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Manuel Moreira, Miguel Pires, João Rodrigues
João Rodrigues, chef do FEITORIA, no Altis Belém, em Lisboa, e o escanção Manuel Moreira foram os primeiros convidados de “O Vinho e as Estórias”, as tertúlias mensais que Miguel Pires irá dinamizar ao jantar no Hotel Vintage Lisboa.
Para a sessão inaugural, o tema escolhido pelo crítico gastronómico e autor do blog Mesa Marcada foi a comida de hotel – a fama que tem e a comparação entre os restaurantes de rua e de hotel.
Já os vinhos vieram da Adega Mayor, na planície alentejana de Campo Maior, e da Poças, no Douro.
Rita Nabeiro
Na memória ficaram as duas principais diferenças que João Rodrigues encontra entre ser chef em restaurantes de rua e de hotel, até porque tem experiência em ambas as situações: a primeira, é maior standardização e rigidez no hotel (o chef de um restaurante de rua tem muito mais flexibilidade); e a outra é a polivalência (num hotel, o chef tende a dispersar-se por toda uma série de serviços que vão para além do restaurante propriamente dito: os banquetes, o bar, a cafetaria, os pequenos-almoços, o room-service…).
Esperada mas igualmente interessante foi a resposta afirmativa que João Rodrigues deu à questão levantada por Miguel Pires acerca da eventualidade de o gosto médio poder matar o chef de hotel – efectivamente, quando os hotéis só têm um restaurante, a criatividade e até a carreira do chef pode ficar em risco, caso não tenha margem para criar nem para desenvolver um projecto gastronómico original. Com efeito, acrescentou Rita Nabeiro, no vinho como nos restaurantes, o que as pessoas procuram é a diferenciação.
Menu
O escanção Manuel Moreira deixou ainda no ar uma curiosa revelação sobre os bastidores da indústria: é que uma carta de vinhos não é o ponto de partida, é o ponto de chegada…
… ao contrário do que, disse, muitos donos de restaurantes pensam!
Na verdade, a carta de vinhos (tal como o menu, aliás) é o culminar de tudo aquilo que o restaurante é e faz.
Os tintos da noite: Vale de Cavalos 2012 e Reserva do Comendador 2009
Destaque ainda para as apresentações dos vinhos, feitas pelas produtoras: Maria Manuel Maia, da Poças... e Rita Nabeiro, da Adega Mayor.
Maria Manuel Maia, Manuel Moreira, Rita Nabeiro
Tendo sido uma estimulante noite gastronómica – é um privilégio ouvir falar de vinho e de comida com este nível de protagonistas.
"Doces de Natal na mesa, para partilhar"
As sobremesas do menu de Natal do CLARO! foram os doces tradicionais desta época festiva do ano: coscorões, sonhos, umas magníficas rabanadas ainda quentes e trouxas de ovos.
Acompanhadas com vinho do Porto, o Ruby Niepoort.
Coscorões, Sonhos, Rabanadas
Trouxas de Ovos
Contudo, antes da partida, Vítor Claro ainda tinha preparado mais uma surpresa: um vinho do Porto notável, o Poças L.B.V. de 1987.
Que fechou com alto nível um grande almoço de Natal.
Poças L.B.V. 1987
Menu de Natal no CLARO!
Fotografias: Marta Felino / Flash Food
(fim)
CLARO! | Hotel Solar Palmeiras, Avenida Marginal, Curva dos Pinheiros, Paço d’Arcos, Portugal | Chef Vítor Claro
"Ovo estrelado com cogumelos e rebentos de ervas finas"
A entrada do menu de Natal do CLARO! foi um ovo estrelado, salpicado de salsa, cebolinho e flor de sal. E com trufa laminada. Por baixo do qual se escondia uma base de cogumelos – picados e em pasta, trabalhados com ervas finas – aromatizada com óleo de trufa.
Um prato de sabores intensos, a terra.
E que foi harmonizado com o Poças Reserva 2009, um tinto do Douro redondo e elegante, de cor muito carregada.
Fotografias: Marta Felino / Flash Food
(continua)
CLARO! | Hotel Solar Palmeiras, Avenida Marginal, Curva dos Pinheiros, Paço d’Arcos, Portugal | Chef Vítor Claro
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