloga ao volante!

Quinta dos Carvalhais

Atravessámos zonas de mata…

Quinta dos Carvalhais

… bem como vinhas…

Quinta dos Carvalhais

… e mais vinhas…

Quinta dos Carvalhais

… e ainda floresta!

Quinta dos Carvalhais

Passámos junto ao lago…

Quinta dos Carvalhais

… continuámos a ver vinhas…

Quinta dos Carvalhais

… e chegámos por fim à casa partida!

Beatriz Cabral de Almeida

Muito obrigado pela visita, Beatriz! E pela boleia!

 

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publicado às 14:00


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