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Manel Lino, o novo Chef do LOCAL

por Raul Lufinha, em 15.02.18

Manel Lino na cozinha aberta do LOCAL

Manel Lino na cozinha aberta do LOCAL

Regressado de Espanha após uma passagem pelo LA TORRE DEL VISCO – um hotel e restaurante Relais & Châteaux – Manel Lino está de volta a Lisboa para suceder a André Lança Cordeiro na liderança do LOCAL.

O restaurante funcionará de terça a sábado, em dois turnos – às 20 e às 22 horas.

E mantendo o conceito inicial de existir apenas uma mesa comunal de dez lugares, literalmente ao lado da cozinha.

Porém, agora com três cozinheiros, que também farão o serviço de sala.

Estando o início desta segunda temporada marcado para o próximo dia 20 de fevereiro.

Todavia, no jantar de pré-abertura que decorreu este domingo já foi possível antever um pouco aquilo que será o novo LOCAL.

Com efeito, apesar de ter havido um chef convidado – Rui Sequeira, de quem ainda iremos falar – Manel Lino estreou, e testou, três novos pratos.

E, embora ainda sem qualquer garantia de que venham a entrar para carta, todos prometem!

Champagne

Champagne

Champagne

Champagne | No jantar de pré-abertura do LOCAL, o primeiro – e muito simbólico – serviço de Manel Lino foi o Ruinart Blanc de Blancs. Um Champagne que nos permitiu brindar ao sucesso da nova equipa… e que curiosamente fez também a ponte com o passado recente do restaurante, pois a cozinha de André Lança Cordeiro era (e é) de matriz assumidamente francesa!

Manel Lino

Manel Lino

Manel Lino

Manel Lino

Entrada | Para começar, umas saborosas gambas do Algarve levemente curadas, servidas sobre dois legumes verdes do fim do inverno – ervilha-torta e feijão-redondo – ligados pelo caldo da gamba e por um apurado pesto de ervas (em que predominam os coentros e o manjericão, mas que tem também salsa e funcho), tendo depois no topo pinhões torrados e um pouco de queijo feta. Muito elegante e equilibrado. Excelente!

Manel Lino

Manel Lino

Manel Lino

Manel Lino

Manel Lino

Manel Lino

Manel Lino

Manel Lino

Manel Lino

Prato Principal | Com uma cozinha de grande maturidade, Manel Lino é fortíssimo a fazer pratos de apenas três elementos que funcionam maravilhosamente! Aqui, era pargo e espargos brancos, com o toque das alcaparras! O peixe, no ponto certo e a lascar. Os espargos, em quatro registos diferentes: no molho e também cozidos, salteados e ainda crus (na juliana). E com o delicioso pormenor de o molho de espargos ter picos de sabor cítricos – é que, contou o chef, Manel Lino colocou na base do prato dois pontos de um gel de lima, limão e bergamota! Já as alcaparras, surgem fritas e em pó. Grande momento!

Duas Quintas Reserva Branco

Branco | Com as gambas e o pargo, a sugestão vínica foi o Duas Quintas Reserva Branco de 2016. Produzido no Douro Superior pela Casa Ramos Pinto a partir de Rabigato, Arinto, Viosinho e Folgazão das quintas de Ervamoira e dos Bons Ares, é um vinho elegante, em que está mais presente a fruta do que a madeira.

Manel Lino

Manel Lino

Manel Lino

Manel Lino

Manel Lino

Manel Lino

Sobremesa | Para terminar, chocolate e azeite! Uma ganache de chocolate preto, uma emulsão de azeite, pão frito, uma telha de cacau, flor-de-sal e duas folhas de hortelã-chocolate! Mais uma vez num registo contido, uma ótima sobremesa de Manel Lino!

Kopke LBV 2013

Porto | Com o chocolate e o azeite do novo chef do LOCAL, Vinho do Porto – o LBV de 2013 da Kopke.

