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Walter Blazevic e Osvaldo Amado
A Quinta do Ortigão é um produtor histórico da Bairrada.
Reivindicando para si, aliás, ter sido o trisavô dos atuais proprietários, Justino Sampaio Alegre, a introduzir em Portugal, no já longínquo ano de 1893, o método dito clássico de produção de vinhos espumantes, tal como era seguido na região de Champagne.
Ora, foi a celebração dessa visão de futuro que trouxe a Quinta do Ortigão a Lisboa, para apresentar os seus vinhos à mesa do renovado LISBOÈTE, num jantar vínico que contou com a presença do enólogo Osvaldo Amado e dos produtores João e Pedro Alegre.
Tendo Walter Blazevic criado um menu especial e único, pensado para harmonizar com cada um dos vinhos da noite.
4 dos 6 vinhos da Quinta do Ortigão apresentados no LISBOÈTE
De aperitivo, um espumante.
O Cuvée Bruto, de 2012.
O chef e o enólogo brindam com o…
… Quinta do Ortigão Espumante Cuvée Bruto 2012
Depois, com o elegante Arinto & Bical, lote de duas castas Atlânticas que funcionam muito bem na Bairrada, Walter Blazevic propôs um prato de bacalhau fresco com algas e em que predominava o sabor envolvente do funcho.
Walter Blazevic e o sub-chef Marcus Stroll
Bacalhau Fresco, Funcho e Algas
Quinta do Ortigão Arinto-Bical branco 2014
A seguir, para acompanhar o espumante topo de gama da Quinta do Ortigão – o magnífico Reserva Bruto, com uns notáveis 48 meses em cave, bolha fina, acidez muito bem integrada e excelente mousse – Walter Blazevic, num momento de grande inspiração, propôs um prato igualmente cremoso e delicado, juntando o sabor do linguado, das ostras, do aipo e dos cogumelos.
Walter Blazevic
Linguado, Ostras, Aipo e Cogumelos
Osvaldo Amado
Quinta do Ortigão Espumante Reserva Bruto 2010
Para acompanhar o Reserva tinto da Quinta do Ortigão, feito de Baga e Touriga Nacional em partes iguais e com nove meses de maturação em barrica, Walter Blazevic, numa homenagem aos sabores da Bairrada, apresentou um original e delicioso prato de leitão, que tinha os vários elementos da especialidade bairradina mas estava trabalhado num registo mais próximo do pato com laranja!
E com o pormenor de ter… um búzio!
Muito bom!
Walter Blazevic e o sub-chef Marcus Stroll
Homenagem à Bairrada: Leitão, Batata-doce, Crocante de Pimenta Preta, Laranja
Osvaldo Amado
Quinta do Ortigão Reserva tinto 2013
Homenagem ao irmão Manuel, cujo número no Colégio Militar serviu de inspiração para o nome do vinho, o 4 Dezasseis é muito especial. De tal forma que este 2011 foi somente a sua segunda edição. Sendo um lote de Touriga Nacional, Baga, Tinta Roriz e um pouco de Cabernet Sauvignon. Complexidade, estrutura, volume de boca e taninos vivos, num vinho que vai continuar a evoluir.
E para o qual Walter Blazevic propôs a pintada, cozinhada a baixa temperatura e selada, com molho de couve e lascas de foie gras. E em que também se destacava um saboroso pâté de aves, que o chef francês faz no LISBOÈTE com enchidos portugueses e avelãs.
Walter Blazevic e a pintada
Pintada, Fígados de Aves, Zimbro, Couve e Avelã
Osvaldo Amado
Quinta do Ortigão 4 Dezasseis tinto 2011
Finalmente, Osvaldo Amado apresentou o sedutor Vindima Tardia, sem botrytis, da Quinta do Ortigão – um vinho raro, dada também a sua diminuta produção. Inspirado no Vin de Constance, é produzido a partir de somente meio-hectare da variedade Muscat de Frontignan, adaptada ao terroir da Bairrada. Elegante, complexo e envolvente, tem igualmente uma acidez muito agradável e equilibrada. Mais uma grande descoberta!
Tendo depois Walter Blazevic ido buscar as notas de pera do Vindima Tardia como ponto de partida para uma deliciosa sobremesa de outono.
