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Jancis Robinson
Para celebrar os 10 anos de colaboração de Jancis Robinson com a Essência do Vinho, a “Revista de Vinhos” desafiou a mais influente jornalista e “Master of Wine” do mundo a vir a Portugal apresentar os 10 vinhos e produtores portugueses que mais a marcaram na última década.
Aqui ficando a lista que Jancis Robinson apresentou ao vivo, numa estimulante conferência que hoje decorreu em Lisboa:
Soalheiro Primeiras Vinhas Alvarinho 2016 – Branco, Vinhos Verdes
Quinta dos Roques Encruzado 2007 – Branco, Dão
Luís Pato Vinha Barrosa 2005 – Tinto, Bairrada
Barca-Velha 1999 – Casa Ferreirinha, Tinto, Douro
Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa 2005 – Tinto, Douro
Batuta 2007 – Niepoort, Tinto, Douro
Poeira 2011 – Jorge Moreira, Tinto, Douro
Bojador Vinho de Talha 2015 – Espaço Rural, Tinto, Alentejo
Barbeito Ribeiro Real Tinta Negra Lote 1 20 Years – Vinho Madeira
Graham’s Single Harvest Tawny Port 1972 – Vinho do Porto
Os 10 grandes vinhos portugueses... que mais marcaram Jancis Robinson
Dirk Niepoort e Stefano Goglio | O produtor e enólogo da Niepoort juntou-se ao Diretor-Geral da Nespresso Portugal na apresentação do primeiro café Nespresso envelhecido.
Deixar envelhecer os produtos é uma tendência que está cada vez mais na moda!
Da carne maturada aos vinhos e vinagres com longos estágios, passando pelos queijos de cura prolongada, pelas massas velhas do pão e pelos vegetais fermentados.
Moda que agora também chegou ao… café!
Embora antigamente por cá só se bebesse café envelhecido – no século XVIII, por exemplo, os barcos demoravam vários meses a chegar ao velho mundo…
Mas esta nova experiência de café é muito diferente da desses tempos!
Com efeito, a Nespresso selecionou um conjunto de grãos da variedade Arábica de elevada qualidade produzidos na Colômbia em 2014 e, em vez de os enviar de imediato para a Europa, resolveu guardá-los em sacas de forma controlada durante 3 anos (!) num armazém sem janelas nas montanhas colombianas, a cerca de 3.700 metros de altitude e em condições muito especiais de pressão atmosférica, temperatura, humidade e luz.
Tendo acabado de o lançar no início de janeiro de 2017 como edição limitada, aliás bastante rara. Embora seja provável que, devido ao sucesso alcançado nesta maturação, no futuro surjam mais cafés envelhecidos.
Quanto ao nome da limited edition, dado que a Nespresso tem desde sempre aproximado a vivência do café ao universo do vinho – são os Grands Crus, os terroirs, os sommeliers de café, os copos Riedel, a análise visual/olfativa/sensitiva, o coffee pairing – a inspiração foi o ‘Vintage’, o Rei dos Vinhos do Porto, proveniente de uma única colheita excecional e engarrafado dois a três anos após a vindima.
O resultado é então o Nespresso Selection Vintage 2014, um café muito aromático e complexo, destacando-se as elegantes notas amadeiradas. E apresentando uma textura aveludada, que nos enche a boca.
Bastante equilibrado, foi-lhe atribuído o nível de intensidade 7.
Proporcionando uma experiência sensorial única. E nova.
Merecendo este café ser bebido num copo Riedel – em particular, no Reveal Intense, o da boca mais estreita.
E com tempo, para o podermos saborear devidamente.
Aliás um dos segredos da degustação de um café – para além naturalmente de o passarmos por toda a boca e pela língua, como fazemos com o vinho – é bebê-lo devagar, pois quando a temperatura desce ligeiramente começam a surgir novos aromas…!
2014 e 2011 | Dirk Niepoort apresentou dois Vinhos do Porto. Primeiro, um de 2014, um ano ‘não-clássico’ no Douro (e também o mesmo ano deste café Vintage da Nespresso), proveniente de uma vinha quente e virada a sul, engarrafado já em 2017 e apresentando-se ainda novo e cru. Em especial quando confrontado com um Vintage do mítico ano de 2011, o biológico Bioma Vinha Velha, muito mais longo e complexo, e que Dirk Niepoort continua a fazer questão de engarrafar à moda antiga, ou seja, somente no terceiro ano após a colheita, quando atualmente a maioria dos produtores apenas espera dois anos.