 

Fotografias: Marta Felino e Raul Lufinha

 

Ver também:

– LOCAL

 

– Manel Lino

 

LOCAL

Rua de O Século, 204, Lisboa, Príncipe Real, Lisboa, Portugal

Chef Manel Lino

 

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publicado às 23:38

Workshop de espumantes no TRIO, parte II: Quando Manel Lino entra, o jogo muda

por Raul Lufinha, em 26.11.16

Manuel Lino e Luís Gradíssimo

Manuel Lino e Luís Gradíssimo

A comida faz sempre toda a diferença!

Ainda agora, no workshop do Wine Club Portugal dedicado aos espumantes que Luís Gradíssimo orientou no restaurante TRIO, em Lisboa, quando se passou da prova sucessiva (comentada aqui) para a harmonização vínica, tudo mudou.

Com efeito, a chegada dos pratos de Manel Lino transportou a experiência da degustação dos espumantes para uma outra dimensão, muito mais rica e complexa.

 

I – Snacks & Elpídio Bruto

Mexilhão

Mexilhão

Brioche de alheira

Brioche de alheira

Brandade de bacalhau

Brandade de bacalhau

Espumante Elpídio Bruto

Espumante Elpídio Bruto

Ora, esta enorme mudança que se dá quando juntamos comida à prova foi visível logo no primeiro espumante do jantar, o Elpídio Bruto, um espumante sem data de colheita e que não é um dos topos de gama das Caves do Solar de São Domingos.

Contudo, à mesa funciona muito bem!

Feito em partes iguais com Arinto, que lhe dá frescura, e Chardonnay, que lhe traz cremosidade, é essencialmente um espumante muito versátil e equilibrado.

Tem frescura mas não demasiada frescura. É cítrico sem ser muito cítrico. Já tem alguma cremosidade, tendo estagiado mais de dois anos sobre borras. E as bolhas estão muito presentes, sendo persistentes.

Ou seja, como referiu Luís Gradíssimo na sua apresentação, «é um espumante todo-o-terreno»!

E de facto, sendo extremamente versátil, ligou muito bem com os sabores fortes dos três snacks de Manel Lino que abriram o jantar dedicado aos espumantes.

Primeiro, o mexilhão com pepino grelhado, creme de tomate fumado e... espuma de estragão!

Depois, aquele que se está a tornar um aperitivo emblemático do TRIO: o excelente brioche cozido ao vapor – e que chega quentinho à mesa – com recheio de alheira, tendo, no topo, puré de maçã!

E, por fim, a deliciosa conjugação dos sabores da brandade de bacalhau, das azeitonas verdes e das cebolinhas assadas, à qual Manel Lino junta ainda um crocante de milho.

 

II – Peixe & QM Alvarinho Super Reserva Bruto 2013

Corvina, Couve & Sardinha

Corvina, Couve & Sardinha

QM Alvarinho Super Reserva Bruto 2013

Espumante QM Alvarinho Super Reserva Bruto 2013

Para prato de peixe, um grande momento de Manel Lino!

A corvina, cozinhada ao vapor e envolvida em couve-coração.

Ao lado, estaladiça, couve-galega desidratada e frita.

E depois o extraordinário molho – na verdade, uma mousse densa e cremosa – de sardinha assada!

Tendo Luís Gradíssimo respondido com um espumante feito exclusivamente a partir de uvas da casta Alvarinho colhidas bastante maduras, o QM Super Reserva Bruto, em que o grande segredo é a enorme qualidade do vinho base.

Sedutor e gastronómico, o resultado é um espumante com corpo – o que liga muito bem com a intensidade e a estrutura do prato de Manel Lino – e com uma frescura que não é excessiva, de modo a não ser um limpa-palato!

 

III – Carne & Quinta das Bágeiras Bruto Natural Rosé 2014

Vitela & Alho

Vitela & Alho

Espumante Quinta das Bágeiras Bruto Natural Rosé 2014

Espumante Quinta das Bágeiras Bruto Natural Rosé 2014

A escolha seguinte de Luís Gradíssimo foi o fresco e jovem espumante bruto natural rosé da Quinta das Bágeiras, obtido a partir de uvas da casta Baga, da colheita de 2014.

