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18 de outubro de 2021
«É na região vitivinícola da Bairrada que têm origem mais de 50% dos espumantes produzidos em Portugal e esta predominância não acontece ao acaso. Foi na Bairrada que, em 1890 e pelas mãos do Eng.º Tavares da Silva, se deram os primeiros passos na criação deste vinho efervescente em Portugal. Volvidos 101 anos de conhecimento, a 8 de fevereiro de 1991, foi criada a Denominação de Origem para os espumantes Bairrada, passando estes a ter que cumprir os requisitos definidos pela Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB) para poderem envergar o selo de certificação. Para celebrar 130 anos de espumante e 30 de Denominação de Origem, a CVB tem vindo a desenvolver um conjunto de ações, que se iniciou com um bar de espumantes e ostras na edição de Verão da Essência do Vinho Porto; segue com a presença na feira Vinhos & Sabores 2021, na FIL em Lisboa, onde vai ter lugar uma prova especial; e outras iniciativas a anunciar em breve.
De 16 a 18 de outubro, a CVB junta um grupo de produtores e vai até à capital para dar a conhecer os seus vinhos e espumantes, na feira Vinhos & Sabores 2021, promovida pela revista Grandes Escolhas e pelo jornal Público. O momento alto dessa jornada acontece na segunda-feira, dia 18 de outubro, às 11h30, com a realização de uma prova especial dedicada, em exclusivo, aos espumantes da região. Sob o mote ‘Bairrada: 130 Anos de Espumante, 30 Anos de Denominação de Origem’, vai ser orientada por Pedro Soares, presidente da CVB, e Luís Ramos Lopes, diretor da Grandes Escolhas. Num espaço a condizer, em forma de meia “bolha”, são catorze os espumantes que vão desfilar neste palco da FIL, onde, no final, haverá direito a brinde e a uma sandes de leitão à Bairrada. A prova tem um custo de 50,00 € e a inscrição é feita junto da CVB, através do contacto telefónico 937 790 005. No Instagram da Bairrada – @bairrada.oficial – vai decorrer um passatempo com oferta de 3 entradas, uma por cada década de festejo.
A lista dos 14 espumantes (consultar abaixo) está dividida em quatro categorias: Baga Bairrada, Brancos, Rosés e Referências Históricas. Tirando uma mão cheia de raridades, onde se inclui um espumante com precisamente 30 anos (de 1991, ano da DO Bairrada para espumantes), os outros primam por estar no mercado e pela maioria dos seus produtores estarem presentes com expositor nesta feira. A escolha dos espumantes para esta prova tem por base a diversidade de blends, que à exceção dos de Baga não se repetem e giram, na sua maioria, em torno de um reduzido leque de castas, consideradas as mais aptas a produzir espumantes de muita qualidade na Bairrada: Maria Gomes, Bical, Arinto, Cercial e Chardonnay, nas brancas, e Baga, Touriga Nacional e Pinot Noir, nas tintas.
Lista de Espumantes da Prova Especial “Bairrada: 130 Anos de Espumante, 30 Anos de Denominação de Origem”
Espumantes Baga Bairrada
1. Marquês de Marialva Baga Bairrada branco 2019
2. Regateiro Baga Bairrada branco 2017
3. Montanha Baga Bairrada Grande Cuvée branco 2015
Espumantes Brancos
4. Quinta do Poço do Lobo Arinto Chardonnay branco 2016
5. Ataíde Semedo Cuvée Reserva branco 2016
6. Casa de Saima Reserva branco 2015
7. Kompassus Blanc de Noirs branco 2015
Espumantes Rosés
8. Campolargo Pinot Noir rosé 2016 (em magnum)
9. Luís Pato Informal rosé 2015
10. Colinas Rosé de Pinots Cuvée Brut Reserve rosé 2012
Espumantes Históricos
11. Aliança Grande Reserva branco 2012
12. Elpídio 80 Anos branco (não datado, mas de 2011)
13. Messias Blanc de Blancs branco 2003
14. Quinta das Bágeiras branco 1991»
Ver também:
Jancis Robinson
Para celebrar os 10 anos de colaboração de Jancis Robinson com a Essência do Vinho, a “Revista de Vinhos” desafiou a mais influente jornalista e “Master of Wine” do mundo a vir a Portugal apresentar os 10 vinhos e produtores portugueses que mais a marcaram na última década.
