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Azeite Virgem Extra Casa Ferreirinha
A Casa Ferreirinha, marca de referência dos vinhos não fortificados do Douro, agora também é… azeite!
Conforme refere a Sogrape, «o novo azeite da Casa Ferreirinha é uma reinterpretação da produção do século XIX pela obra de Dona Antónia e uma homenagem a um produto premiado, reconhecido em 1900 com duas medalhas de ouro na Exposição Internacional de Paris. Com um rótulo vintage, inspirado no original guardado no Arquivo Histórico da Sogrape, este Azeite Virgem Extra nasce de oliveiras centenárias do Douro, presentes nas diferentes propriedades da Sogrape na região e com certificação de Produção Biológica.
O lote deste azeite Frutado Maduro surge da combinação cuidada de diferentes variedades de azeitona regionais: Verdeal, Madural, Galega, Negrinha do Freixo e Cobrançosa, que lhe conferem equilíbrio e harmonia entre o doce, picante e amargo, apresentando notas de frutos secos, banana, rosmaninho e maçã.
Este lançamento é a merecida homenagem a um produto nobre, que remonta ao tempo de Dona Antónia Adelaide Ferreira, e representa também a biodiversidade da região, que junta vinhas e oliveiras nos mesmos terrenos. Tudo isto se concretiza num azeite único, que reúne o melhor que a natureza oferece em cada uma das quintas da Sogrape no Douro, sempre com os mais elevados padrões de qualidade da Casa Ferreirinha.
O Azeite Virgem Extra Casa Ferreirinha vem complementar o portefólio da marca com um produto que, tal como o vinho, faz parte da dieta mediterrânica. Estará disponível para venda em garrafas de 500 ml nos melhores restaurantes, bem como lojas e garrafeiras gourmet e da especialidade».
Azeite Virgem Extra Casa Ferreirinha
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Sagres 0.0 Preta
A nova tendência das cervejas “zero álcool” continua a ser uma forte aposta da Sagres.
Cervejas mesmo com 0,0% de álcool.
E não apenas com um valor marginal de álcool, como sucede com as cervejas ditas “sem álcool”, mas que legalmente podem ir até aos 0,5% de álcool.
Com efeito, depois da Sagres 0.0, chega agora a nova Sagres 0.0 Preta.
«A primeira cerveja preta em Portugal com 0,0% de teor alcoólico».
Uma cerveja preta que se bebe bastante bem.
E em que sobressaem as agradáveis notas de café típicas das cervejas pretas com álcool.
Sendo decisiva, porém, a temperatura de serviço.
Com efeito, é essencial que seja bebida muito fresca, entre os 3 a 5 ºC.
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Três novos brancos, muito gastronómicos
Este ano, os sempre especiais e muito gastronómicos brancos da Parceiros Na Criação – do casal Joana Pratas e João Nápoles de Carvalho – têm uma grande novidade.
A estreia do DOTE.
Um branco original, que reúne o Douro e o Tejo na mesma garrafa – concretamente, o Douro do João e o Tejo da Joana.
E que se junta, assim, às mais recentes edições do Esteira e do Casa da Esteira Vinhas Velhas.
Esteira branco 2019
O novo Esteira de 2019 é um fresco, cítrico e salivante branco do Douro, feito em altitude, a mais de 500 metros, com as castas Rabigato, Viosinho, Códega (Síria, Roupeiro) e Gouveio (Verdelho).
«Na cor, é citrino esverdeado. No todo, é um branco explosivo e funky. No nariz sobressai muita frescura, com aromas primários de melão, à entrada, seguidos de lima, limão e flor de laranjeira, mas também notas de líchia. Na boca, tem uma acidez natural bastante marcada e persistente, oriunda das vinhas em altitude, e que faz envolver e salivar nas laterais da boca. Com alguma mineralidade, vai ganhando notas de sabão».
1800 garrafas.
PVP 9 €.
Casa da Esteira Vinhas Velhas branco 2018
Mais complexo, o novo Casa da Esteira Vinhas Velhas da colheita de 2018 é um branco muito elegante e equilibrado, feito a partir de uma mistura de castas autóctones do Douro plantadas em vinhas velhas (1970 e 1977), que fermentou e estagiou durante onze meses em barricas de carvalho húngaro de 500 litros de primeiro e segundo ano.
