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Tejo. À descoberta de vinhos diferentes

por Raul Lufinha, em 13.07.20

Escanção Rodolfo Tristão

Escanção Rodolfo Tristão

Luís de Castro, presidente de direção da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo), foi o anfitrião de uma apresentação e prova de vinhos do Tejo subordinada ao tema “Pequenos Produtores, Grandes Descobertas”.

A sessão decorreu no Instituto da Vinha e do Vinho, em Lisboa.

E a prova comentada foi conduzida pelo escanção Rodolfo Tristão, consultor da CVR Tejo.

No total, foram apresentados nove vinhos.

Todos eles, é certo, vinhos de pequenos produtores.

Mas, acima de tudo, todos eles vinhos diferentes!

Todos eles vinhos que – por uma razão ou por outra – saem do padrão habitual da região.

E, desde logo por isso, merecem ser descobertos.

E conhecidos!

Tejo

À descoberta dos vinhos do Tejo

Começando pelos brancos, o primeiro vinho foi o Herdade dos Templários, da recente vindima de 2019.

Um lote de Arinto e Fernão Pires, em partes iguais, com a surpresa de também ter... 20% de Riesling!

Sendo um branco, porém, que, embora saboroso, explora o lado tropical desta variedade típica de climas mais frescos.

E também, diga-se, a vertente tropical da casta Fernão Pires.

De qualquer forma, para os apreciadores do estilo, vale bem mais do que o PVP recomendado.

Herdade dos Templários Branco 2019

Herdade dos Templários Branco 2019 – 4,5 €

Depois, provou-se o Quinta da Badula Reserva, de 2018.

Alvarinho e Arinto.

Um branco jovem.

Com complexidade e estrutura.

E em que atualmente predominam as notas de maracujá.

Quinta da Badula Reserva Branco 2018

Quinta da Badula Reserva Branco 2018 – 10,5 €

A seguir, o Quinto Elemento, da Quinta do Arrobe.

Já da colheita de 2016.

100% Arinto.

Elegante, evoluído, volumoso.

Quinto Elemento Reserva Branco 2016

Quinto Elemento Reserva Branco 2016 – 14,5 €

Prosseguindo com a prova, chegámos a um branco de Rui Reguinga.

Ora, no Tejo, o grande desafio de Rui Reguinga é assumidamente fazer vinhos premium.

De modo que, para além dos Quinta de Vale Veado, o premiado enólogo e produtor já tinha o Tributo, um extraordinário tinto de homenagem ao seu pai.

E agora, com este sedutor branco de 2018, também inspirado na Côtes-du-Rhône, prossegue esse caminho.

Sendo a estreia do Vinha da Talisca.

Um lote de Marsanne (60%), Roussanne (20%) e Viogner (20%).

Tudo uvas provenientes de uma vinha plantada em 2005, ano do nascimento da sua filha “Talisca”.

Sendo um branco intenso e complexo.

Com aromas de fruta branca madura.

Untuoso

Cremoso.

Com uma boa acidez.

E, acima de tudo, extremamente saboroso!

Tudo sempre muito equilibrado.

E num registo de enorme elegância.

Será, pois, igualmente muito interessante acompanhar a sua evolução – são apenas 1200 garrafas.

Rui Reguinga Vinha da Talisca Branco 2018

Rui Reguinga Vinha da Talisca Branco 2018 – 20 €

Depois, foi a vez do projeto que marca o regresso da enóloga Joana Pinhão às suas origens ribatejanas.

Casal das Aires.

E um Chardonnay da Charneca do Tejo.

De 2018.

Sedoso.

Com estrutura.

E muito elegante!

Casal das Aires Chardonnay Branco 2018

Casal das Aires Chardonnay Branco 2018 – 20,9 €

O último branco foi um diferente e original lote de Arinto e... Moscatel.

Em que os 35% de Moscatel estão bastante presentes!

Um vinho gordo.

Mas sem madeira.

E bastante guloso.

Sendo muito interessante o contraste entre o fresco ataque de boca do Arinto e o final untuoso e floral do Moscatel!