Aqui ficando a lista que Jancis Robinson apresentou ao vivo, numa estimulante conferência que hoje decorreu em Lisboa:
Soalheiro Primeiras Vinhas Alvarinho 2016 – Branco, Vinhos Verdes
Quinta dos Roques Encruzado 2007 – Branco, Dão
Luís Pato Vinha Barrosa 2005 – Tinto, Bairrada
Barca-Velha 1999 – Casa Ferreirinha, Tinto, Douro
Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa 2005 – Tinto, Douro
Batuta 2007 – Niepoort, Tinto, Douro
Poeira 2011 – Jorge Moreira, Tinto, Douro
Bojador Vinho de Talha 2015 – Espaço Rural, Tinto, Alentejo
Barbeito Ribeiro Real Tinta Negra Lote 1 20 Years – Vinho Madeira
Graham’s Single Harvest Tawny Port 1972 – Vinho do Porto
Os 10 grandes vinhos portugueses... que mais marcaram Jancis Robinson
Sérgio Antunes, Ricardo Morais, Teresa Barbosa, Miguel Martins, Heinz Beck 3***, João Chambel, António Lopes, Nuno Jorge
Um dos méritos dos festivais gastronómicos do Conrad Algarve é – muito justamente – o destaque dado aos escanções.
Mas tal não sucede por acaso.
Na verdade, poucas pessoas sabem mas o próprio Heinz Beck, para além da enorme sensibilidade que tem para os vinhos, é efetivamente um sommelier certificado!
Heinz Beck também é escanção!
Com efeito, o chef alemão chegou ao LA PERGOLA do Rome Cavalieri Waldorf Astoria em 1994.
E no ano em que recebeu a primeira estrela Michelin – 1996 – iniciou em Roma um curso de escanção de dois anos na Associazione Italiana Sommelier, que concluiu com sucesso em 1998…!
Entretanto receberia pela primeira vez a segunda estrela Michelin em 2001 e a terceira em 2005 – continuando ainda hoje a ser o único três estrelas da capital italiana.
Mas manteve sempre, em paralelo, a paixão pelo vinho!
E o carinho pela nobre arte de ser escanção!
Antes do jantar e nos bastidores, os escanções fizeram a prova dos pratos e dos vinhos… e testaram as harmonizações
Pelo que, nos festivais gastronómicos que decorrem no Conrad Algarve, o GUSTO by Heinz Beck é sempre um palco privilegiado para os sommeliers mostrarem o seu saber e a grande mais-valia que acrescentam a uma refeição.
Aqui ficando uma recordação dos sete escanções que participaram no jantar ‘Beck, Bosi & Casagrande’ de encerramento do Gourmet Culinary Extravaganza de 2016, pela ordem de entrada em cena.
António Lopes | Champagne Janisson Baradon Brut, para as boas-vindas e também para acompanhar o tártaro de lírio com gaspacho verde que Heinz Beck serviu como amuse-bouche
António Lopes | Villa Oeiras Carcavelos, vinho generoso de uma região histórica, para acompanhar o foie gras de Heinz Beck
Nuno Jorge | Quinta de Santiago Reserva Alvarinho branco 2014, com o atum de Heinz Beck
Miguel Martins | Royal Palmeira Loureiro branco 2012, com o lagostim de Paolo Casagrande
Teresa Barbosa | Pato Rebel branco 2011, com o risotto de beterraba de Paolo Casagrande
Ricardo Morais | Manz Rosé 2015, com a lagosta de Claude Bosi
João Chambel | Duvalley Grande Reserva Tinto 2011, com o veado, os cogumelos, as castanhas e as trufas de Heinz Beck
Sérgio Antunes | Vieira de Sousa 10 Years Tawny Port, com a tarte de cogumelos que Claude Bosi apresentou como sobremesa
Ver também:
Heinz Beck extravagante no Conrad Algarve
GUSTO by Heinz Beck
Hotel Conrad Algarve, Estrada da Quinta do Lago, Portugal
Chef Heinz Beck, Chef Residente Daniele Pirillo
Ana Moura
A criativa cozinha de Ana Moura, escondida numa discreta cave do Torel Palace, continua a ser um dos segredos mais bem guardados da cidade de Lisboa.
