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Os três finalistas da categoria Profissionais: João Matos, Francisco Miranda e Luís Moleiro
É sempre bonito quando uma competição gastronómica termina… à mesa!
Como sucedeu agora com a Revolta do Bacalhau, um concurso promovido pelo Recheio e pelo NSC - Conselho Norueguês da Pesca com o objetivo de premiar as melhores receitas de bacalhau salgado seco da Noruega.
Existem três diferentes categorias – Profissionais, Estudantes e Restaurantes.
Tendo o júri sido composto pelos chefes Hélio Loureiro (Presidente), Hélder Diogo, António Nobre, João Oliveira, Vítor Matos e Vasco Coelho Santos.
Já na 14.º edição, a final deste ano decorreu no Hotel Sheraton, em Lisboa.
E teve como grande atrativo ter sido possível provar ao longo do jantar as propostas dos três finalistas da categoria Profissionais antes de o júri, no final, anunciar os vencedores.
Três excelentes pratos de bacalhau que – cada um à sua maneira – celebraram a riqueza gastronómica do bacalhau salgado seco da Noruega.
E em que, curiosamente, a ordem de serviço dos pratos a concurso acabou por ser depois a inversa da classificação final.
A final decorreu no Hotel Sheraton, em Lisboa
Ou seja, a primeira proposta a chegar à mesa foi a do concorrente que ficou em terceiro lugar.
Tendo Francisco Miranda, do VINUM Restaurant & Wine Bar, nas Caves Graham’s, em Gaia, apresentado o prato mais poderoso e estimulante da noite – e também o menos consensual.
Uma criação que prolongava para a carne o sabor já de si intenso do bacalhau, através de uma deliciosa terrina de porco que se desfazia na boca e que tinha ainda, no topo, um pil pil feito com línguas de bacalhau.
Bacalhau e carne – grande ligação, grande prato!
Francisco Miranda – Bacalhau salgado seco da Noruega, terrina de porco e gema de ovo curada
O segundo prato a ser apresentado – e ao qual o júri veio a atribuir o segundo lugar – foi o de João Matos, do Ritz Four Seasons Lisbon.
Visualmente muito apelativo, estava bastante complexo e saboroso – pareceu aliás ter sido aquele em que a posta de bacalhau estava mais saborosa.
Embora tivesse muitos elementos no prato – para além do bacalhau, havia gnocchi, cogumelos, legumes frescos e ainda um estufado de sames.
Contudo, estavam todos ligados por uma envolvente espuma de bacalhau, que funcionou muito bem.
Tendo sido este o prato preferido da nossa mesa!
João Matos – Bacalhau salgado seco da Noruega confitado, gnocchi de castanha, Girolle e Estufado de Sames
A terceira e última proposta a chegar à mesa foi a vencedora.
Era da autoria de Luís Moleiro, do Altis Belém Hotel & Spa, que recriou, com aparente simplicidade, a meia-desfeita de bacalhau.
Saboroso e com uma grande atenção às texturas, foi o prato mais equilibrado da noite!
Estava tão focado e minimalista como o primeiro, mas mais suave e redondo, sem arestas.
E conseguia atingir uma elevada complexidade de sabores, tal como no segundo prato, mas recorrendo a menos ingredientes – tudo se jogava entre o bacalhau e o grão.
Excelente!
Luís Moleiro – Bacalhau salgado seco da Noruega e a sua desfeita
Na categoria Estudantes, a vitória foi para Bernardo Calvo, da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra.
Em segundo lugar ficou Manuel Maria, que este ano já tinha vencido o concurso gastronómico Goût de France da Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa e que, após ter estado com Tiago Santos no QUORUM, vai agora para o EPUR de Vincent Farges.
A completar o pódio, Pedro Pereira, da Escola de Formação em Turismo de Aveiro.
Os finalistas da categoria Estudantes: Manuel Maria (2.º), Bernardo Calvo (1.º), Pedro Pereira (3.º)
Relativamente aos restaurantes concorrentes, o melhor classificado foi o CAFÉ CENTRAL, em Coimbra.
Tendo o júri atribuído onze diplomas de ouro: BACALHAU E AFINS, CAFÉ CENTRAL, CASA DO PROVEDOR, FIADO, GRANADA, O BRASÃO, O BUKE, PALATIUM, QUINTA DO GRADIL, SALPOENTE e TABERNA LAURA.
E ainda dezanove de prata: AIDÉ, ÂNFORA, AREIAS DE SABORES, AUDREY’S, CASA LISBOA, CORDEL MANEIRISTA, D. BACALHAU, DESNORTE, DOM JOAQUIM, DONA RAQUEL, DOTE - CERVEJARIA MODERNA, DUX BISTROT, ESTRELA DA MÓ, O COMBINADO, ORDEM DOS MÉDICOS DO NORTE, PATEO VELHO, PORT’S & CO, POUSADA DE CONDEIXA e SENTIDOS - YOUR SPA HOTEL.
Luís Moleiro, o vencedor da categoria Profissionais
Ver também:
Os alunos da Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa que participaram na final do concurso gastronómico “Goût de France” 2018
O “Goût de France / Good France” não são apenas os mais de três mil jantares à francesa que no dia 21 de março irão decorrer um pouco por todo o mundo, trinta e seis dos quais em Portugal.
Com efeito, a celebração da gastronomia francesa, dos seus produtos e dos seus valores, bem como a valorização do destino França, abrange igualmente um vasto conjunto de eventos de natureza gastronómica e cultural organizados pela dinâmica Embaixada de França em Portugal.
Merecendo especial destaque os concursos de gastronomia dirigidos aos alunos das Escolas de Hotelaria e Turismo de Lisboa, Porto e Coimbra.
O Mesa do Chef integrou o júri de Lisboa e deixa aqui a sua homenagem às seis equipas que chegaram à final e prepararam um menu de três pratos (entrada, prato principal e sobremesa) este ano dedicado à cozinha da Nouvelle Aquitaine, a região do sudoeste de França que inclui o País Basco francês e Bordéus.
Mais gratificante do que escolher os premiados, foi reconhecer em cada prato, em cada menu, a enorme garra e vontade de pensar cozinha dos alunos!
Parabéns a todos!
Os membros do júri
Equipa 1 – Diogo Nunes e Jessica Silva (3.º lugar)
Equipa 2 – Paulo Mourato e Luís Sebastião
Equipa 3 – Ricardo Curto e Manuel Maria (1.º lugar)
Equipa 4 – Rita Cruz e António Botelho
Equipa 5 – Diogo Duarte e Yurg Filipe
Equipa 6 – Diogo Lages e Zé Miranda (2.º lugar)
O início da avaliação dos 3 pratos das 6 equipas
O anúncio dos resultados
A festa dos vencedores
Manuel Maria e Ricardo Curto, 1.º lugar
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