Nespresso Selection Vintage 2014 | Edição limitada, feita com grãos de café envelhecidos durante três anos em ambiente controlado. Como a Nespresso gosta de dizer, «a new taste crafted by time».
Joe Barza
Figura pública do mundo da cozinha e da televisão no Médio Oriente, Joe Barza é um celebrity chef libanês que se assume como embaixador da gastronomia e da cultura do seu país.
Dedicado à consultoria, é responsável pelo conceito de inúmeros restaurantes no mundo árabe. Incluindo o MARJAN, no Waldorf Astoria Ras al Khaimah, a uma hora de carro da cidade do Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. E também o OAK GRILL by Joe Barza do Conrad Cairo, no Egito, cuja assinatura é precisamente “modern lebanese cuisine”.
No Gourmet Culinary Extravaganza, do Conrad Algarve, para um almoço de churrasco no DADO Q, o BBQ do DADO, restaurante chefiado por Osvalde Silva e que fica no jardim, junto à segunda piscina do hotel, Joe Barza trouxe os sabores fortes da sua colorida cozinha libanesa, simultaneamente mediterrânica e árabe.
Destacando-se o atum, braseado e servido com especiarias shawarma, a trilogia de húmus e ainda o saboroso tabbouleh que Joe Barza segura na primeira fotografia deste post, um prato vegetariano com muitos legumes e ao qual o chef libanês acrescenta também a leveza da quinoa.
Nas sobremesas, a maior novidade eram umas bolachas tradicionais libanesas chamadas Maamoul, delicadas e saborosas, que se escondiam no fundo de um copo com gelado de baunilha, algodão doce e pistácio em pó.
Já a seleção vínica ficou por conta dos escanções António Lopes, Head Sommelier do Conrad Algarve, e Nuno Jorge, dos chocolates de vinho Cacao di Vine, que escolheram um espumante (Campolargo Bruto, feito na Bairrada com Bical, Arinto e Cerceal), três brancos (o Sauvignon Blanc Três Bagos 2015, num registo Novo Mundo, da Lavradores de Feitoria; o fresco Avesso 2013, da Covela; e o mineral e complexo Redoma Reserva 2015, da Niepoort), três tintos do Douro (o Quinta da Costa das Aguaneiras 2013, da Lavradores de Feitoria, cheio de fruta vermelha; o jovem e elegante Redoma 2014, da Niepoort; e o poderoso Quinta dos Murças Reserva 2010, do Esporão) e ainda dois licorosos, um Porto (o versátil Tawny Reserve da Quinta das Tecedeiras) e um Madeira (o Barbeito Boal Reserva Velha 10 anos, meio-doce mas com excelente acidez).
Joe Barza, Joachim Hartl (General Manager do Conrad Algarve), Osvalde Silva (chef do DADO)
BBQ no DADO Q
Pudim de laranja, com a imagem de marca de Joe Barza / Maamoul
António Lopes e Nuno Jorge
Os vinhos do almoço
Nos jardins do Conrad, António Lopes e o Barbeito Boal Reserva Velha 10 Anos
Ver também:
Heinz Beck extravagante no Conrad Algarve
Joe Barza Culinary Consultancy
DADO
Hotel Conrad Algarve, Estrada da Quinta do Lago, Portugal
Chef Osvalde Silva
Arnaud Vallet, sommelier do VILA JOYA… e os Douro Boys: Quinta do Crasto (Tomás Roquette), Niepoort, Quinta do Vallado, Quinta Vale D. Maria (Cristiano van Zeller) e Quinta do Vale Meão (Francisco Olazabal)
Marcante no jantar de tributo a Dieter Koschina…
… foi também a presença dos Douro Boys!
Para além dos vinhos de cada uma das quintas…
… e do Cuvée que junta as quintas todas…
… foi muito especial ouvir as histórias do Douro de Francisco Olazabal, Cristiano van Zeller e Tomás Roquette.
Ver também:
VILA JOYA | Vila Joya – Home, Restaurant & SPA, Estrada da Galé, 120, Albufeira, Portugal | Chef Dieter Koschina
Na Chef’s Table do VILA JOYA: Arnaud Vallet, Dieter Koschina, Hermínio Sanona
Na comemoração dos 20 anos da atribuição da primeira estrela Michelin ao VILA JOYA de Dieter Koschina…
… para acompanhar os vinte amuse-bouche preparados por outros tantos chefs que ao longos dos anos treinaram e aprenderam no paradisíaco resort algaravio com o mestre austríaco…
… os escanções Arnaud Vallet e Hermínio Sanona escolheram dez vinhos e uma cerveja – sempre com o aval final de Dieter Koschina!