Quinta da Escusa Harvest Branco 2016

Quinta da Escusa Harvest Branco 2016 – 9 €

Entre os brancos e os tintos, um rosé.

O Zé da Leonor.

De 2019.

Um rosé fresco e com boa acidez.

Feito a partir de Touriga Nacional, Syrah e... Cabernet Sauvignon!

Zé da Leonor Rosé 2019

Zé da Leonor Rosé 2019 – 5,9 €

Por fim, dois tintos.

Primeiro, o Quinta da Arriça Reserva, de 2017.

Original lote de Pinot Noir, Sousão e Syrah.

Macio.

E com muita fruta.

Quinta da Arriça Reserva Tinto 2017

Quinta da Arriça Reserva Tinto 2017 – 6 €

E depois, para terminar a viagem por vinhos diferentes do Tejo, um desafiante lote de Tinta Barroca – uva muito usada no Douro para Vinho do Porto – e Touriga Nacional.

Um tinto redondo.

Especiado – muito presentes, as notas de cravinho.

E guloso.

Num registo doce e madurão.

A pedir comida!

Comida salgada!

Joana da Cana Reserva Tinto 2016

Joana da Cana Reserva Tinto 2016 – 13 €

Uma prova, pois, que demonstrou a enorme diversidade da região.

Havendo muito para descobrir no Tejo!

Os 9 vinhos do Tejo provados

Os 9 vinhos do Tejo provados

 

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publicado às 00:15

Monção e Melgaço, a origem do Alvarinho

por Raul Lufinha, em 28.05.19

António Barbosa e Manoel Batista, os Presidentes das Câmaras de Monção e de MelgaçoAntónio Barbosa e Manoel Batista, os Presidentes das Câmaras de Monção e de Melgaço


A casta Alvarinho – para muitos, a rainha das castas brancas portuguesas – está na moda.


Está na moda junto dos consumidores.


E está também na moda junto dos próprios produtores, que a estão a plantar um pouco por todo o país.

 

Alvarinho Wine Fest, 8 a 10 de junho de 2019Alvarinho Wine Fest, 8 a 10 de junho de 2019

 

Ora, para celebrar os terroirs que estão na origem do Alvarinho e a autenticidade dos seus vinhos, mais de 30 produtores de Monção e Melgaço trazem de novo a Lisboa o “Alvarinho Wine Fest”.


Um evento de três dias que irá decorrer no Pavilhão Carlos Lopes, de 8 a 10 de junho.


E em que, para além da prova de Alvarinhos muito especiais, será igualmente possível degustar queijos, enchidos e outras iguarias destes dois territórios do Alto Minho.

 

Rodolfo Tristão, sommelier do BELCANTORodolfo Tristão, sommelier do BELCANTO

 

A conferência de imprensa de lançamento do evento realizou-se no Hotel Ritz, em Lisboa, ao longo de um almoço só de Alvarinhos que, comprovando a enorme aptidão gastronómica destes vinhos e a sua grande capacidade de evolução, serviu igualmente para dar a conhecer uma pequena amostra dos muitos vinhos que irão estar disponíveis para prova no evento – no total, serão, pelo menos, 108 Alvarinhos!


A comandar as operações, bem como a conduzir e comentar a prova, esteve Rodolfo Tristão, o sommelier do BELCANTO, de José Avillez.


Tendo as boas-vindas sido dadas com dois espumantes, um de cada um dos concelhos da sub-região de Monção e Melgaço.

 

Cortinha Velha Espumante Bruto Natural Reserva 2016

Cortinha Velha Espumante Bruto Natural Reserva 2016  (Monção)

 

Dom Ponciano Espumante Bruto Natural Grande Reserva 2013Dom Ponciano Espumante Bruto Natural Grande Reserva 2013 (Melgaço)

 

Ritz Four Seasons LisboaRitz Four Seasons Lisboa

 

Ritz Four Seasons LisboaO menu do almoço…

 

Ritz Four Seasons Lisboa… assinado pelo chef Pascal Meynard…

 

Ritz Four Seasons Lisboa… e o wine pairing – só Alvarinhos


Para começar, com o risoto, dois Alvarinhos agradavelmente fora da caixa.

