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Pedro O. Silva Reis e André Magalhães
A busca da frescura e da acidez que tão bem funciona à mesa tem levado à crescente valorização dos vinhos das terras mais altas.
Como sucede no Douro com a coleção de varietais produzidos a partir de castas nacionais e estrangeiras na Quinta de Cidrô, da Real Companhia Velha, a mais de 600 metros de altitude.
Brancos da Quinta de Cidrô, obras de arte vínicas apresentadas na Galeria Bessa Pereira, em Lisboa
Miguel Ângelo Rocha, “Tilted Loop”, 2016, e as novidades de verão da Quinta de Cidrô
5 brancos varietais e 1 rosé
Numa prova conduzida por Pedro O. Silva Reis, a terceira geração da família na Real Companhia Velha
E comentada pelo enólogo Jorge Moreira
Depois, chegou o confronto do vinho com a comida, servida por André Magalhães, d’A TABERNA DA RUA DAS FLORES
Para abrir o apetite, texturas crocantes e sabores salgados
A seguir, sabores ácidos e picantes num delicioso kinilaw (ceviche filipino) de camarão que André Magalhães apresentou com ajo blanco na base… acompanhado pelo aromático e cítrico Alvarinho da Quinta de Cidrô de 2015, claramente um Alvarinho do Douro, mais denso e com maior estrutura
Para acompanhar o novo e intenso Sauvignon Blanc, uma variedade que se dá muito bem em Cidrô, originando vinhos frescos e minerais, plenos de sabor a fruta mas com um perfil “velho mundo”… a escolha óbvia de uma ostra, à qual André Magalhães juntou “trufa de verão” e ainda os sabores salinos das algas e da salicórnia
Ervilhas – não com presunto mas com muxama – e clara de ovo frita, simbolizando o tradicional ovo escalfado. Para comer à colher… acompanhado do fascinante Boal – nome dado no Douro à casta Sémillon – da Quinta de Cidrô mas da colheita de 2014, pois, devido ao benefício da complexidade terciária, o vinho estagia 8 meses em barrica e é lançado mais tarde no mercado. Fino, elegante, complexo, seco, com uma excelente acidez – e nada doce, ao contrário do que acontece com a versão botrytisada desta casta que a Real Companhia Velha faz do outro lado do Rio Douro no planalto de Alijó, o Grandjó Late Harvest
Brincando com a moda dos “à Brás”, André Magalhães serve batata frita palha com um ovo de codorniz, salsa, citrinos e butarga (ovas secas de peixe, neste caso corvina) ralada… acompanhada do varietal da Quinta de Cidrô mais bem-sucedido comercialmente, o Chardonnay – denso, concentrado, poderoso, complexo, com boa fruta, mas cujo perfil tem estado a evoluir, com o enólogo Jorge Moreira a reduzir a presença da madeira, tornando mais subtis as notas amanteigadas
O tailandês caril massaman, suave e complexo, com a frescura cítrica das folhas da combava, também conhecida como lima kaffir, e a surpresa do arroz tufado frito… conjugado com dois vinhos diferentes da Quinta de Cidrô da colheita de 2015: o branco monovarietal Gewurztraminer, muito intenso aromaticamente mas depois seco e austero na boca, mostrando bem o terroir de Cidrô; e o rosé, feito a partir de Touriga Nacional e Touriga Franca, com aromas a frutos vermelhos e sabores frutados, que, por enquanto, continua a ser o único rosé do vastíssimo portefólio da Real Companhia Velha
Por fim, um clássico d’A TABERNA DA RUA DAS FLORES, o queijo de cabra artesanal Granja dos Moinhos, produzido por Adolfo Henriques na Maçussa, que André Magalhães serve panado, com mel trufado... e ainda uma flor de hibisco cristalizada!
Para acompanhar o queijo e o doce (ou seja, a flor cristalizada), bem como para digestivo de um almoço dedicado aos brancos da Quinta de Cidrô, Pedro O. Silva Reis resolveu surpreender com um inesperado Vinho do Porto branco… de Cidrô! Complexo e com uma acidez incrível, foi produzido na década de 70 do século passado a partir de uvas da vinha velha de castas brancas da Quinta de Cidrô e estagiou dois ou três anos em balseiro antes de ser engarrafado. Tendo agora Pedro O. Silva Reis descoberto algumas dessas garrafas na garrafeira pessoal do Avô na Casa Redonda da Quinta das Carvalhas! Um vinho absolutamente incomum, até porque Cidrô não é uma quinta de Portos!
Os vinhos do almoço dedicado à frescura de Cidrô:
Quinta de Cidrô Alvarinho branco 2015
Quinta de Cidrô Sauvignon Blanc branco 2015
Quinta de Cidrô Boal branco 2014
Quinta de Cidrô Chardonnay branco 2015
Quinta de Cidrô Gewurztraminer branco 2015
Quinta de Cidrô Rosé 2015
Real Vinícola Porto Extra Dry White (anos 70)
Pedro O. Silva Reis e André Magalhães
Porto das 5, o novo desafio da Real Companhia Velha
Se é uma certeza que o Vinho do Porto funciona na perfeição com queijo e chocolate…
… porquê bebê-lo somente às refeições?