«Na cor, é amarelo palha. No nariz, é fresco e sedutor, com aromas de maçã assada caramelizada, louro e notas de resina. Na boca, apresenta marmelo, mas também notas de louro bem integradas. Um branco complexo, com um bom equilíbrio entre acidez e madeira, que lhe conferem volume de boca e persistência. Termina longo, intenso e com elegância.»
900 garrafas.
PVP 17 €.
Parceiros Na Criação DOTE branco 2018
Já o surpreendente DOTE 2018 – uma estreia absoluta – junta a untuosidade das vinhas velhas do Douro (do João) à garra da casta Fernão Pires do Tejo (da Joana).
«À semelhança do que acontece com o casal Joana Pratas e João Nápoles de Carvalho, “parceiros na criação” na vida e no vinho, este é um néctar que resulta da união de duas regiões vinhateiras, ao casar Vinhas Velhas do Douro (DO) e Fernão Pires do Tejo (TE).
Um casamento que dá origem ao nome ‘DOTE’, que, por coincidência, remete também para a génese desta história vinhateira. Situada em Barcos, no concelho de Tabuaço e região Douro, a Quinta de Monte Travesso foi oferecida à avó paterna do João, como dote de casamento. É ali que a dupla João e Joana vivem e dão vida à PNC, um projeto familiar, que conta com a participação ativa dos seus filhos, a Maria Teresa e o António Maria.
Em 2018, a família PNC idealizou um vinho especial que refletisse, na garrafa, o (seu) casamento entre o Douro do João e o Tejo da Joana, resultando num branco singular: em Portugal é o primeiro e único a juntar vinhos de duas regiões “numa só garrafa”. O ‘Parceiros Na Criação DOTE branco’ é feito com uvas de Vinhas Velhas de uma parcela da ‘Vinha da Casa’, plantada em 1977 na Quinta de Monte Travesso de Cima, e Fernão Pires de uma vinha de um primo de Joana, no Cartaxo. Fermentado e estagiado em barricas de carvalho húngaro, de 500 litros, este branco apresenta uma inusitada e bonita cor amarelo palha, a lembrar vinhos mais velhos, mas, na realidade, a indicar que dará cartas daqui a mais alguns anos: pronto a beber, mas com guarda prometida. Um branco fresco e bastante aromático, mas intenso, com boa acidez e mineralidade. No nariz, revela flor de amendoeira, camomila, calcite e fósforo. O próprio vinho reflete o casamento entre vinhas de diferentes altitudes e castas, com a Fernão Pires a puxar pela madeira, que, embora persistente, está bem integrada. Sobressai a mineralidade, com muita cremosidade e untuosidade. Encorpado, enche a boca e tem um final persistente. Bebe-se muito bem por si só, mas à mesa é bom companheiro de peixes gordos (grelhados ou assados), bacalhau, comida asiática, caça e queijos intensos.
Pela sua singularidade, estre branco inaugura a marca de vinhos com o nome da empresa: ‘Parceiros Na Criação’. De referir que a PNC tem outras referências – de vinhos e azeite – sob as marcas ‘Casa da Esteira’ (nome como é conhecida a cada onde vivem, situada no seio da Quinta de Monte Travesso), ‘Esteira’ e ‘h’OUR’ (colheitas mais antigas)».
1300 garrafas.
PVP 20 €.
Apresentação on-line
Da apresentação on-line via Zoom destes três novos brancos dos Parceiros Na Criação – e subsequente prova conjunta – ficaram ainda duas interessantes pistas para o futuro.
1) DOTE... tinto
Uma, é a possibilidade de também vir a surgir um DOTE tinto!
E feito com… Castelão!
Com efeito, se o DOTE branco junta a mais expressiva casta branca do Tejo – Fernão Pires – às uvas brancas de vinhas velhas do Douro… tal também poderá vir a acontecer com uvas tintas! Ou seja, juntando uvas tintas de vinhas velhas do Douro… à mais expressiva casta tinta do Tejo, presente em cerca de 80% dos vinhos da região: Castelão!
2) Trincadeira das… Pratas
Uma outra possibilidade que João Nápoles e Joana Pratas estão a avaliar é o lançamento de um varietal daquela rara casta branca que tem a curiosa coincidência de o nome ser… Trincadeira-das-Pratas!
O tempo dirá acerca destas duas possibilidades!