 

Além da habitual frescura e acidez, eram também untuosos, com uma ótima textura.

 

Quinta das Alvaianas 2018Quinta das Alvaianas 2018

 

Vale dos Ares Vinha da Coutada 2016Vale dos Ares Vinha da Coutada 2016

 

Risoto de camarão selvagem aromatizado com basílico e limãoRisoto de camarão selvagem aromatizado com basílico e limão

 

A seguir, para o bacalhau, Rodolfo Tristão apresentou quatro vinhos bem diferentes.


O Expressões de Anselmo Mendes, mais novo e mais fresco, sendo o que melhor puxa pelos temperos do bacalhau de Pascal Meynard.


E depois três maravilhosos Alvarinhos antigos, comprovando que esta não é uma casta apenas de vinhos frescos para beber com calor.


O Deu La Deu de 1998, então, estava de tal forma delicioso que nem comida precisava!

 

Expressões Anselmo Mendes 2016Expressões Anselmo Mendes 2016

 

Deu La Deu 1998Deu La Deu 1998

 

Quinta de Alderiz 2008Quinta de Alderiz 2008

 

Quinta do Regueiro 2000Quinta do Regueiro 2000

 

Bacalhau confit, bimi, puré de grão e crumble de milhoBacalhau confit, bimi, puré de grão e crumble de milho

 

Finalmente, para o pudim Abade de Priscos, dois excelentes espumantes e um surpreendente colheita tardia com notas de caramelo.

 

Soalheiro Espumante Bruto Barrica 2014Soalheiro Espumante Bruto Barrica 2014

 

Côto de Mamoelas Bruto Grande Reserva 2012 (dégorgement maio 2018)Côto de Mamoelas Bruto Grande Reserva 2012 (dégorgement maio 2018)

 

QM Vindima Tardia 2016QM Vindima Tardia 2016

 

Pudim do Abade de Priscos com laranja marinada, poejo, sorbet de laranja e cardamomoPudim do Abade de Priscos com laranja marinada, poejo, sorbet de laranja e cardamomo

 

Foi o final de um almoço que celebrou os Alvarinhos… do território do Alvarinho!

 

Mignardises

Mignardises

 

Os Alvarinhos de Monção e Melgaço apresentados à mesa

Os Alvarinhos de Monção e Melgaço apresentados à mesa

 

Alvarinho Wine Fest 2019
Pavilhão Carlos Lopes, Lisboa, Portugal
8, 9 e 10 de junho

 

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publicado às 01:23

Com bacalhau, o vinho Bacalhau

por Raul Lufinha, em 03.12.15

Paulo Laureano

Paulo Laureano

A escolha do vinho ideal para acompanhar bacalhau gera sempre apaixonados debates à mesa…

… muitas vezes para além da tradicional questão “branco ou tinto?”

Até porque há mil e uma formas de o confecionar.

Pelo que o desafio lançado ao enólogo Paulo Laureano foi o de produzir um vinho que fosse a companhia perfeita para pratos de bacalhau.

Tanto quanto se possa naturalmente falar de perfeição nestas matérias, porque se é seguro que o salgado do bacalhau exige um vinho com alguma estrutura e sem demasiada acidez, grande parte da resposta ao desafio da harmonização ideal é puramente subjetiva.

Daí que a ideia tenha sido a de consensualizar a subjetividade.

Para tal, foi reunido um júri alargado, composto essencialmente por cozinheiros, jornalistas, escanções e gastrónomos: Vítor Sobral, Hélio Loureiro, Henrique Sá Pessoa, Teresa Vivas, Fernando Melo, Paulo Alves, João Paulo Martins, Duarte Calvão, José Carlos Rodrigues, Ricardo Castilho, Rodolfo Tristão, Bella Mazano, Oyvind Jensen, Katrine Rypeng, Christian Nordahl, Leora Levi e também o próprio Paulo Laureano.