Que fez companhia a mais um grande momento de Manel Lino!

Com efeito, o chefe do TRIO juntou ao naco de vitela… o sabor intenso do alho, trabalhando-o em diversas texturas!

 

IV – Sobremesa & Quinta das Bágeiras Grande Reserva Bruto Natural Branco 2011

Abóbora & Sésamo

Abóbora & Sésamo

Espumante Quinta das Bágeiras Grande Reserva Bruto Natural Branco 2011

Espumante Quinta das Bágeiras Grande Reserva Bruto Natural Branco 2011

Espumante Quinta das Bágeiras Grande Reserva Bruto Natural Branco 2011

Para sobremesa, Manel Lino apresentou uma experiência!

É um prato que ainda está em construção!

E que resultou muito bem – só assim, sem mais, já está excelente!

Mais uma vez num exercício de grande elegância e contenção, com apenas três elementos no prato, temos um encantador cremoso de abóbora, ao lado do qual Manel Lino serve um gelado de nata e especiarias (nomeadamente, pimenta longa e cravinho) sobre um crumble de sésamo negro.

Com a vantagem adicional de ser uma sobremesa pouco doce.

Ora, para acompanhar o aveludado do cremoso, Luís Gradíssimo tinha que escolher um espumante com muita cremosidade, ou seja, um Grande Reserva (o mesmo é dizer um espumante cujo estágio sobre borras se prolonga por mais de 36 meses).

Tendo escolhido, curiosamente, outro da espumante da Quinta das Bágeiras.

Sendo essa também, precisamente, a grande vantagem e a grande utilidade pedagógica destas provas – dar termos de comparação, permitir a comparabilidade.

Com efeito, foi possível apreciar a enorme diferença entre os dois espumantes do mesmo produtor, o que acompanhou a carne e agora este Grande Reserva para a sobremesa, que é magnífico!

Feito a partir de uvas das castas Maria Gomes e Bical da colheita de 2011, tem uma mousse extraordinária – que efetivamente liga muito bem com o cremoso de abóbora de Manel Lino – sendo bastante amplo e persistente, com um traço mineral.

Uma sobremesa extraordinária, um espumante excelente… e uma ligação perfeita!

 

V – Espumante Tinto

Espumante Quinta do Ferro Tinto Bruto

Espumante Quinta do Ferro Tinto Bruto

Finalmente, já sem comida e apenas para encerrar o workshop de forma original, Luís Gradíssimo deu ainda a provar, aos mais curiosos... um espumante tinto!

 

VI – Café & Pastel de Nata

Café & Pastel de Nata

Café & Pastel de Nata

Tendo tudo terminado com o café, acompanhado por um pastel de nata do TRIO.

 

VII – Epílogo

Obrigado ao Ricardo Cordeiro, sempre atento na sala.

E muitos parabéns ao Luís Gradíssimo e ao Manel Lino pelo sucesso do workshop de espumantes no TRIO, em especial pelo desafiante e bem-sucedido jantar harmonizado exclusivamente com espumantes.

De facto, os espumantes valorizaram a comida... e a comida valorizou os espumantes!

 

Ver também:

 

Wine Club Portugal

 

TRIO

Rua Dom Francisco Manuel de Melo, 36-A, Lisboa, Portugal

Chef Manel Lino

 

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publicado às 18:39

Workshop de espumantes no restaurante TRIO, parte I: Prova cega

por Raul Lufinha, em 03.11.16

Luís Gradíssimo no restaurante TRIO

Luís Gradíssimo no restaurante TRIO

O TRIO, restaurante do chefe Manel Lino, em Lisboa, foi o palco escolhido para um pedagógico e proveitoso workshop do Wine Club Portugal dedicado aos espumantes.

Orientado por Luís Gradíssimo, começou com uma breve introdução ao universo dos espumantes, em que, para além do enquadramento histórico, foi explicado o que é e como é feito o espumante, incluindo os diversos tipos e estilos desta apaixonante bebida.