Joana Pratas, fevereiro de 2021
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A nova garrafa Soalheiro, uma garrafa "menos" — menos alta, menos 19% de vidro, menos emissões de CO2 e, também, menos espaço ocupado na garrafeira e no frigorífico
A Soalheiro assume-se como “a primeira marca de Alvarinho de Melgaço”. Uma marca de referência em Portugal, claro. Mas também, cada vez mais, uma marca de referência no estrangeiro! Não sendo raro, aliás, nos grandes restaurantes do mundo – onde naturalmente já pontificam Portos e Madeiras – ser um Soalheiro o único vinho tranquilo português escolhido para integrar o wine pairing. Como sucedeu, por exemplo, no duas estrelas KOKS, do Chef Poul Andrias Ziska, nas remotas Ilhas Faroé (conforme contámos aqui).
Ora, uma das imagens de marca dos Alvarinhos Soalheiro é, precisamente, a garrafa – alta e esguia, fina, elegante, distinta.
Sucede que a mais recente edição do clássico Soalheiro Alvarinho – a de 2020 – traz a enorme novidade de surgir… numa nova garrafa!
Uma garrafa desenvolvida em exclusivo para a Soalheiro.
E que, até ao final do ano, abrangerá 90% da produção da “primeira marca de Alvarinho de Melgaço”.
Uma nova garrafa que – devido à crescente preocupação e consciencialização ambiental – é, também, uma garrafa “menos”.
Daí que a grande questão que se poderia colocar fosse a de saber se esta nova garrafa Soalheiro – apesar de mais amiga do ambiente e mais sustentável – manteria ainda a identidade Soalheiro.
Ou seja, se esta nova garrafa continuaria verdadeiramente a ser “uma garrafa Soalheiro”.
E a resposta é positiva, só pode ser positiva!
De facto, olhando apenas para a garrafa, verifica-se desde logo que o novo formato, apesar de menos alto (e consequentemente um pouco menos esguio), mantém a linha e a identidade da garrafa anterior, agora numa versão mais equilibrada, mais harmoniosa e mais funcional.
Uma sensação, aliás, que depois sai bastante reforçada quando colocamos a nova garrafa ao lado da antiga.
Efetivamente, não há uma rutura entre as duas garrafas.
O que existe é, antes, um padrão de continuidade e evolução.
Pelo que só se pode concluir que a nova garrafa continua a ser – inequivocamente – “uma garrafa Soalheiro”!
A antiga… e a nova garrafa Soalheiro
Ver também:
Casa Ferreirinha Touriga-Fêmea Tinto 2016
As principais marcas da histórica Casa Ferreirinha, no Douro, têm uma enorme pujança comercial e são sobejamente conhecidas do grande público – abrangendo, aliás, uma vasta gama de vinhos, que começa nos jovens Esteva e Planalto, passa pelos mais complexos Papa Figos, Vinha Grande e Callabriga, e vai até aos extraordinários Quinta da Leda, Antónia Adelaide Ferreira e Reserva Especial, culminando naturalmente no mítico Barca-Velha.
O que já não é tão conhecido – porém – é o lado experimental da Casa Ferreirinha!
E, em especial, a sua aposta em castas raras e menos comuns, em castas tradicionais da região demarcada do Douro que, com o passar dos anos, foram caindo em desuso.
Aposta essa que em 2008 levou inclusivamente a Casa Ferreirinha a também plantar na Quinta do Seixo variedades antigas como Donzelinho, Tinta Francisca ou Touriga Brasileira.
Mas não só!
Com efeito, a Casa Ferreirinha, para além de aproveitar estas castas menos usuais do Douro para afinar os seus lotes, por vezes, também as utiliza… para fazer vinhos varietais!
Pequenas produções, como é óbvio.
E edições limitadas.
Mas, cada vez mais, disponíveis também para o público em geral.
Por exemplo, da colheita de 2015, saiu o Tinta Francisca.
E agora, da vindima de 2016, também com uvas da Quinta do Seixo, chegou ao mercado, em novembro de 2020, o Touriga-Fêmea.
100% Touriga-Fêmea.
Casta que – apesar de não ter vindo do outro lado do Atlântico – é também conhecida no Douro como Touriga Brasileira.
Explicando o contrarrótulo que a «Touriga-Fêmea é uma casta rara resultante do cruzamento entre Touriga Nacional e Malvasia Fina».
Tão rara, na verdade, que, prossegue o texto, «existem menos de 40 hectares desta casta plantados em Portugal».
