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Chama-se “O Chef” e pretende ser uma comédia culinária.
Contudo, o mais interessante no novo filme escrito e realizado por Daniel Cohen, com Jean Reno e Michaël Youn nos principais papéis, não é tanto a parte cómica – que é muito ligeira – mas antes os temas “sérios” dos bastidores do universo da restauração e da alta cozinha que subtilmente vão atravessando a história.
A rivalidade entre os chefs…
A pressão das estrelas Michelin…
A pressão dos críticos…
A pressão da renovação dos menus…
O bloqueio criativo…
A interferência do empresário da restauração no estilo de cozinha do chef…
O chef consagrado que efectivamente já não cozinha…
O mau feitio do chef…
Os estágios gratuitos…
A volatilidade do emprego de um cozinheiro…
O estagiário que pretende corrigir a receita do mestre…
A cozinha clássica e a (ilusória) modernidade da cozinha molecular…
A rivalidade entre as escolas francesa e espanhola…
A artificialidade dos programas de televisão culinários…
A dedicação total que a profissão exige, muitas vezes com prejuízo da família…
A mediatização dos chefs…
…
P.S.: No dia 24 de Dezembro de 2012, o crítico gastronómico espanhol José Carlos Capel também publicou no seu blog “Gastronotas de Capel” um post sobre o filme “O Chef” (“Comme un Chef”). Está muito interessante e pode ser lido aqui.
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