Arnaud Vallet e Dieter Koschina
Para começar, Champagne!
Cortando a gordura do foie gras…
… quer do mais suave, de Klaus Deutschmann; quer do mais intenso, de Peter Hagen…
… a escolha recaiu num dos Champagnes preferidos de Koschina, o delicado Billecart-Salmon Brut Rosé, feito com Chardonnay, Pinot Meunier e ainda um pouco de Pinot Noir vinificado como tinto.
Billecart-Salmon Brut Rosé
Depois…
… com a frescura da salada de caranguejo de Alexander Kooman e da truta salmonada de Gunther Döberl…
… a mineralidade e a frescura do Crasto branco da colheita de 2014, produzido a partir de Rabigato, Viosinho e Gouveio na Quinta do Crasto, na margem direita do rio Douro, entre a Régua e o Pinhão.
Arnaud Vallet e o Crasto branco 2014
Com os aromas trufados…
… da couve-rábano de Michael Wolf e do tamboril de Siggi Tschurtschenthaler…
… o primeiro tinto da noite!
Da Bairrada, veio a segunda edição, de 2013, do Poeirinho de Dirk Niepoort – proveniente de vinhas centenárias e engarrafado em junho de 2015 após estagiar 20 meses em tonel, é um vinho de Baga não apenas muito fresco mas também bastante leve e polido.
Poeirinho tinto 2013
E depois…
… o regresso ao Champagne!
Com os aromas intensos e salgados…
… do ouriço-do-mar de Richard Nussel e do Caviar Imperial dos ravioli de aipo de Rudi Tomsej…
… o elegante e encorpado Billecart-Salmon Brut Sous Bois, um Champagne fermentado em madeira.
Billecart-Salmon Brut Sous Bois
Com a vieira de Lucy Lourenço Queiroz e a caldeirada de bacalhau de João Tavares…
… mais um vinho de Dirk Niepoort!
O fresco e mineral Redoma Reserva branco de 2014, feito no Douro com uvas de vinhas muito velhas, com mais de 80 anos, plantadas a 600 metros de altitude em solos de micaxisto, que estagiou sem bâtonnage durante 10 meses e foi engarrafado em Junho de 2015.
Redoma Reserva branco 2014
A seguir…
… com o picante…
… do tomate da sopa de parmesão de Julian Karr e do caril dos ravioli de gambas Gerhard Brugger…
… a sedutora mineralidade e complexidade do Douro no VZ branco de 2013, produzido pela Van Zeller’s & Co.
VZ branco 2013 Magnum
Já com as bolinhas fritas de batata, de Matthias Bernwieser…
… a surpresa de uma cerveja!
Que, com um sabor levemente doce e maltoso, era a Helles de Munique na versão da portuguesa Sovina.
Hermínio Sanona e a cerveja Sovina Helles
Depois…
… com o cordeiro de Christian Spitzer e a corça de Peter Kroiss…
… um clássico do Douro e de Portugal, o Quinta do Vale Meão, da colheita de 2013.
Quinta do Vale Meão tinto 2013
A seguir…
… com os dois últimos pratos de carne, as bochechas de porco de Christian Gölles e os sabores austríacos de Clemens Nachbaur…
… o Douro Boys Cuvée 2011, vinho tinto comemorativo do décimo aniversário do grupo de produtores que junta as virtudes de cada uma das quintas: a estrutura da Quinta do Vallado; a frescura da Niepoort; a fruta da Quinta do Crasto; a mineralidade da Quinta Vale D. Maria; e o corpo da Quinta do Vale Meão – tendo sido produzidas apenas 750 garrafas magnum!
Douro Boys Cuvée tinto 2011 Magnum… servido decantado
Passando para as sobremesas…
… com a sopa de pimentos doces de Thomas Klug e os sabores anisados de Jens Rittmeyer…
… o Riesling Au... Au... de Dirk Niepoort no Douro, que conjuga doçura com acidez.
Au... Au... Riesling 2011
Por fim…
… com o chocolate e as especiarias de Bernhard Posch…
… o intenso, cremoso e complexo Porto Tawny 40 anos da Quinta do Vallado!
Quinta do Vallado 40 Years Old Tawny
Foi o fim de um grande jantar…
… também ao nível dos vinhos!
Arnaud Vallet e o fim do que foi (também vinicamente) um grande jantar
Ver também:
VILA JOYA | Vila Joya – Home, Restaurant & SPA, Estrada da Galé, 120, Albufeira, Portugal | Chef Dieter Koschina
Nuno Bergonse
Na atual cena gastronómica lisboeta, uma experiência muito interessante é jantar…
… na cozinha de Nuno Bergonse, no DUPLEX!