Para depois concluir que, «respeitando a tradição das especialidades da Casa Ferreirinha, este é um vinho exclusivo, de qualidade excecional».
Com efeito, de acordo com Luís Sottomayor – enólogo responsável pelos vinhos da Sogrape no Douro, à qual a Casa Ferreirinha pertence desde 1987, e que também assina mais esta nova “especialidade” da Casa Ferrerinha – o «Casa Ferreirinha Touriga-Fêmea é um vinho vivo e elegante, que vem revitalizar uma casta tradicional, mas um pouco esquecida para a maioria dos apreciadores de vinhos do Douro».
«Ainda que menos comum – acrescenta – esta casta traz aos vinhos um caráter intenso e elegante, bem patente neste vinho de 2016».
Sendo esta a nota de prova do enólogo, feita ainda em 2019 – o vinho foi engarrafado em junho desse ano:
«Apresenta cor rubi profunda, um aroma intenso e complexo, com notas de frutos secos, como o figo, a amêndoa e a avelã, notas arbustivas, ligeiros frutos de caroço, frutos vermelhos frescos, com presença de madeira discreta e muito bem integrada. Na boca, tem uma acidez muito viva, que lhe confere intensidade, taninos firmes de boa qualidade e notas arbustivas, frutos vermelhos frescos. O final é longo e elegante.»
Touriga Nacional e Malvasia Fina, as duas castas cujo cruzamento originou a Touriga-Fêmea
Provado em casa
Entretanto, já no passado mês de dezembro de 2020, foi então com enorme expectativa que provámos, em casa, a nossa amostra do Touriga-Fêmea de 2016.
Claro que o ideal seria certamente esperar mais uns anos. Com efeito, apesar de a Casa Ferreirinha referir que «o vinho está pronto a consumir», também acrescenta que, «no entanto, irá beneficiar de um estágio em garrafa entre 5 a 8 anos, mantendo-se no seu melhor por vários anos». E o nosso acabou por estar engarrafado apenas um ano e meio. Mas, se não o abríssemos, não o conseguiríamos provar… E a verdade é que o vinho (embora, como é evidente, precise sempre que lhe dêem um pouco de tempo para respirar) efetivamente – tal como dizia a Casa Ferreirinha – mostra-se, desde já, muito pronto!
De qualquer forma, na nossa prova, o mais fascinante, o que mais ressaltou, foi mesmo verificar que este vinho cumpre integralmente o desígnio da Casa Ferreirinha.
Cumpre – desde logo – o objetivo da Casa Ferreirinha de produzir vinhos Douro DOC de grande qualidade. Como é indiscutivelmente o caso deste Touriga-Fêmea. Um grande vinho do Douro, feito exclusivamente a partir de uma casta que, apesar de menos usual, faz parte do património da região, demonstrando a extraordinária riqueza e diversidade dos terroirs da Casa Ferreirinha. Algo que tem ainda mais valor dada a tradição da região – e da Casa Ferreirinha – ser o vinho de lote e não o monocasta.
Mas não só!
Cumpre também o lema da Casa Ferreirinha de ter «em cada vinho uma história»! Efetivamente, com este Touriga-Fêmea, não se verifica apenas o caso de o vinho ter uma história por trás – que tem. Como também têm, aliás, muitos outros vinhos. Porém, o que mais fascina neste Touriga Fêmea é que – para além de ter essa história por trás – ao provarmos o vinho, sentimos mesmo essa sua história!
A prova confirma a história!
A prova torna a história verosímil!
Ou então, dito de outra forma, a história deste vinho é tão marcante que, ao prová-lo, conseguimos comprová-la.
Conseguimos senti-la.
Conseguimos sentir a origem desta variedade de uvas.
E conseguimos perceber a razão de ser do seu nome.
Efetivamente, ao provar este varietal de Touriga-Fêmea conseguimos perceber a história de esta casta ser o resultado do cruzamento entre a tinta Touriga Nacional e a branca Malvasia Fina. É quase um Touriga Nacional, mas, na verdade, não é bem (não é mesmo) um Touriga Nacional. É menos exuberante, tem menos estrutura, tem menos corpo!
E mais!
Ao provar o vinho, também conseguimos perceber a história do nome da casta, a razão pela qual foram dados a esta casta tinta os nomes de Touriga Brasileira e Touriga-Fêmea – de facto, sente-se que estamos perante uma Touriga… mais suave, mais elegante, mais delicada, mais feminina!