Daí que a Real Companhia Velha tenha também desafiado bares, quiosques e esplanadas a apresentarem uma carta de Vinhos do Porto…
… harmonizados com snacks e finger food!
Por exemplo…
… com chocolate de leite:
Royal Oporto Tawny 10 Anos
Laranja confit coberta de chocolate de leite
Ou com chocolate…
… negro:
Royal Oporto Late Bottled Vintage 2011
Snobinette de chocolate negro, ganache de frutos vermelhos
Ou então com queijos.
Seja com o bem português...
... Serra da Estrela:
Real Companhia Velha Vintage 1970
Pera-rocha recheada com queijo Serra da Estrela
Ou com o famoso…
… Stilton:
Real Companhia Velha Vintage 1967
Stilton com cracker de especiarias e Granny Smith desidratada
Ou até…
… com charutos:
Royal Oporto Tawny 40 Anos e Real Companhia Velha Vintage 1957
Pedro O. Silva Reis
Charutos Montecristo #4
Tudo exemplos de sugestões de harmonização…
… propostas pelo Ritz Four Seasons, em Lisboa.
Os 6 das 5
As quais resultaram tão bem…
… que nem se deu pelo tempo a passar!
Pedro O. Silva Reis
Quando o Porto das 5 acabou…
… já o sol se tinha posto!
Octávio Ferreira preparando a redução de Grandjó Late Harvest, licor Cointreau e brandy Constantino
Octávio Ferreira e o Grandjó Late Harvest
A cozinha-espetáculo, o entreter do cliente e o cozinhar-se na sala não são apenas modas atuais – há já muito anos que existe quem faça assim!
Por exemplo, no GAMBRINUS.
Onde uma das suas melhores sobremesas, o Soufflé de Baunilha...
… é finalizado à frente de todos!
E desta vez, como o Soufflé iria ser harmonizado com o Grandjó Late Harvest…
… o chefe de sala Octávio Ferreira até utilizou igualmente o próprio colheita tardia para macerar a fruta…
… e para fazer parte da redução do licor de laranja!
Fruta macerada no Grandjó Late Harvest…
… e adicionada à redução do licor de laranja, incluía ainda um pouco do Grandjó e de brandy
Octávio Ferreira…
… na sala do GAMBRINUS…
… finalizando o empratamento
Soufflé de Baunilha
Ora, para acompanhar o Soufflé de Baunilha...
… o famoso colheita tardia da Real Companhia Velha!
Um vinho doce e untuoso...
... mas com uma acidez excelente, bem viva!
Sendo feito a partir de uvas Semillon afetadas pela podridão nobre...
... num conjunto muito reduzido de talhões da Quinta do Casal da Granja, no planalto de Alijó!
Grandjó Late Harvest branco 2012
Ver também:
Novidades da Real Companhia Velha… no GAMBRINUS
GAMBRINUS | Rua das Portas de Santo Antão, 23, Lisboa, Portugal
Lombo de vaca com duas pimentas
Para harmonizar com o novo vinho da Real Companhia Velha que homenageia o Marquês de Soveral, nascido na Quinta de Cidrô em 1851…
… Octávio Ferreira, chefe de sala do GAMBRINUS, sugeriu um suculento lombo de vaca – cujas notas caramelizadas ligam muito bem com vinhos que estagiaram em madeira…
… trabalhado com duas pimentas, que casam na perfeição com os aromas apimentados do vinho e com a sua excelente acidez!
Sendo o Quinta de Cidrô Marquis, da colheita de 2012, um vinho com o qual o enólogo Jorge Moreira desmonta mais um mito do Douro – o de que nas cotas mais altas só devem ser plantadas uvas brancas!
Tinto de altitude, é um lote de Touriga Nacional (60%)…
… e Cabernet Sauvignon (40%), casta que se dá bem em sítios frescos – como a Quinta de Cidrô, em São João da Pesqueira, entre os 450 e os 600 metros de altitude – e permite fazer vinhos com uma grande longevidade.
Muito elegante e equilibrado, é intenso e complexo, com uma boa estrutura, mas igualmente bastante fresco – e com um enorme potencial para evoluir em garrafa!
Sendo o topo de gama dos vinhos produzidos em Cidrô…
… e um dos nove da Real Companhia Velha!
Quinta de Cidrô Marquis tinto 2012
Ver também:
Novidades da Real Companhia Velha… no GAMBRINUS
GAMBRINUS | Rua das Portas de Santo Antão, 23, Lisboa, Portugal
Octávio Ferreira
Se há pratos que, pelo menos uma vez na vida, todos devíamos experimentar…
… um deles é seguramente o Empadão de Perdiz do GAMBRINUS.
Denso. Intenso. Generoso. Delicado. Envolvente.
Feito com massa folhada.
E acompanhado de esparregado.
Um prato perfeito…
… para deixar brilhar grandes tintos!
Empadão de Perdiz
Como é o caso do novo Evel XXI Grande Reserva, pouco mais de 3000 garrafas de um lote de Vinhas Velhas, Touriga Nacional e Touriga Franca da colheita de 2012.