Tendo depois a apresentação terminado com a explicação da componente prática do espumante à mesa – como abrir corretamente a garrafa, temperaturas de serviço, copos e acessórios.

Workshop de espumantes… à mesa do TRIO

Workshop de espumantes… à mesa do TRIO

A seguir, focando-se essencialmente na apreciação comparativa da bolha, acidez e cremosidade, Luís Gradíssimo conduziu uma estimulante prova cega de espumantes brutos portugueses ordenados primordialmente pelo seu grau crescente de complexidade, que permitiu testar e exemplificar os conceitos teóricos apresentados no início da sessão.

Luís Gradíssimo

Luís Gradíssimo

VDG Espumante Bruto

VDG Espumante Bruto – espumante de região quente, da Adega Cooperativa da Vidigueira, feito principalmente com Antão Vaz; jovem e com pouco estágio em borras; acidez reduzida; bolhas muito presentes

Luís Gradíssimo

Quinta do Ferro Espumante Bruto

Quinta do Ferro Espumante Bruto – bolha mais grossa e com mais acidez; jovem; cítrico; feito a partir da casta Avesso

Luís Gradíssimo

São Domingos Cuvée Espumante Bruto 2012

São Domingos Cuvée Espumante Bruto 2012 – mais macio e com bolhas menos agressivas; mais corpo; e mais aroma, nomeadamente vegetal, dado ser um lote de Baga e (lá está o lado vegetal) Sauvignon Blanc

Luís Gradíssimo

Marquês de Marialva Espumante Baga Bairrada Blanc de Noir Bruto 2014

Marquês de Marialva Espumante Baga Bairrada Blanc de Noir Bruto 2014 – mais encorpado; muitas bolhas mas bem integradas

Luís Gradíssimo

Luís Gradíssimo

Luís Gradíssimo

Luís Gradíssimo

Vinha da Malhada Espumante Bruto Grande Reserva 2013

Vinha da Malhada Espumante Bruto Grande Reserva 2013

Vinha da Malhada Espumante Bruto Grande Reserva 2013 – aroma a resina e a frutos secos; não sendo persistente, é muito amplo; bolha fina; espumante biológico da Quinta do Montalto

Luís Gradíssimo

Monte Cascas Espumante Reserva Bruto 2011

Monte Cascas Espumante Reserva Bruto 2011 – Malvasia Fina & Touriga Nacional; muito interessante pois, apesar de ser apenas um reserva e não ter notas aromáticas de estágio prolongado, apresenta uma cremosidade de nível superior, devido à elevada qualidade do vinho base

Luís Gradíssimo

Almeida Garrett Espumante Super Reserva Bruto Natural 2010

Almeida Garrett Espumante Super Reserva Bruto Natural 2010 – notas de brioche; amanteigado; com uma frescura que não fere; DOC Beira Interior e 100% Chardonnay

Luís Gradíssimo

Luís Gradíssimo

Luís Gradíssimo

Lopo de Freitas Espumante Bruto 2011

Lopo de Freitas Espumante Bruto 2011 – aromaticamente delicado; brioche; muita bolha mas macia; bastante seco

Luís Gradíssimo

Quinta de S. Lourenço Espumante Bruto 2007

Quinta de S. Lourenço Espumante Bruto 2007 – estágio prolongado e envelhecimento em garrafa; elegante; não precisa de comida

Terminada a prova cega, seguiu-se a última fase do workshop de espumantes no TRIO – e seguramente a mais interessante!

Um menu de degustação preparado por Manel Lino, harmonizado com espumantes escolhidos e comentados por Luís Gradíssimo, de que aqui ainda iremos falar.