Que, em harmonia com as receitas de Vítor Sobral para o bacalhau salgado seco de cura tradicional portuguesa pescado nas águas frias e cristalinas da Noruega, e após repetidas provas, chegou a dois vinhos, um branco e um tinto, ambos muito redondos, muito perfeitos, muito consensuais…

… e curiosamente, mas não por acaso, ambos alentejanos da Vidigueira.

Um branco de 2014, feito exclusivamente com Antão Vaz…

… e um tinto de 2013, cujo lote é composto por Trincadeira (40%), Alicante Bouschet (30%), Aragonez (20%) e Tinta Grossa (10%).

Mas a dúvida permanece: vinho Bacalhau, branco ou tinto?

Uma brincadeira interessante é, perante um concreto prato de bacalhau…

… provar ambos!

Bacalhau Escolha Paulo Laureano, Branco 2014 e Tinto 2013

Bacalhau Escolha by Paulo Laureano, Branco 2014 e Tinto 2013

 

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publicado às 23:56

Luís Gaspar no SALA DE CORTE

por Raul Lufinha, em 26.06.15

Luís Gaspar

Luís Gaspar

Luís Gaspar é o responsável pela cozinha do SALA DE CORTE…

… novo restaurante em Lisboa, na zona do Mercado da Ribeira, ao Cais do Sodré…

… especializado em carne grelhada!

A qual é preparada num Josper…

… um forno especial, que também é grelhador…

... combinando uma grelha a carvão 100% vegetal com um forno de altas temperaturas.

O que permite deixar a carne grelhada... mas sempre muito suculenta!

Josper

Josper

Josper, forno e grelhador

Já a carta de vinhos tem a assinatura do conhecido escanção…

… Rodolfo Tristão!

Rodolfo Tristão

Rodolfo Tristão

Igualmente gratificante foi reencontrar António Ferreira na sala do SALA DE CORTE – um profissional muito atento e rigoroso, que já não via desde os tempos do PANORAMA no Sheraton Lisboa.

O SALA DE CORTE é um restaurante a descobrir!

 

SALA DE CORTE | Rua da Ribeira Nova, 28, Cais do Sodré, Lisboa, Portugal | Chef Luís Gaspar

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publicado às 02:16

A sobremesa Nespresso de João Rodrigues

por Raul Lufinha, em 25.05.15

João Rodrigues e Rodolfo Tristão

João Rodrigues, chef do FEITORIA… e Rodolfo Tristão, sommelier da Nespresso

No FEITORIA, restaurante do Altis Belém com 1*...

... o café é Nespresso.

Pelo que, aquando da passagem da Rota das Estrelas 2015, João Rodrigues preparou uma sobremesa especial de café.

Deliciosa, tinha chocolate, fava tonka, caramelo, flor de sal…

… e café Nespresso!

Com a mais-valia adicional de Kamilla Seidler, a chef do GUSTU, também ter aparecido na apresentação… para fazer a quenelle!

João Rodrigues...

... e a sobremesa Nespresso

João Rodrigues

Kamilla Seidler

João Rodrigues

Sobremesa Nespresso

Sobremesa Nespresso

 

FEITORIA | Altis Belém Hotel & Spa, Doca do Bom Sucesso, Lisboa, Portugal | Chef João Rodrigues

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publicado às 01:28

Pastel de Nata & Café: Porquê?

por Raul Lufinha, em 19.07.14

Rodolfo Tristão, escanção

A ligação entre o pastel de nata e o café é claramente uma solução vencedora.

Há cada vez mais gente que não prescinde de beber o café com um pastel de nata… ou de comer o pastel de nata com um café!

Por que será?

A razão é simples.

É que o café melhora a sobremesa… e a sobremesa melhora o café!

… e também sommelier de café da Nespresso

Com efeito, o ácido e o amargo do café realçam os sabores doces da sobremesa…

… e o doce da sobremesa intensifica as notas do café, quaisquer que elas sejam – amargas ou ácidas, especiadas ou florais…!

Pelo que juntar o café a uma sobremesa ou adicionar uma sobremesa ao café…

... origina uma experiência muito mais rica e intensa!

 

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publicado às 23:24


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