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Em pleno Douro Superior, a Quinta da Sequeira produz “vinho de quinta” de excelência.
Ou seja, vinho que, para além de ser produzido e engarrafado na própria quinta, reflecte também a personalidade do proprietário que cuidadosamente o produz.
E que neste caso atinge elevados níveis de excelência.
Visita à Quinta da Sequeira, 2.º Festival do Vinho do Douro Superior, Maio 2013:
(fim)
Quinta da Sequeira | Horta do Douro, Vila Nova de Foz Côa, Portugal
Para o final, Mário Cardoso guardou uma autêntica relíquia: um vinho do Porto da Quinta da Sequeira absolutamente fabuloso… da colheita de 1900!
Com efeito, para além do simbolismo da data e de já terem passado mais de 100 anos, 1900 foi um ano de grande qualidade no Douro, tendo a maioria dos produtores declarado vintage clássico.
Conservando a actual geração com especial orgulho e emoção uma pipa desse ano de 1900… É que a Quinta da Sequeira, fundada ainda no século XIX e ao contrário do que sucede actualmente, durante muitos anos produziu exclusivamente vinho do Porto.
Contudo, conforme Mário Cardoso explicou com um sorriso nos lábios, a colheita de 1900 «não está à venda… nem vai estar!»
Opaco e com uma cor a lembrar tintura de iodo, apresentando reflexos âmbares e esverdeados, este inebriante vinho do Porto da Quinta da Sequeira de 1900 é profundamente concentrado, intenso e complexo, na boca e no nariz, sedoso e denso, extremamente viscoso e encorpado, de tal forma que quase parece não ser líquido e que pede para ser mastigado, tendo um fim de boca maravilhosamente interminável…
Uma experiência extraordinária!
Será para sempre uma referência na prova de um vinho do Porto!
Absolutamente sublime e inesquecível!
(continua)
Quinta da Sequeira | Horta do Douro, Vila Nova de Foz Côa, Portugal
Finalizados os tintos, Mário Cardoso apresentou o Quinta da Sequeira Colheita Tardia 2010.
Produzido exclusivamente numa vinha velha de 1 hectare de Malvasia Fina, a partir de uvas sobrematuradas que são deixadas a desidratar na vinha e colhidas mais tarde, muitas vezes só lá para Novembro – daí o nome “colheita tardia” – é um vinho licoroso untuoso e complexo, com aromas intensos a uvas passas e nozes.
(continua)
Quinta da Sequeira | Horta do Douro, Vila Nova de Foz Côa, Portugal
O produtor Mário Cardoso abriu a prova dos vinhos da Quinta da Sequeira com o Quinta da Sequeira branco 2012, a que se seguiu o Quinta da Sequeira Rabigato branco 2012.
Depois apresentou o excepcional Quinta da Sequeira Grande Reserva branco 2011, o vinho que acabou por vencer a categoria de brancos do 2.º concurso de vinhos da sub-região do Douro Superior.
A seguir, provou-se o guloso Quinta da Sequeira Rosé 2012.
Tendo depois Mário Cardoso dado a conhecer o novo entrada de gama dos tintos da Quinta da Sequeira, o Ecos da Sequeira tinto 2010.
(continua)
Quinta da Sequeira | Horta do Douro, Vila Nova de Foz Côa, Portugal
Integrada no roteiro para jornalistas e bloggers do 2.º Festival do Vinho do Douro Superior, a visita à Quinta da Sequeira começou pela adega.
Tendo sido conduzida pelo próprio produtor Mário Cardoso.
O qual explicou que, para garantir a excelência do produto final, os vinhos da Quinta da Sequeira são produzidos exclusivamente a partir das suas próprias vinhas.
Sendo todo o processo de vinificação, estágio e engarrafamento efectuado igualmente na própria Quinta.
(continua)
Quinta da Sequeira | Horta do Douro, Vila Nova de Foz Côa, Portugal
Fundada em 1899, a Quinta da Sequeira está localizada no concelho de Vila Nova de Foz Côa, em pleno Douro Superior.
Sendo uma quinta familiar actualmente propriedade de Mário Cardoso e de sua mulher Maria da Graça, tetraneta do fundador.
Nos 15 hectares de vinha da Quinta da Sequeira, a mais antiga já centenária, predominam as castas tradicionais do Douro: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Amarela e Tinta Barroca, nas variedades tintas; Malvasia Fina, Gouveio, Rabigato e Códega do Larinho, nas castas brancas.
(continua)
Quinta da Sequeira | Horta do Douro, Vila Nova de Foz Côa, Portugal
Qual das garrafas está aberta correctamente?
Para abrir uma garrafa de vinho temos que retirar a rolha.
Contudo, a rolha e o gargalo estão cobertos por uma cápsula.
Daí que surja a pergunta: qual é a forma correcta de retirar essa cápsula?
Há quem a remova na totalidade. Contudo, a cápsula faz parte da vestimenta da garrafa – e reforça a sua elegância. Além de que ajuda na sua identificação. Por exemplo, quando a garrafa está mergulhada num frappé.
Pelo que sobram duas hipóteses, tendo ambas por referência a marisa da garrafa, ou seja, o anel do gargalo.
Acima ou abaixo?
É esta a garrafa aberta correctamente
E a resposta certa é a de que a cápsula deve ser cortada e retirada abaixo da marisa da garrafa. A razão é a da protecção do líquido – que nunca deverá entrar em contacto com a cápsula. Com efeito, convém ter em conta que a cápsula não está esterilizada, podendo conter ou esconder pó, impurezas e até bolores – os quais, caso estivessem em contacto com o vinho, iriam alterá-lo.
A cápsula deve ser cortada abaixo da marisa da garrafa
PS: Dois agradecimentos especiais. Um, ao jornalista de vinhos e comida Fernando Melo, por mais esta lição. Outro, ao produtor dos vinhos da Quinta da Sequeira Mário Cardoso, por na visita à quinta no âmbito do Festival do Vinho do Douro Superior ter permitido que as suas garrafas fossem utilizadas para esta composição; e com a feliz coincidência de a garrafa aberta correctamente – Quinta da Sequeira Grande Reserva branco 2011 – ter sido depois a grande vencedora da categoria de brancos do 2.º concurso de vinhos da sub-região do Douro Superior.
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