Luís Gradíssimo preparando os espumantes que iriam acompanhar o jantar

Luís Gradíssimo preparando os espumantes que iriam acompanhar o jantar

 

(continua

Wine Club Portugal

 

TRIO

Rua Dom Francisco Manuel de Melo, 36-A, Lisboa, Portugal

Chef Manel Lino

 

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publicado às 02:18

TRIO, o verdadeiro estilo Manel Lino

por Raul Lufinha, em 26.07.16

Manel Lino

Manel Lino

Finalmente Manel Lino concretizou o sonho de ter o seu próprio espaço permanente – chama-se TRIO, é um projeto pensado em conjunto com a sua mulher Joana Borié e abriu este mês em Lisboa.

Claro que Manel Lino vai manter – e até aumentar – as suas colaborações e consultorias, incluindo a do TABIK.

Mas a verdadeira cozinha de Manel Lino – mais criativa e arrojada – essa só a vamos ter aqui no TRIO.

Atualmente podemos jantar à carta, existindo igualmente dois menus de degustação – o “Clássico” de 3 pratos e o “Trio” de 5, os quais incluem ainda snacks e couvert.

Este foi o nosso Menu Trio.

Para começar, brioche de alheira... vaporizado com maçã verde!

Brioche de alheira

Primeiro snack

 

Depois, massa rendilhada a desfazer-se na boca... e o sabor intenso do alho assado!

Alho assado

Segundo snack

 

Com o pão, azeite e… uma ótima manteiga fumada no TRIO com ervas!

Manteiga fumada

Couvert

 

Para além da gema de ovo curada e ralada... um brilhante diálogo de texturas entre o crocante da tempura togarashi (tempero japonês levemente picante que inclui piripíri) e a delicadamente fibrosa beringela que se desfazia na boca!

Beringela

'Beringela assada, gema curada e salada de ervas'

 

A seguir, o prato mais emblemático deste jantar no TRIO: iscas sem elas!

Só batata, cebola em pickle, puré de alho…

E depois, com um ligeiro toque de citronela, apenas o molho das iscas de vitela!

Fabuloso!

Iscas sem elas

'Batata salteada, essência de iscas e pickle de cebola'

 

Corvina.

Duas qualidades de couve – lombarda, a embrulhar o peixe; e galega, crocante.

E, por fim, plena de sabor, uma maravilhosa mousse de sardinha!

Excelente!

Corvina & Sardinha

'Corvina com couve e mousse de sardinha'

 

Para prato de carne, um saboroso raviolo de pintada!

Acompanhado de imenso aipo!

E com funcho no topo.

Muito bom!

Aipo

'Raviolo de pintada, creme aveludado de aipo e funcho'

 

A sobremesa é feita com da fruta da época: um saboroso pêssego, assado em mel!

E ainda crumble de amêndoa, merengue italiano e a frescura das folhas de hortelã!

Pêssego assado

'Pêssego assado, merengue de flor de laranjeira e crumble de amêndoa'

 

Extra Menu Trio e para fechar o jantar com chocolate, a sobremesa do Menu Clássico!

Toffee, croûtons de cacau, bolo de azeite, ganache de chocolate branco e trufa de chocolate! 

Chocolate

'Chocolate, toffee e bolo de azeite'

 

Finalmente, com o Pastel de Nata bite size… uma forma original de servir o açúcar e canela!

Pastel de Nata

Petits fours

 

Tendo havido ainda tempo para tirar uma fotografia ao verdadeiro TRIO: o Manel, a Joana… e a Caetana, que chega lá mais para o fim do ano!

O trio

O verdadeiro TRIO

 

Foi o fim da primeira visita ao prometedor TRIO, restaurante com o qual Manel Lino arriscou criar um novo espaço de cozinha de autor em Lisboa!

TRIO

Restaurante TRIO

 

Obrigado ao Ricardo Cordeiro, sempre bem na sala.

E muitos parabéns ao Manel e à Joana!

É o arrancar de um projeto de grande qualidade, que merece ser conhecido e visitado!

