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António Barbosa e Manoel Batista, os Presidentes das Câmaras de Monção e de Melgaço
A casta Alvarinho – para muitos, a rainha das castas brancas portuguesas – está na moda.
Está na moda junto dos consumidores.
E está também na moda junto dos próprios produtores, que a estão a plantar um pouco por todo o país.
Alvarinho Wine Fest, 8 a 10 de junho de 2019
Ora, para celebrar os terroirs que estão na origem do Alvarinho e a autenticidade dos seus vinhos, mais de 30 produtores de Monção e Melgaço trazem de novo a Lisboa o “Alvarinho Wine Fest”.
Um evento de três dias que irá decorrer no Pavilhão Carlos Lopes, de 8 a 10 de junho.
E em que, para além da prova de Alvarinhos muito especiais, será igualmente possível degustar queijos, enchidos e outras iguarias destes dois territórios do Alto Minho.
Rodolfo Tristão, sommelier do BELCANTO
A conferência de imprensa de lançamento do evento realizou-se no Hotel Ritz, em Lisboa, ao longo de um almoço só de Alvarinhos que, comprovando a enorme aptidão gastronómica destes vinhos e a sua grande capacidade de evolução, serviu igualmente para dar a conhecer uma pequena amostra dos muitos vinhos que irão estar disponíveis para prova no evento – no total, serão, pelo menos, 108 Alvarinhos!
A comandar as operações, bem como a conduzir e comentar a prova, esteve Rodolfo Tristão, o sommelier do BELCANTO, de José Avillez.
Tendo as boas-vindas sido dadas com dois espumantes, um de cada um dos concelhos da sub-região de Monção e Melgaço.
Cortinha Velha Espumante Bruto Natural Reserva 2016 (Monção)
Dom Ponciano Espumante Bruto Natural Grande Reserva 2013 (Melgaço)
Ritz Four Seasons Lisboa
O menu do almoço…
… assinado pelo chef Pascal Meynard…
… e o wine pairing – só Alvarinhos
Para começar, com o risoto, dois Alvarinhos agradavelmente fora da caixa.
Além da habitual frescura e acidez, eram também untuosos, com uma ótima textura.
Quinta das Alvaianas 2018
Vale dos Ares Vinha da Coutada 2016
Risoto de camarão selvagem aromatizado com basílico e limão
A seguir, para o bacalhau, Rodolfo Tristão apresentou quatro vinhos bem diferentes.
O Expressões de Anselmo Mendes, mais novo e mais fresco, sendo o que melhor puxa pelos temperos do bacalhau de Pascal Meynard.
E depois três maravilhosos Alvarinhos antigos, comprovando que esta não é uma casta apenas de vinhos frescos para beber com calor.
O Deu La Deu de 1998, então, estava de tal forma delicioso que nem comida precisava!
Expressões Anselmo Mendes 2016
Deu La Deu 1998
Quinta de Alderiz 2008
Quinta do Regueiro 2000
Bacalhau confit, bimi, puré de grão e crumble de milho
Finalmente, para o pudim Abade de Priscos, dois excelentes espumantes e um surpreendente colheita tardia com notas de caramelo.
Soalheiro Espumante Bruto Barrica 2014
Côto de Mamoelas Bruto Grande Reserva 2012 (dégorgement maio 2018)
QM Vindima Tardia 2016
Pudim do Abade de Priscos com laranja marinada, poejo, sorbet de laranja e cardamomo
Foi o final de um almoço que celebrou os Alvarinhos… do território do Alvarinho!
Mignardises
Os Alvarinhos de Monção e Melgaço apresentados à mesa
Alvarinho Wine Fest 2019
Pavilhão Carlos Lopes, Lisboa, Portugal
8, 9 e 10 de junho
Alvarinho Wine Fest Monção e Melgaço
O vinho da casta Alvarinho…
… tem uma longevidade notável!
Mas o que impressiona ainda mais…
… é a sua capacidade de evolução!
Na verdade, com o tempo, o vinho Alvarinho não envelhece…
… evolui!
E torna-se maior!
Conseguindo chegar onde no início não ia!
Fernando Melo
Daí a importância de que, num evento como o Alvarinho Wine Fest…
… em que os produtores de Monção e Melgaço vieram a Lisboa celebrar o Verão com a frescura dos seus Alvarinhos…
… tenha havido igualmente uma prova de vinhos Alvarinhos... evoluídos!
A qual foi superiormente conduzida e comentada por Fernando Melo, crítico de vinho e comida.
… e a prova comentada dos Alvarinhos evoluídos
Tendo o primeiro desafio sido uma vertical da Quinta de Alderiz…
… com a prova dos Alvarinhos de 2008, 2005 e 2003.
Começando do mais recente para o mais antigo…
… ficou desde logo a constatação de que, com o tempo, o Alvarinho torna-se um vinho ainda maior!
Igualmente interessante foi, após o de 2003, regressar ao de 2005 e verificar que o de 2003 não chega a ir onde foi o extraordinário Alvarinho daquela garrafa de 2005 – intenso, amargo, complexo!
Quinta de Alderiz: 2008, 2005 e 2003
Depois, num segundo momento, três produtores diferentes…
… Portal do Fidalgo (2007), Quintas de Melgaço (2004) e Reguengo de Melgaço (2001)…
… e a mesma conclusão – a enorme capacidade evolutiva dos vinhos da casta Alvarinho.
Portal do Fidalgo 2007 / Quintas de Melgaço 2004 / Reguengo de Melgaço 2001
A seguir, novamente uma prova vertical.
Desta vez, Dona Paterna…
… das colheitas de 1998, 1995 e 1993.
Tendo este último Alvarinho, com mais de 20 anos, encantado pela elegância e mineralidade.
Dona Paterna: 1998, 1995, 1993
Já no quarto e último momento, apenas dois vinhos.
O Alvarinho da Quinta do Regueiro de 2008…
… e o sublime Soalheiro do ano de 1997, o vinho mais marcante de toda a prova!
Quinta do Regueiro 2008 / Soalheiro 1997
Tendo sido uma sessão espetacular…
… recheada de momentos de partilha e aprendizagem!
Enquanto se provavam alguns dos melhores vinhos…
… que se produzem em Portugal!
Fernando Melo
Obrigado, Fernando!
Ver também:
Os Alvarinhos de Monção e Melgaço… em Lisboa
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