Walter Blazevic e o sub-chef Marcus Stroll
Pera-Rocha, Castanha, Sabayon e Dacquoiset
Osvaldo Amado
Quinta do Ortigão Vindima Tardia 2011
Tendo sido o fim da extraordinária viagem pelos vinhos da Quinta do Ortigão, à mesa do LISBOÈTE de Walter Blazevic e comentados pelo enólogo Osvaldo Amado.
Um jantar que fica na memória!
João Jorge, João Alegre, Walter Blazevic, Osvaldo Amado, Pedro Alegre
Calçada Marquês de Abrantes, 94, Lisboa, Portugal
Chef Walter Blazevic
Os cinco (vinhos) na Adega de Cantanhede
A visita à Adega de Cantanhede culminou com uma sessão de prova dos vinhos da casa, conduzida igualmente pelo enólogo Osvaldo Amado.
O qual apresentou um branco (Marquês de Marialva Arinto Reserva 2012), um tinto de Baga (Foral de Cantanhede Grande Reserva Baga 2009) e dois espumantes também de Baga (Marquês de Marialva Baga Rosé 2011 e Marquês de Marialva Baga Blanc de Noir 2011).
Tendo depois fechado a prova com um vinho licoroso da colheita de 2011 ainda inédito, que irá ser lançado sob a designação de "Marquês de Marialva Singular".
Foral de Cantanhede Grande Reserva Baga tinto 2009
Espumante Marquês de Marialva Baga Rosé 2011
Espumante Marquês de Marialva Baga Blanc de Noir 2011
Vinho Licoroso Colheita de 2011 “Maturated in Bottle” (rótulo de trabalho do futuro "Marquês de Marialva Singular")
Adega de Cantanhede | Rua Eng. Amaro da Costa, 117, Cantanhede, Bairrada, Portugal
Fundada em 1954, a Adega de Cantanhede é o maior produtor da região da Bairrada.
Tendo a visita sido conduzida pelo enólogo Osvaldo Amado, no âmbito do “Encontro com o Vinho e Sabores – Bairrada 2013”.
Ver também:
Osvaldo Amado e a prova dos vinhos da Adega de Cantanhede
Adega de Cantanhede | Rua Eng. Amaro da Costa, 117, Cantanhede, Bairrada, Portugal
Vinagre
Entre o peixe e a carne – o mesmo é dizer, entre o branco e o tinto – o enólogo da Quinta do Encontro veio deixar a cada uma das mesas um pequeno copo com um pouco de líquido no fundo e uma colher para cada pessoa.
Perante a surpresa geral, Osvaldo Amado explicou que era… um limpa palato.
Vinagre!
E sugeriu que colocássemos apenas duas ou três gotas na língua, a fim de preparar o palato para o que viria a seguir.
E de facto assim foi – a acidez do vinagre limpou completamente a boca.
Era o novo vinagre de vinho tinto do Dão – Quinta de Cabriz – com 24 meses de maturação em barrica de carvalho francês de segundo uso… e 7% de acidez.
Osvaldo Amado
(continua)
QUINTA DO ENCONTRO | Rua de São Lourencinho, São Lourenço do Bairro, Anadia, Portugal
Enólogo Osvaldo Amado apresenta o Preto Branco Reserva tinto 2009
Antigamente, quando as vinhas eram selvagens, a prática era vindimar tudo junto – uvas tintas e brancas, todas misturadas.
Entretanto a viticultura evoluiu no sentido da separação das castas tintas e brancas.
Mas nos lagares caseiros e tradicionais mantém-se ainda hoje a prática ancestral de vindimar as uvas tintas e brancas em simultâneo.
Ora, é em homenagem a essa tradição imemorial que a Quinta do Encontro lançou o Preto Branco, um vinho tinto que assumidamente mistura ambas as uvas – para além das tintas Touriga Nacional (50%) e Baga (35%), inclui a branca Bical (15%).
Tendo sido o vinho mais surpreendente da prova na Quinta do Encontro conduzida pelo enólogo Osvaldo Amado no âmbito do “Encontro com o Vinho e Sabores – Bairrada 2013”.
Até pela excelente relação qualidade/preço: 7€.
Preto Branco Reserva tinto 2009, um dos nove vinhos provados
QUINTA DO ENCONTRO | Rua de São Lourencinho, São Lourenço do Bairro, Anadia, Portugal
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