Sendo certo que isto, naturalmente, não resulta apenas da casta – é, acima de tudo, mérito do enólogo Luís Sottomayor e da sua abordagem minimalista, a qual permite que o vinho expresse verdadeiramente a variedade de uva que está na sua origem. Um trabalho que começa na vinha e prossegue na adega. E em que todos os pormenores contam – desde a cuidada seleção dos cachos ao ligeiro esmagamento, passando pela suave maceração e pelo longo estágio de 24 meses em madeira, mas recorrendo a barricas usadas de carvalho francês de 225 litros. Tudo, sempre de modo a que este varietal seja uma expressão da casta e, mais ainda, fazendo jus ao lema da Casa Ferreirinha, seja também uma expressão da própria história da casta! Nomeadamente quanto à sua origem e quanto ao seu nome!
Um vinho raro e fascinante, do qual foram produzidas apenas 1324 garrafas, com o PVP recomendado de 62,50 €.
Casa Ferreirinha Touriga-Fêmea Tinto 2016
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Quinta do Convento Tinto 2018
2018, o ano em que o enófilo de origem alemã Christoph Kranemann adquiriu a Quinta do Convento de São Pedro das Águias, no Vale do Távora, em Tabuaço, foi também o ano da prometedora primeira vindima da Kranemann Wine Estates.
Um ano de estreia que, até ao momento, já nos tinha dado os Quinta do Convento Branco colheita e reserva, e, bem assim, os Hasso Branco e Tinto, tal como a declaração Porto Vintage para a marca Kranemann.
E que nos continua a trazer boas novidades!
Com efeito, da principal marca de vinhos DOC Douro da Kranemann, acaba de ser lançado o Quinta do Convento Tinto 2018.
O qual sucede ao 2016, feito já pela equipa Kranemann mas ainda a partir de vinhos então disponíveis em adega.
Ou seja, este é o primeiro Quinta do Convento Tinto nascido integralmente no âmbito do projeto Kranemann Wine Estates.
Um lote de três castas tradicionais do Douro – Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca – em partes iguais e provenientes de vinhas com uma média de 30 anos de idade, assinado pelo enólogo Diogo Lopes e por Maria Susete Melo, enóloga residente da Kranemann.
Explicando Diogo Lopes que, no Quinta do Convento Tinto 2018, «procurámos essencialmente salvaguardar a identidade que nos oferece o terroir de altitude do Vale do Távora e, em particular, da Quinta do Convento de São Pedro das Águias».
Com efeito – prossegue o enólogo – «este vinho evidencia a fruta típica do Douro, mostra notas de esteva, mas mantém a acidez que lhe confere uma frescura muito especial».
«Estagiou 9 meses em barricas [de carvalho francês] de segundo ano».
Foi engarrafado em julho de 2020.
«E o resultado – conclui – é um vinho muito fresco e elegante, de taninos finos».
Marcando uma evolução relativamente ao 2016.
Conforme recorda o enólogo, «quando iniciámos o projeto Kranemann, engarrafámos um primeiro Quinta do Convento, de 2016, integrando um excelente lote de vinhos já existente em adega».
«Creio, agora, que vamos um pouco mais além, em busca dessa frescura tão emblemática do nosso terroir», remata Diogo Lopes.
Efetivamente, estamos perante um tinto que nos mostra a enorme frescura e elegância do Vale do Távora!
E também dos vinhos assinados pelo Diogo Lopes!
Gerando ainda enorme expectativa sobre o – também de 2018 – futuro Reserva tinto!
Sendo uma edição de 6660 garrafas, com o PVP recomendado de 11,90 €.
Quinta do Convento Tinto 2018
Ver também:
Quinta dos Carvalhais Alfrocheiro Parcela 45 Tinto 2017
O novo e irreptível Parcela 45 é, a todos os títulos, um vinho absolutamente extraordinário!
Desde logo, por ser o último testemunho de uma vinha perdida para sempre nos dramáticos incêndios de outubro de 2017, que também atingiram a Quinta dos Carvalhais.
O que lhe confere uma enorme carga emocional!
E depois também – claro – por ser, em si mesmo, um vinho maravilhoso!
De tal forma, aliás, que inclusivamente a própria enóloga Beatriz Cabral de Almeida o considera “o melhor Alfrocheiro já produzido na Quinta dos Carvalhais, vindimado no momento certo e a tempo de hoje mostrar um equilíbrio de aromas, frescura e estrutura fascinantes!”