 

Fotografias: Raul Lufinha e Marta Felino

TRIO | Rua Dom Francisco Manuel de Melo, 36-A, Lisboa, Portugal | Chef Manel Lino

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publicado às 02:41

No TABIK de Manel Lino

por Raul Lufinha, em 26.10.15

Manel Lino

Manel Lino

No espaço relaxado e sofisticado do TABIK…

… Manel Lino pratica uma cozinha criativa e descomplicada.

 

Puré de Beringela assada com gema de ovo

Para entrada, a acidez e a cremosidade de um puré de Beringela assada; a untuosidade da gema de ovo levemente braseada; a frescura das ervas, nomeadamente hortelã, coentros, manjericão, salsa, funcho; uns pequenos crocantes; e, no fim, um fio de azeite com manjericão!

 

Bacalhau lascado com caldo de cogumelos e batata assada

A seguir, o sabor salgado do bacalhau de cura tradicional, servido às lascas… e os sabores a terra do caldo de cogumelos, da batata assada e da ligeiramente adocicada cebola pérola, braseada!

 

Rabo de Boi com puré de cherovia e chalotas

Depois, um clássico de Manel Lino, o rabo de boi cozinhado lentamente em vinho tinto e a baixa temperatura, durante 36 horas… desta vez, com gengibre, puré de cherovia e chalotas!

 

Francisco Guilherme e o Sidónio de Sousa Reserva Tinto 2009

A acompanhar a refeição, por sugestão do chefe de sala e escanção Francisco Guilherme, a Baga aveludada do recém-lançado Sidónio de Sousa Reserva da colheita de 2009 – aliás, a Baga está tão dócil que Francisco Guilherme coloca o vinho na secção dos “Jovens e Aromáticos”!

 

Texturas de chocolate com gelado de leitelho e poejo

Para sobremesa, várias texturas de chocolate… cortadas pela delicada acidez do gelado de leitelho, pelo crocante das macadâmias e pela frescura do poejo!

 

Francisco Guilherme e o Cossart Gordon Malmsey 10 Years Old

Tendo Francisco Guilherme sugerido que fosse acompanhada por um Madeira, o Malvasia 10 anos da Cossart Gordon, muito mais untuoso do que doce e com um final bastante longo!

 

Sidónio de Sousa Reserva Tinto 2009 e Cossart Gordon Malmsey 10 Years Old

Os vinhos da noite, Bairrada e Madeira: Sidónio de Sousa Reserva Tinto 2009 e Cossart Gordon Malmsey 10 Years Old.

 

TABIK

Um ótimo jantar, a abrir o apetite para a próxima carta do TABIK... que chegará em Novembro!

 

Fotografias: Marta Felino

TABIK | Av. da Liberdade, 41, Lisboa, Portugal | Chef Manel Lino

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publicado às 01:01

Favas Contadas: Daniel Estriga, Manel Lino, Gonçalo Morgado & Nelson Guerreiro

por Raul Lufinha, em 01.12.14

Morgado, Guerreiro, Estriga, Lino

Gonçalo Morgado, Nelson Guerreiro, Daniel Estriga, Manel Lino

Foi mais uma edição do projecto Favas Contadas.

Desta vez, Daniel Estriga convidou para uma experiência irreptível no seu restaurante CONCEITO Food Store:

– Manel Lino, chef do TABIK, restaurante a abrir proximamente na Avenida da Liberdade, em Lisboa, que trouxe a sua equipa, incluindo Carlos Afonso;

– Gonçalo Morgado, pasteleiro no The Oitavos Hotel, na Quinta da Marinha, em Cascais, que preparou as sobremesas; e

– Nelson Guerreiro, escanção da ENOTECA DE BELÉM, em Lisboa, que foi o responsável pela escolha dos vinhos.

cooking synergy .JPG

Favas Contadas: cooking synergy no restaurante CONCEITO Food Store

Na contagem decrescente para a inauguração do TABIK, Manel Lino abriu o Favas Contadas…

… com uma colher de tártaro de lingueirão…

… e espuma de coco.

Conjugada com o espumante Monte Cascas, um blanc de noirs (75% Touriga Nacional, 25% Malvasia Fina).

