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Nuno Oliveira Garcia… numa viagem pelos brancos do Douro Superior

por Raul Lufinha, em 08.06.14

Nuno Oliveira Garcia

Na prova comentada dos brancos que decorreu no Festival do Vinho do Douro Superior de 2014, o blogger, jornalista e crítico da Revista de Vinhos Nuno Oliveira Garcia começou por apresentar as três principais razões que, no seu entendimento, justificam o facto de a sub-região do Douro Superior ser distinta do resto do resto da Região Demarcada do Douro.

Desde logo, a muito maior disparidade de temperaturas – que permite fazer vinhos mais vibrantes no Douro Superior.

Depois, a circunstância de as castas da região – por exemplo, Viosinho, Rabigato, Códega – adaptarem-se melhor às características do Douro Superior, permitindo, nomeadamente, um maior equilíbrio acidez/açúcar.

E finalmente o factor humano – a maior dificuldade em fazer vinho no Douro Superior obrigou a um maior aperfeiçoamento técnico… que depois acabou necessariamente por provocar um aumento da qualidade dos vinhos aqui produzidos.

… na prova comentada dos vinhos brancos do Douro Superior

Depois Nuno Oliveira Garcia propôs que a sua prova comentada dos brancos do Douro Superior fosse não apenas uma viagem por vários produtores… mas também por vários anos do mesmo produtor – para poder mostrar melhor as características da sub-região.

Tendo começado pelos brancos de 2011, 2012 e 2013 da Quinta da Sequeira – com muito encepamento de Malvasia Fina, que lhes confere um lado meloso e doce – para depois os comparar com os Rabigato 2011 e 2013 do mesmo produtor, já com maior frescura. Quinta da Sequeira aliás cujo Grande Reserva 2011 foi o melhor branco no 2º Concurso de Vinhos do Douro Superior, realizado em 2013… e cuja visita no ano passado está documentada aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

Da direita para a esquerda:

Quinta da Sequeira branco 2011

Quinta da Sequeira branco 2012

Quinta da Sequeira branco 2013

Quinta da Sequeira Rabigato branco 2011

Quinta da Sequeira Rabigato branco 2013

Já da Quinta da Terrincha foi provado apenas o gastronómico branco de 2013.

Tendo-se seguido uma comparação entre dois anos de Mapa – o elegante 2012 e o mais fresco 2013 – a qual contou com os comentários do produtor, porquanto Pedro Garcias também estava na sala a fazer a prova.

E depois dois vinhos Dona Berta produzidos por Hernâni Verdelho na Quinta do Carrenho a partir de Rabigato, uma casta clássica no Douro: o Reserva 2011 e o Garrafeira 2010.

Da direita para a esquerda:

Quinta da Terrincha branco 2013

Mapa branco 2012

Mapa branco 2013

Dona Berta Vinhas Velhas Rabigato Reserva branco 2011

Dona Berta Rabigato Garrafeira branco 2010

Finalmente, três anos de Conceito: o 2008, o quente 2009 e o novamente mais fresco 2010. Tendo aliás este último ano permitido à enóloga e produtora Rita Marques vencer, na categoria dos brancos, a 1ª edição do Concurso de Vinhos do Douro Superior, realizada em 2012.

Da direita para a esquerda:

Conceito branco 2008

Conceito branco 2009

Conceito branco 2010

Pelo que foram 13 os vinhos provados e comentados...

... para mostrar que o Douro Superior também é vinho branco!

Os 13 vinhos da prova comentada dos brancos do Douro Superior

 

Ver também:

Douro Superior, uma sub-região a afirmar a sua  identidade

 

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publicado às 03:31

Quinta da Sequeira: (VI) Vinho de Quinta… e de excelência

por Raul Lufinha, em 17.06.13

 

Em pleno Douro Superior, a Quinta da Sequeira produz “vinho de quinta” de excelência.

Ou seja, vinho que, para além de ser produzido e engarrafado na própria quinta, reflecte também a personalidade do proprietário que cuidadosamente o produz.

E que neste caso atinge elevados níveis de excelência.

 

Visita à Quinta da Sequeira, 2.º Festival do Vinho do Douro Superior, Maio 2013:

  1. No Douro Superior desde 1899
  2. Na adega
  3. A prova dos vinhos
  4. Colheita tardia
  5. O extraordinário vinho do Porto... de 1900
  6. Vinho de Quinta… e de excelência

(fim)

Quinta da Sequeira | Horta do Douro, Vila Nova de Foz Côa, Portugal

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publicado às 22:19

Quinta da Sequeira: (V) O extraordinário vinho do Porto... de 1900

por Raul Lufinha, em 17.06.13

Para o final, Mário Cardoso guardou uma autêntica relíquia: um vinho do Porto da Quinta da Sequeira absolutamente fabuloso… da colheita de 1900!

Com efeito, para além do simbolismo da data e de já terem passado mais de 100 anos, 1900 foi um ano de grande qualidade no Douro, tendo a maioria dos produtores declarado vintage clássico.

Conservando a actual geração com especial orgulho e emoção uma pipa desse ano de 1900… É que a Quinta da Sequeira, fundada ainda no século XIX e ao contrário do que sucede actualmente, durante muitos anos produziu exclusivamente vinho do Porto.

Contudo, conforme Mário Cardoso explicou com um sorriso nos lábios, a colheita de 1900 «não está à venda… nem vai estar!»

Opaco e com uma cor a lembrar tintura de iodo, apresentando reflexos âmbares e esverdeados, este inebriante vinho do Porto da Quinta da Sequeira de 1900 é profundamente concentrado, intenso e complexo, na boca e no nariz, sedoso e denso, extremamente viscoso e encorpado, de tal forma que quase parece não ser líquido e que pede para ser mastigado, tendo um fim de boca maravilhosamente interminável…

Uma experiência extraordinária!