De facto, é um vinho que impressiona!
Efetivamente, não tenho memória de um Alfrocheiro tão perfeito como este da Parcela 45, uma parcela no topo da Quinta dos Carvalhais à qual Beatriz Cabral de Almeida também chama “parcela das colmeias”.
O vinho tem uma cor rubi, de intensidade média.
Os aromas são delicados e complexos. Notas florais. Frutos vermelhos, em especial framboesa e romã. E também fruta negra. Bem como notas de cogumelos, de bosque e de terra molhada.
Tudo sempre num registo de enorme elegância!
O qual depois também se confirma na boca.
Com efeito, este é um Alfrocheiro extremamente elegante e harmonioso. Suave. Fresco. Com taninos muito finos. Envolvente. E com um final longo e saboroso.
Elegante e harmonioso como os grandes vinhos do Dão!
Tendo funcionado muito bem à mesa – e também sozinho, de tão perfeito que está.
Sendo essa também uma outra virtude deste Alfrocheiro – apesar de certamente ir continuar a evoluir favoravelmente com o passar do tempo, encontra-se desde já muito pronto, dando, agora mesmo, uma excelente prova!
Edição limitada, são apenas 2034 garrafas, com um PVP recomendado de 54 €.
“Um Alfrocheiro inédito e de edição única como nunca antes se havia provado na Quinta dos Carvalhais”... que nos traz também à memória a nossa visita à Quinta dos Carvalhais um mês antes dos incêndios de outubro de 2017
Ver também:
Hasso Branco 2018
Há um novo nome no Douro.
Hasso.
É o cão da família Kranemann, um Leão da Rodésia.
E, agora, é também a marca da Kranemann para os vinhos DOC Douro de entrada de gama da Quinta do Convento de São Pedro das Águias, no Vale do Távora.
Tendo sido lançados um Hasso branco e outro tinto.
Ambos de 2018 – o ano da promissora primeira vindima da Kranemann no Douro, que já deu o colheita branco Quinta do Convento e ainda irá dar o reserva, e da qual, aliás, também se aguarda, igualmente com bastante expectativa, o lançamento, previsto para novembro, do vinho do Porto Vintage.
Têm naturalmente a assinatura do enólogo Diogo Lopes.
Sendo – o Hasso branco – um lote de Gouveio, Viosinho e Fernão Pires.
Vinho descomplicado e sedutor.
Do qual é muito fácil gostar.
E que foi desenhado para ser bebido jovem.
Estando já completamente pronto.
Porém, para ser devidamente apreciado, não deve ser bebido muito frio – a temperatura de serviço expressamente recomendada no contrarrótulo é entre os 12 e os 14 ºC.
Tem fruta – com notas cítricas e de maçã verde.
E tem igualmente imensa acidez.
Tudo – como sempre acontece nos brancos de Diogo Lopes – num registo de grande elegância e equilíbrio.
E sendo também bastante gastronómico.
De facto, após um início exuberante, o Hasso branco de 2018 termina num registo sóbrio e seco, com um leve toque amargo que funciona muito bem à mesa!
PVP 6,90 €.
À mesa
O novo Hasso branco acompanhou otimamente uma salada grega, que a Marta fez com queijo Feta, pepino, diversas variedades de tomate, cebola-roxa, azeitonas Kalamata, alcaparras e orégãos secos.
Um brinde
Aos vinhos que nos refrescam os dias quentes!
Descomplicado… e gastronómico
Ver também:
LUPUM Imperial Stout Dark Maple & Pecan
Ao contrário da maioria das cervejeiras – que se desdobram por múltiplos conceitos e receitas, completamente díspares e até contraditórias entre si, para agradar aos mais diversos públicos – o cervejeiro António Lopes só faz cervejas… de que gosta mesmo!
De modo que as cervejas LUPUM – produzidas em Avintes, perto do Douro e das caves do vinho do Porto – têm invariavelmente duas características bastante marcantes, que as tornam extraordinariamente sedutoras, pelo menos para quem, como é o nosso caso, compartilha o gosto de António Lopes:
– são sempre fortes, fortíssimas mesmo;
– e têm sempre também um toque diferente, que as torna muito especiais.
Ora, esta é uma... “Imperial Stout”.
Extremamente robusta e encorpada.
E com uns – à primeira vista – nada meigos 14% de álcool.