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'Tártaro de lingueirão com cenas'

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Monte Cascas Reserva DOC Távora-Varosa Espumante Bruto Branco 2010

Depois, a meias entre Daniel Estriga e Manel Lino, um ceviche de sargo e bica à moda do Favas.

A que se seguiu um futuro amuse-bouche do TABIK: sobre um brioche adocicado, o salgado da entremeada crocante e do molho teriyaki.

Ambos harmonizados com um Encruzado do Dão produzido pela Quinta Mendes Pereira.

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'Ceviche à moda do Favas'

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'Ventresca de porco crocante'

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Travessa da Ermida Reserva branco 2011

Depois, com o branco de 2012 da Herdade do Cebolal, dois pratos.

Primeiro, um ovo cozinhado a baixa temperatura, com puré de escabeche e broa.

E a seguir cavala – curada em sal e braseada, acompanhada de uma saborosa emulsão de alho torrado e ainda, para dar frescura ao prato, de cebolo tostado na chapa.

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'Ovo de escabeche'

Cavala .JPG

'Fixe braseado, cebolo e alho tostado'

Herdade do Cebolal branco .JPG

Herdade do Cebolal branco 2012

Finalmente, chega o último prato de Manel Lino, que já o acompanha há vários anos.

Um excelente rabo de boi, estufado e desfiado...

… desta vez, servido com abóbora – nada doce, estava pouco cozida e a desfazer-se na boca, mas sendo possível sentir a sua textura fibrosa. Muito boa!

Tendo ligado na perfeição com o tinto alentejano escolhido por Nelson Guerreiro: o Monte Cascas Reserva de 2010, feito a partir de Alicante Bouschet (60%), Aragonês (30%) e Trincadeira (10%). E que Nelson Guerreiro serviu a uma temperatura espectacular – facto reconhecido até por Hélder Cunha, enólogo do projecto Monte Cascas, que jantou na nossa mesa. O segredo? Esteve a refrigerar a 13ºC…

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'Rabo de boi e abóbora'

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Monte Cascas Reserva Regional Alentejano tinto 2010

Passando para as sobremesas, brilhou a arte de Gonçalo Morgado, em três registos diferentes.

Primeiro, uma composição de merengue e dióspiro (em chutney e em gelado), com creme de baunilha e biscuit de amêndoa…

… acompanhada pelo Abafado 5 Years da Quinta da Alorna, feito com Fernão Pires.

Merengue e dióspiro .JPG

'Merengue e dióspiro'

Abafado Quinta da Alorna  .JPG

Abafado Quinta da Alorna 5 Anos

Depois, uma mousse de castanha com gelatina de jeropiga…

… servida com um Porto branco envelhecido.

Castanha e jeropiga .JPG

'Castanha, jeropiga e erva doce'

Messias Dry Old Port .JPG

Messias Dry Old Port branco Seco

E finalmente, juntando chocolate, tangerina e ginja…

… uma sobremesa que Nelson Guerreiro teve a irreverência de acompanhar com… rosé!

O rosé escolhido – muito bom – foi o da Herdade do Cebolal. Claro que, dada a elevada complexidade de sabores da sobremesa, o resultado da harmonização foi desigual… Mas ficou na memória a estimulante ligação rosé/chocolate! Uma experiência a repetir!

Chocolate e tangerina .JPG

'Chocolate e tangerina Inedit'

Herdade do Cebolal rosé .JPG

Herdade do Cebolal rosé 2013

Um óptimo jantar…

… que mereceu um brinde especial dos quatro protagonistas da noite!