Será para sempre uma referência na prova de um vinho do Porto!

Absolutamente sublime e inesquecível!

(continua)

Quinta da Sequeira | Horta do Douro, Vila Nova de Foz Côa, Portugal

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publicado às 00:15

Quinta da Sequeira: (IV) Colheita tardia

por Raul Lufinha, em 16.06.13

Finalizados os tintos, Mário Cardoso apresentou o Quinta da Sequeira Colheita Tardia 2010.

Produzido exclusivamente numa vinha velha de 1 hectare de Malvasia Fina, a partir de uvas sobrematuradas que são deixadas a desidratar na vinha e colhidas mais tarde, muitas vezes só lá para Novembro – daí o nome “colheita tardia” – é um vinho licoroso untuoso e complexo, com aromas intensos a uvas passas e nozes.

(continua)

Quinta da Sequeira | Horta do Douro, Vila Nova de Foz Côa, Portugal

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publicado às 13:31

Quinta da Sequeira: (III) A prova dos vinhos

por Raul Lufinha, em 15.06.13

O produtor Mário Cardoso abriu a prova dos vinhos da Quinta da Sequeira com o Quinta da Sequeira branco 2012, a que se seguiu o Quinta da Sequeira Rabigato branco 2012.

Depois apresentou o excepcional Quinta da Sequeira Grande Reserva branco 2011, o vinho que acabou por vencer a categoria de brancos do 2.º concurso de vinhos da sub-região do Douro Superior.

A seguir, provou-se o guloso Quinta da Sequeira Rosé 2012.

Tendo depois Mário Cardoso dado a conhecer o novo entrada de gama dos tintos da Quinta da Sequeira, o Ecos da Sequeira tinto 2010. 

A prova prosseguiu com o Quinta da Sequeira tinto 2011, o Quinta da Sequeira Reserva tinto 2008 e o Quinta da Sequeira Grande Reserva tinto 2008.

(continua)

Quinta da Sequeira | Horta do Douro, Vila Nova de Foz Côa, Portugal

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publicado às 21:12

Quinta da Sequeira: (II) Na adega

por Raul Lufinha, em 15.06.13

Integrada no roteiro para jornalistas e bloggers do 2.º Festival do Vinho do Douro Superior, a visita à Quinta da Sequeira começou pela adega.

Tendo sido conduzida pelo próprio produtor Mário Cardoso.

O qual explicou que, para garantir a excelência do produto final, os vinhos da Quinta da Sequeira são produzidos exclusivamente a partir das suas próprias vinhas.

Sendo todo o processo de vinificação, estágio e engarrafamento efectuado igualmente na própria Quinta.

(continua)

Quinta da Sequeira | Horta do Douro, Vila Nova de Foz Côa, Portugal

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publicado às 00:37

Quinta da Sequeira: (I) No Douro Superior desde 1899

por Raul Lufinha, em 14.06.13

Fundada em 1899, a Quinta da Sequeira está localizada no concelho de Vila Nova de Foz Côa, em pleno Douro Superior.

Sendo uma quinta familiar actualmente propriedade de Mário Cardoso e de sua mulher Maria da Graça, tetraneta do fundador.

Nos 15 hectares de vinha da Quinta da Sequeira, a mais antiga já centenária, predominam as castas tradicionais do Douro: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Amarela e Tinta Barroca, nas variedades tintas; Malvasia Fina, Gouveio, Rabigato e Códega do Larinho, nas castas brancas.

(continua)

Quinta da Sequeira | Horta do Douro, Vila Nova de Foz Côa, Portugal

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publicado às 00:22

Como é que se deve abrir uma garrafa de vinho, acima ou abaixo da marisa?

por Raul Lufinha, em 28.05.13

Qual das garrafas está aberta correctamente?

Para abrir uma garrafa de vinho temos que retirar a rolha.

Contudo, a rolha e o gargalo estão cobertos por uma cápsula.

Daí que surja a pergunta: qual é a forma correcta de retirar essa cápsula?

Há quem a remova na totalidade. Contudo, a cápsula faz parte da vestimenta da garrafa – e reforça a sua elegância. Além de que ajuda na sua identificação. Por exemplo, quando a garrafa está mergulhada num frappé.

Pelo que sobram duas hipóteses, tendo ambas por referência a marisa da garrafa, ou seja, o anel do gargalo.

Acima ou abaixo?

É esta a garrafa aberta correctamente

E a resposta certa é a de que a cápsula deve ser cortada e retirada abaixo da marisa da garrafa. A razão é a da protecção do líquido – que nunca deverá entrar em contacto com a cápsula. Com efeito, convém ter em conta que a cápsula não está esterilizada, podendo conter ou esconder pó, impurezas e até bolores – os quais, caso estivessem em contacto com o vinho, iriam alterá-lo.

A cápsula deve ser cortada abaixo da marisa da garrafa

PS: Dois agradecimentos especiais. Um, ao jornalista de vinhos e comida Fernando Melo, por mais esta lição. Outro, ao produtor dos vinhos da Quinta da Sequeira Mário Cardoso, por na visita à quinta no âmbito do Festival do Vinho do Douro Superior ter permitido que as suas garrafas fossem utilizadas para esta composição; e com a feliz coincidência de a garrafa aberta correctamente – Quinta da Sequeira Grande Reserva branco 2011 – ter sido depois a grande vencedora da categoria de brancos do 2.º concurso de vinhos da sub-região do Douro Superior.

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publicado às 01:09


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