Porém – apesar de ser uma cerveja que não esconde o seu elevado teor alcoólico – o álcool está muito equilibrado, está muito bem integrado.
E é aqui que entra o outro lado das LUPUM.
É que as fortes LUPUM não são só álcool!
Também são uma “wild beer”!
Têm sempre igualmente alguma dose de irreverência!
Algum toque de loucura!
Algo que faça a diferença!
Como sucede, aliás, com esta deliciosa “Imperial Stout”... que também é “Dark Maple & Pecan”!
Consistindo a receita da cerveja numa variação – em cerveja – de uma receita de… tarte de noz-pecã!
Tendo inclusivamente “maple syrup” extra escuro!
Cacau!
E noz-pecã!
À mesa
Esta foi uma cerveja que apreciámos em quatro momentos distintos.
Primeiro, sozinha – de facto, a “Imperial Stout Dark Maple & Pecan” da LUPUM é, toda ela, por si só, uma refeição!
Depois, com pão – trigo-barbela da GLEBA. Com queijos – o português Azeitão DOP e, ainda, duas variedades da QUEIJARIA MACHADO: o chèvre francês Crottin de Chavignol e um Manchego espanhol curado com tomilho. Com paio, da SALSICHARIA CANENSE, da Dona Octávia. Com rabanetes crus, para cortar, bem como com picles de rabanetes e de cenouras, feitos pela Marta em novembro passado, tudo da QUINTA DO POIAL. Com chutney de ameixa e vinho do Porto, do CONVENTO DO CARDAES. Com amoras silvestres frescas. Com clementinas confitadas, também do CONVENTO DOS CARDAES. E, ainda, claro, fazendo a ponte para a cerveja, com nozes-pecãs!
A seguir, provando a sua enorme versatilidade gastronómica, a densa, intensa e cremosa cerveja acompanhou também morangos “Mara des Boie”, do Mercado Biológico do Príncipe Real!
E por fim, para terminar em grande, tornámos a beber a “LUPUM Imperial Stout Dark Maple & Pecan”... sozinha!
Um brinde
Às cervejas poderosas!
Encorpada e com 14% de álcool
Dory Colheita Branco 2019
Com o verão, chegou igualmente a mais recente colheita do Dory Branco – emblemática marca da AdegaMãe inspirada nos dóris, pequenas embarcações de um só homem usadas antigamente pelos portugueses em alto mar para a heroica pesca à linha do bacalhau nas águas gélidas do Atlântico Norte.
É, portanto, já da vindima de 2019.
E vem novamente assinada pelos enólogos Anselmo Mendes e Diogo Lopes.
Porém, este ano, tem a grande novidade de existir uma alteração na composição do lote!
Continuam a ser quatro, as castas.
Mantendo-se o Viosinho – espinha-dorsal dos brancos da AdegaMãe.
O Alvarinho – a casta de eleição de Anselmo Mendes.
E também o Arinto – variedade, aliás, originária da região de Lisboa.
Contudo, em vez de Viogner, há agora o tempero do Sauvignon Blanc.
Uma alteração que Diogo Lopes apresenta assim:
«Graças à presença discreta do Sauvignon Blanc, em detrimento do Viognier, o Dory Branco evidencia ainda mais a sua frescura e carga aromática. Este é um perfil de grande consistência para um vinho que muito nos orgulha, porque se tornou um ícone do seu segmento, integrando de forma muito sedutora os atributos que definem o nosso terroir atlântico: a tal frescura, a mineralidade e aquelas notas salinas tão características da nossa região.»
De facto, o novo Dory está bastante exuberante, com notas de fruta tropical e toranja.
Estando a fruta igualmente bem presente na boca, mas com imensa frescura.
E tendo também aquele final salino tão característico dos vinhos da AdegaMãe.
São, pois, umas impressionantes cem mil garrafas.
Com um PVP de 4,45 € – excelente para esta qualidade.
À mesa
O novo e refrescante Dory Branco 2019 acompanhou um prato de forno em ramequins, que a Marta fez com ovos biológicos, cogumelos laminados (previamente salteados com chalotas e tomilho-limão) e, ainda, quatro queijos ralados. À parte, cogumelos crus – laminados e temperados só com azeite e harissa – e fatias de brioche, do EPUR, do chef Vincent Farges.
Um brinde
Aos heróis que pescavam bacalhau à linha nos dóris!
Sauvignon Blanc reforça carga aromática do novo Dory
Ver também:
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.