A ‘Mesa do Chef’ de 4 lugares, com vista para a janela…
Existindo duas acolhedoras Mesas do Chef…
… uma de dois e outra de quatro lugares.
… e com vista para a cozinha do DUPLEX
As quais permitem ver a equipa de cozinha em ação…
… e assistir também ao empratamento – a roda está virada para os clientes!
A cozinha do DUPLEX em ação
Para começar, para além de pão e azeite…
… também uns finíssimos grissini com crème fraîche.
Grissini
Depois, chegou a carta – na Mesa do Chef do DUPLEX é possível comer à carta.
Mas na Mesa do Chef…
… quem manda é o Chef!
Pelo que foi muito melhor dar liberdade a Nuno Bergonse para fazer o menu que entendesse.
Tendo o chef construído, a partir dos pratos da carta do DUPLEX…
… um jantar que começou com vieiras levemente marcadas, acompanhadas de uma espuma de avelã e coco.
'Vieiras com Avelãs e Coco'
A que se seguiu um refrescante ceviche feito com lírio…
… e que tinha a particularidade de ser temperado com katsuobushi, flocos de bonito seco e fumado.
'Ceviche de Peixe de Mercado'
Depois, um maravilhoso bife de atum, apenas marcado…
… e acompanhado de um saboroso e aveludado puré de couve-flor.
Destaque ainda, além das algas e da couve roxa, para o abacaxi, muito maduro e acabado de assar!
'Peixe de Mercado (como a cozinha entender)'
A seguir, mais um grande momento!
Fechavam-se os olhos e parecia que estávamos a comer carne de porco à alentejana!
Mas na verdade era um saboroso e intenso arroz de lingueirão…
… com barriga de porco preto cozinhada muito lentamente e depois prensada na chapa, para ficar crocante.
Excelente!
'Arroz de Lingueirão com Porco Preto e Lima'
Tendo em vista acompanhar um menu de Verão que começou com intensos sabores cítricos – nomeadamente, com a lima a cortar a untuosidade da vieira e depois, claro, com o próprio ceviche…
… a escolha óbvia seria um vinho branco!
Mas o escanção Francisco Guilherme resolveu arriscar…
… e optou por um tinto!!!
Embora fosse um tinto especial...
... o Dom Bella Pinot Noir de 2012, um Dão com um perfil mais fresco do que o habitual.
Servido a uma temperatura excelente, a rondar os 15ºC…
… o crescimento do vinho no copo (e na garrafa) foi acompanhando o desenvolvimento da refeição!
Sem dúvida, uma aposta ganha!
Dom Bella Pinot Noir tinto 2012
Para sobremesa, os sabores do mel…
… e um intenso sorvete de pera-rocha.
'Mil Folhas com Creme de Mel, Camomila e Sorvete de Pera'
Muito bem acompanhados por um Porto Branco da Andresen…
… com 10 anos.
Andresen 10 Year Old White Porto
E por fim os sabores dos frutos vermelhos…
… com o refrescante e delicado sorvete de lichias.
'Fresco de Lichias e Frutos do Bosque'
Acompanhados por outro Porto, novamente escolhido por Francisco Guilherme…
… agora um Tawny Niepoort igualmente com 10 anos.
Niepoort 10 Years Old Tawny
Tendo sido um jantar muito estimulante e muito animado…
… sempre com grande interação entre a Mesa do Chef e a cozinha!
Madalena Pombo, Gonçalo Máximo, Catarina Barreiros, Daniel Colaço, chef Nuno Bergonse, Frederico Caetano, escanção Francisco Guilherme, Alberto Oliveira
Foi uma grande experiência jantar na cozinha do DUPLEX!
DUPLEX Restaurante & Bar | Rua Nova do Carvalho, 58-60, Cais do Sodré, Lisboa, Portugal | Chef Nuno Bergonse
Dirk Niepoort: «A acidez é a espinha dorsal de qualquer vinho»
A palavra-chave é… acidez!
Para Dirk Niepoort, «a acidez é a espinha dorsal de qualquer vinho»…
… servindo como garantia de frescura… de longevidade… de equilíbrio… de elegância!
Daí que a altitude seja um dos factores que Dirk Niepoort utiliza a fim de obter a tão desejada acidez para os seus vinhos... embora não seja o único factor – a altitude faz a diferença mas tem que ser conjugada com todos os restantes elementos que concorrem para a feitura do vinho.
