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Joachim Koerper e Fernando Cunha Guedes, CEO da Sogrape
A apresentação do Reserva Especial 2009 da Casa Ferreirinha decorreu no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.
Foi num jantar de excelência, conduzido pelos vinhos e que esteve a cargo de Joachim Koerper, o chef alemão que lidera dois restaurantes distinguidos com uma estrela Michelin, o ELEVEN, na capital portuguesa, e o ELEVEN RIO, no Brasil.
PALÁCIO
Palácio Nacional da Ajuda
PÃO E MANTEIGA
Duas variedades de pão: um de trigo, outro de mistura com azeitonas
A manteiga do ELEVEN
ENTRADA
Porto Ferreira Quinta do Porto Tawny 10 Anos
Ferrero Rocher de Foie Gras
PRATO DE PEIXE
Casa Ferreirinha Vinha Grande Branco 2016
Atum Tonato
PRATO DE CARNE
Enólogo Luís Sottomayor apresentou o vinho da noite, o Reserva Especial 2009
Casa Ferreirinha Reserva Especial 2009
Presa de Porco Preto Alentejano com Aipo, Cogumelos e Batata
PRÉ-SOBREMESA
Porto Ferreira Branco 10 Anos
Nossa Laranjinha
O CHEF E O CEO
Joachim Koerper partilhou a experiência de cozinhar para vinhos tão gastronómicos
Fernando Cunha Guedes, CEO da Sogrape, fez os agradecimentos finais
SOBREMESA E PETITS FOURS
Porto Ferreira Vintage… servido sem indicação do ano, para deixar toda a mesa a tentar descobrir – só no final seria desvendada a data da colheita!
Flexi-Ganache com Marmelo Caramelizado e Gelado de Açafrão
Petits Fours
Porto Ferreira Vintage 1978
O GRANDE DESTAQUE DA NOITE
Casa Ferreirinha Reserva Especial 2009
Ver também:
Enólogo Luís Sottomayor e o Reserva Especial 2009
2009 é ano de Reserva Especial.
Um vinho magnífico!
Desde logo, porque a Casa Ferreirinha primeiro engarrafa-o (após menos de dois anos de envelhecimento em madeira) – aliás, em todo este processo, essa decisão de o engarrafar, que só acontece em anos excecionais e de grande potencial, é a mais difícil de tomar.
Porém, tomada que seja essa decisão de o engarrafar, só depois, bastante mais tarde e em função da evolução em garrafa ao longo de mais de meia década, é que a Casa Ferreirinha finalmente decide se o lança como Barca-Velha ou como Reserva Especial.
Ou seja, noutro produtor, este vinho seria o Barca-Velha do ano de 2009, com o perfil dado por esse ano.
Na Casa Ferreirinha, é Reserva Especial!
Casa Ferreirinha Reserva Especial tinto 2009
Ver também:
João Paulo Martins
Jornalista, crítico da Revista de Vinhos e autor do guia “Vinhos de Portugal”, cuja 21.ª edição já prepara…
… João Paulo Martins conduziu em Foz Côa uma prova comentada que demonstrou a enorme diversidade e a qualidade dos tintos da sub-região do Douro Superior.
Diversidade e qualidade que começa desde logo nas castas utilizadas no Douro Superior. João Paulo Martins escolheu quatro, cada uma delas ilustrada com um vinho monovarietal:
1 – Bastardo. De maturação precoce – era usada antigamente para aumentar a quantidade produzida – e quase sem cor, origina tintos desconcertantes, mais pálidos e deslavados do que a maioria dos rosés… mas que depois, na boca, são surpreendentemente poderosos. Aqui foi provado o Conceito Bastardo já de 2013.
2 – Tinto Cão. De maturação tardia e oxidação lenta, é muito usada para fazer os Porto vintage. A solo, pode dar um grande vinho nos anos especiais que permitem vindimas tardias no Douro Superior. Como sucedeu com o Dona Berta Tinto Cão Reserva de 2010.
3 – Tinta Barroca. Casta por excelência dos lotes de vinho do Porto, amadurece muito depressa, dando origem a vinhos gulosos e fáceis de beber. E mais ainda quando trabalhada em altitude no Douro Superior, como acontece no Muxagat Tinta Barroca de 2012.
4 – Touriga Nacional. Por muitos hoje considerada a casta portuguesa mais completa e equilibrada, era desprezada no Douro até aos anos 80 do século passado – só então se percebeu quão bem se adaptava às características específicas do Douro Superior. Cultivada em solo de granito, a casta tem no Monte Meão Touriga Nacional 2009 uma das suas melhores expressões!
Da direita para a esquerda:
Conceito Bastardo tinto 2013
Dona Berta Tinto Cão Reserva tinto 2010
Muxagat Tinta Barroca tinto 2012
A seguir, reforçando a ideia da diversidade na qualidade, João Paulo Martins apresentou dois vinhos produzidos no Douro Superior de acordo com as regras da agricultura biológica, o gastronómico Altano Quinta do Ataíde 2012... e o luxuoso Quinta do Monte Xisto 2011, seguramente um dos melhores vinhos portugueses!
Da direita para a esquerda:
Monte Meão Touriga Nacional tinto 2009
Altano Quinta do Ataíde tinto 2012
Quinta do Monte Xisto tinto 2011
Depois, mais dois vinhos com um denominador comum, desta vez, a componente de vinhas velhas: o Barão de Vilar Grande Reserva e o Quinta de Lubazim Grande Reserva, ambos de 2009.
Da direita para a esquerda:
Barão de Vilar Grande Reserva tinto 2009
Quinta de Lubazim Grande Reserva tinto 2009
Palato do Côa Reserva tinto 2011
Por fim, três exemplos de um dos pontos fortes do Douro Superior, os vinhos de lote: o Palato do Côa Reserva 2011, o Quinta do Vesúvio 2009…
Da direita para a esquerda:
Quinta do Vesúvio tinto 2009
Casa Ferreirinha Reserva Especial tinto 2003
… e, a encerrar a prova, um ‘quase Barca-Velha’, o Reserva Especial de 2003, da Casa Ferreirinha.
Casa Ferreirinha Reserva Especial tinto 2003
Uma prova de grande nível, sem dúvida com uma enorme variedade de tintos do Douro Superior e com uma elevadíssima qualidade – precisamente aquilo que João Paulo Martins pretendia demonstrar com esta sessão, que decorreu durante o Festival do Vinho do Douro Superior de 2014 e foi aberta ao público.
Os 11 vinhos da prova comentada dos tintos do Douro Superior
Ver também:
Douro Superior, uma sub-região a afirmar a sua identidade
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