Guerreiro, Morgado, Estriga, Lino

Um brinde: Nelson Guerreiro, Gonçalo Morgado, Daniel Estriga e Manel Lino

 

Ver também sobre:

– Daniel Estriga

3 anos do CONCEITO de Daniel Estriga

– Manel Lino

Manel Lino e o COM.HORTA, projecto pop-up de Verão na Comporta

 

CONCEITO Food Store | Rua Pequena, Lote 1, Bicesse, Cascais, Portugal | Chef Daniel Estriga

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publicado às 02:02

Manel Lino e o COM.HORTA, projecto pop-up de Verão na Comporta

por Raul Lufinha, em 31.07.14

Manel Lino

Na edição de 2014 do Congresso dos Cozinheiros, Manel Lino veio a Lisboa cozinhar ao vivo o menu de degustação do seu COM.HORTA, projecto pop-up de Verão na Comporta…

Carlos Afonso, Manel Lino, Telmo Moutinho

… numa apresentação moderada pelo chef pasteleiro Telmo Moutinho e em que Manel Lino contou com o apoio de Carlos Afonso.

No total, foram seis pratos:

1) Pele de robalo crocante com emulsão de manteiga noisette

2) Ostra fumada com pinheiro, espuma de coco e lima ralada

3) Tutano, nabo com cebola caramelizada e espinafres

4) Barriga de robalo com folha de pimenteiro

5) Coração de porco na brasa e cenouras da horta

6) Batata-doce assada e chantilly com citronela

Menu completo

Carlos Afonso e Manel Lino

 

P.S.: Projecto temporário na Comporta, o pop-up COM.HORTA acabou em Julho e já não aceita mais reservas. Mas Manel Lino promete novidades para Setembro... em Lisboa!

 

Ver também:

Congresso dos Cozinheiros... pela primeira vez aberto ao grande público

 

Congresso dos Cozinheiros | Espaço L da LX Factory, Lisboa, Portugal | 4 a 7 Julho 2014

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publicado às 03:40

Congresso dos Cozinheiros... pela primeira vez aberto ao grande público

por Raul Lufinha, em 03.07.14

Uma das marcas das sociedades actuais um pouco por todo o mundo é o reconhecimento da importância do papel dos cozinheiros.

Reconhecimento esse que tem como consequência directa o crescente protagonismo e exposição mediática dos chefs de cozinha…

… mas que também é detectável noutros pequenos sinais.

Como o facto de pela primeira vez o Congresso dos Cozinheiros... ser aberto ao grande público!

Iniciativa de partilha e encontro dedicada aos profissionais de cozinha...

... à 10.ª edição, o Congresso abre as portas aos cozinheiros amadores e aos entusiastas destes temas da comida e do comer – os quais, para além de poderem acompanhar todas as actividades ao lado dos profissionais, têm ainda um programa específico em que se destacam as aulas de cozinha.

Imperdível.

 

Ver também:

As vantagens da cozinha a vapor

José Júlio Vintém e os peixes do rio

João Sá: para produtos portugueses, loiça portuguesa

Nuno Diniz... disfarçado de cozinheiro

Rui Martins... e o Cozido à Portuguesa recriado numa entrada fria

Cozido de butelo com casulas... reinterpretado por Óscar Gonçalves

Diogo Rocha... e o Cozido de Miudezas em vinho da Quinta de Lemos

Kiko Martins... e dois dos pratos mais originais d'O TALHO

Os homenageados do Congresso

Pastel de Nata & Café: Porquê?

Os conselhos de Vítor Matos aos jovens cozinheiros

António Nobre e o chouriço de carne... que no Baixo Alentejo se chama linguiça

Frederico Ribeiro... e a Mãe!

Henrique Sá Pessoa... juntando água ao óleo

Carlos Fernandes & Tamara... Fine Dining Pastry meets Street Art

Manel Lino e o COM.HORTA, projecto pop-up de Verão na Comporta

O Japão de Ricardo Komori

Francisco Gomes & Eduardo Santini

Renato & Dalila: as muitas cores do FERRUGEM

O ensaio do FERRUGEM sobre a cor... virou prato da carta de Outono

João Rodrigues: descomplicar para quem come

Com Miguel Vieira, as noites de Budapeste... são noites de fine dining

Leonel Pereira épico

 

Congresso dos Cozinheiros | Espaço L da LX Factory, Lisboa, Portugal | 4 a 7 Julho 2014

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publicado às 04:04


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