Tendo Dirk Niepoort apresentado quatro vinhos no workshop dedicado aos Vinhos de Altitude que decorreu em Vila Nova de Tazem, organizado pela Câmara Municipal de Gouveia e promovido pela Revista de Vinhos.
Dois brancos já no mercado...
A abrir, o novo e reinventado Tiara da colheita de 2012 – extraordinariamente fresco, equilibrado e elegante, é feito a partir de vinhas com mais de 60 anos, plantadas no Douro acima dos 600 metros de altitude.
Depois… um vinho alemão. Dirk Niepoort trouxe um Riesling do Mosel, produzido por Phillip Kettern a partir de uma vinha velha virada a norte… e que é a mais alta da sua propriedade – novamente o factor altitude.
... e dois futuros tintos Niepoort... o Turris e o Dão Conciso
A seguir, Dirk Niepoort deu a provar dois vinhos... que ainda não lançou para o mercado.
Primeiro, o Turris 2012, vinho de uma vinha só, a 700/800 metros de altitude e com mais de cem anos, e que era uma vinha de correcção – habitualmente era vindimada muito cedo e servia para corrigir a falta de acidez dos restantes vinhos, em especial nos anos quentes…
… gostando Dirk Niepoort que o Turris se transformasse no novo topo de gama da casa, em especial por ser um vinho que é o oposto dos tintos modernos do Douro, que têm sempre muito corpo e muita concentração. Fresco e elegante, este Turris «não tem extracção nenhuma»… não é frutado… é um vinho que cresce depois de se beber… não explode quando entra na boca, sendo antes explosivo no fim… e tem apenas 12,5% de álcool.
Finalmente o Dão Conciso Tonel 4. Como para Dirk Niepoort há dois erros no Dão – o arrancar das vinhas velhas e o excesso de Touriga Nacional – este seu Dão, do concelho de Gouveia (ou seja, com altitude…), é proveniente de duas vinhas muito velhas… e sem Touriga Nacional!
Dois vinhos que vão continuar a evoluir antes de serem engarrafados... e que prometem dar que falar!
Tiara branco 2012
Goldtröpfchen Riesling Trocken branco 2012
Turris tinto 2012
Dão Conciso Tonel 4 tinto 2012
(Parte VII – Fim)
Ver também:
Vinhos de altitude: só quando o factor altitude faz a diferença
Workshop Vinhos de Altitude | Vila Nova de Tazem, Gouveia, Portugal | 18 Julho 2014
Morgadio da Calçada Reserva Tinto 2007
Beber vinho a copo tem inúmeras vantagens – por um lado, há situações em que uma quantidade mais reduzida é suficiente; por outro, permite que na mesma mesa várias pessoas possam beber vinhos diferentes em simultâneo ou que uma pessoa beba sucessivamente vinhos diferentes; e possibilita ainda que se provem a um preço mais acessível vinhos que à garrafa seriam incomportáveis.
O problema surge, porém, quando a comida puxa pelo vinho… e o vinho é tão bom que atrás de um copo vai outro.
A certa altura mais vale comprar a garrafa toda…
Foi o que aconteceu com o Morgadio da Calçada Reserva Tinto 2007 – produzido pela Niepoort a partir de Tinta Roriz e Touriga Franca, com um pouco de Touriga Nacional, é um vinho do Douro complexo e concentrado mas que mantém a frescura e elegância características das vinhas de altitude de Provezende.
Tendo sido em boa hora sugerido pelo escanção Victor d’Avó para acompanhar os pratos de carne, este e este.
Os rótulos também são magníficos – têm o traço do arquitecto Siza Vieira.
(continua)
Fotografias: Marta Felino / Flash Food
SÃO GABRIEL | Estrada Vale do Lobo, Quinta do Lago, Almancil, Portugal | Chef Leonel Pereira
"Doces de Natal na mesa, para partilhar"
As sobremesas do menu de Natal do CLARO! foram os doces tradicionais desta época festiva do ano: coscorões, sonhos, umas magníficas rabanadas ainda quentes e trouxas de ovos.
Acompanhadas com vinho do Porto, o Ruby Niepoort.
Coscorões, Sonhos, Rabanadas
Trouxas de Ovos
Contudo, antes da partida, Vítor Claro ainda tinha preparado mais uma surpresa: um vinho do Porto notável, o Poças L.B.V. de 1987.
Que fechou com alto nível um grande almoço de Natal.
Poças L.B.V. 1987
Menu de Natal no CLARO!
Fotografias: Marta Felino / Flash Food
(fim)
CLARO! | Hotel Solar Palmeiras, Avenida Marginal, Curva dos Pinheiros, Paço d’Arcos, Portugal | Chef Vítor Claro
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