Contudo, o objetivo de Jorge Moreira não foi fazer um blend de castas…
… mas de quintas – juntar o melhor de duas das mais emblemáticas quintas da Real Companhia Velha!
Concretamente, a potência e concentração da Quinta do Síbio, um museu vivo do Douro, no vale do Roncão…
… com a complexidade e a frescura da Quinta das Carvalhas, em frente ao Pinhão!
Um vinho elegante, poderoso e com excelente acidez…
… que é, assim, o melhor de dois mundos!
Celebrando a diversidade da Real Companhia Velha!
E sendo um dos nove topos de gama da empresa…!
Evel XXI Grande Reserva tinto 2012
Ver também:
Novidades da Real Companhia Velha… no GAMBRINUS
GAMBRINUS | Rua das Portas de Santo Antão, 23, Lisboa, Portugal
Real Companhia Velha Séries Moscatel Ottonel branco 2014
Para harmonizar com o caráter floral do novo Moscatel Ottonel, já apresentado aqui…
… Octávio Ferreira, chefe de sala do GAMBRINUS, sugeriu a delicadeza das gambas…
… num delicioso e levemente especiado fundo de marisco em que, na sua preparação, foi utilizado...
... o próprio Moscatel Ottonel!
Gambas
Ver também:
Novidades da Real Companhia Velha… no GAMBRINUS
GAMBRINUS | Rua das Portas de Santo Antão, 23, Lisboa, Portugal
Real Companhia Velha Espumante Chardonnay & Pinot Noir Bruto 2013
De aperitivo…
… os petiscos do GAMBRINUS, nomeadamente as generosas torradas com manteiga, os pastéis de bacalhau, o presunto Cinco Jotas e os famosos croquetes sempre fritos na hora!
Petiscos
E espumante!
A nova edição – já é a terceira – do espumante que a Real Companhia Velha um dia experimentou produzir a partir de uvas das castas tradicionais de Champagne, Chardonnay e Pinot Noir, mas cultivadas em altitude e com elevadas amplitudes térmicas, na Quinta de Cidrô.
Com efeito, o enólogo Jorge Moreira, desde que regressou à Real Companhia Velha, está apostado em desfazer mitos e preconceitos – e um deles é o de o Douro ser demasiado quente para fazer brancos e espumantes!
Jorge Moreira
Ora, da colheita de 2013, esta nova edição tem um perfil aromático e de sabor...
... que se confunde com os melhores do mundo!
Mas com a potência e a intensidade de boca típica do Douro!
Sendo absolutamente fantástico como, numa região famosa pela concentração dos seus Vintages...
... é possível fazer espumantes com esta elegância!
Ver também:
Novidades da Real Companhia Velha… no GAMBRINUS
GAMBRINUS | Rua das Portas de Santo Antão, 23, Lisboa, Portugal
Pedro O. Silva Reis (marketing), Rui Soares (viticultura), Jorge Moreira (enologia)
É notável o ritmo a que se sucede o lançamento de novidades…
… na Real Companhia Velha!
Não apenas novas colheitas…
… mas também novidades absolutas!
Incluindo agora mais dois novos topos de gama, o Evel XXI Grande Reserva e o Quinta de Cidrô Marquis, ambos da colheita de 2012…
… que se juntam aos já existentes Carvalhas Vinhas Velhas tinto, Carvalhas Tinta Francisca tinto, Carvalhas branco, Quinta dos Aciprestes Grande Reserva, Quinta dos Aciprestes Sousão Grande Reserva, Grandjó Late Harvest e Real Companhia Velha Espumante Chardonnay & Pinot Noir Bruto…
… alargando para nove (!) o número de topos de gama da Real Companhia Velha!
A partir das cinco quintas da empresa no Douro, é um trabalho de grande fôlego…
… liderado por Pedro O. Silva Reis, no marketing…
… com Rui Soares na viticultura…
… e o regressado Jorge Moreira na enologia!
Sempre em busca da inovação…
… da experimentação…
… e da diversidade!
Pedro O. Silva Reis (marketing), Rui Soares (viticultura), Jorge Moreira (enologia)
Ora, para permitir que estes vinhos excecionais mostrem todo o seu esplendor…
… não há nada como os intemporais clássicos do GAMBRINUS…
… num menu em que cada prato é escolhido – e trabalhado – em função do vinho que o vai acompanhar!
Uma viagem fascinante, que aqui vai ser contada prato-a-prato. Ou vinho-a-vinho…!
GAMBRINUS | Rua das Portas de Santo Antão, 23, Lisboa, Portugal
Royal Oporto Colheita 1975
Há 40 anos o verão foi quente.
Mas fez-se vinho.
O ponto alto de um dia inteiro dedicado às vindimas foi uma animada lagarada…
… com a pisa a pé…
… em lagares de granito…
… das uvas de Sousão colhidas de manhã!
Para recuperar as forças, depois ainda houve bola de carne…
… e vinho branco trazido pelo enólogo Jorge Moreira!
(fim)
Harvest Experience 2015 na Real Companhia Velha:
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