Mas certamente por pouco tempo!
Com a forte personalidade de Ana Moura, que não tem medo de arriscar soluções e conjugações altamente improváveis e inusitadas mas que depois resultam maravilhosamente, o CAVE 23 tem tudo para se tornar uma referência... da cozinha de autor da capital!
CAVE 23… na cave do Torel Palace
Para começar, Ana Moura faz chegar à mesa um aperitivo que é uma síntese perfeita da sua cozinha.
O ponto de partida são sempre os produtos e os sabores portugueses – neste caso, o Cozido à Portuguesa – mas depois trabalhados por Ana Moura de forma criativa e não-convencional, a fim de apresentar criações verdadeiramente originais!
Como sucedeu com esta maravilhosa ‘Sopa do Cozido’, um saboroso e apurado caldo que Ana Moura faz como se fosse dashi, realçando o seu intenso sabor umami!
E em que se sente também o sabor da hortelã!
Tendo ainda o pormenor de, sobre uma estaladiça tempura de cebola roxa que atravessa o prato, a chef apresentar três purés cujos sabores estão bem presentes no nosso Cozido à Portuguesa – cebola, cenoura e couve!
A sopa do cozido
A seguir, uma ótima seleção de pães: um de caril e nozes, outro de chouriço e ainda uma gulosa e untuosa focaccia com alecrim, tudo feito no CAVE 23; e ainda um pão rústico de trigo.
Bem como uma seleção de manteigas de grande qualidade: uma clássica, com sal marinho negro; outra de coentros; outra ainda de chouriço; e por fim a surpresa de uma excelente brandade de bacalhau!
Pães…
… e manteigas
Muito bem também o modo como Ana Moura dá a volta ao sabor forte e agressivo da sardinha.
Junta-lhe a textura aveludada do foie gras!
Bem como uma refrescante água de tomate!
Com rebentos de agrião!
E, ainda, com toque ácido e floral da espuma de flor de sabugueiro!
Tendo também Ana Moura a coragem de acrescentar ao conjunto… a cabeça da sardinha!
Completamente limpa, a estaladiça cabeça vem frita em óleo… sendo para comer inteira e de uma só vez!
'SARDINHA, tomate, foie gras, sabugueiro, agrião'
A seguir, em versão de degustação, um saboroso conjunto que, na verdade, é… carne de porco à alentejana!
Sobre um ‘carpaccio de porco’... pó de coentros, redução de limão, azeite de paprica, amêijoas por cima de molho beurre blanc… e papel de batata vitelotte!
Muito bom!
'AMÊIJOA, porco, batata vitelotte, vinho branco, limão, coentros, pimenta'
Outro grande momento foi o carabineiro, ao qual Ana Moura arriscou juntar… tutano!
Com efeito, no prato o marisco vinha servido num saboroso caldo de cerveja preta fumada, com gotas de queijo, arroz crocante e rúcula.
Tendo ainda a frescura do manjericão, que estava igualmente presente no generoso osso fazendo a ponte entre os dois elementos do conjunto e cortando a gordura do sabor intenso do tutano!
Excelente!
'CARABINEIRO, tutano, manjericão, queijo da ilha, arroz vietnamita, levedura de cerveja, rúcula'
Tutano
Carabineiro
Depois, bacalhau… e chocolate picante!
O bacalhau, confitado em azeite, vem escondido sob uma capa de gelatina de milho, polvilhada com pó de pipoca e pó de folha de abacate!
De lado, o crumble de broa... que traz um toque crocante!
E também o fabuloso ‘mole’ (molho) mexicano picante, que Ana Moura faz com chipotle, ancho e guajillo… e ao qual depois junta chocolate!
Extraordinário!
'BACALHAU, chipotle, ancho, guajillo, chocolate, amendoim, milho, pipoca, broa'
A seguir, o prato de pombo que é uma homenagem de Ana Moura... ao multiculturalismo do bairro de Arroios!
Conforme já contámos aqui.
Ana Moura e o Pombo de Arroios
'POMBO, bulgur, zumat, espinafres, sancho, beterraba, nabo, cenoura, fígado, lúcia-lima'
Na transição dos sabores, Ana Moura faz chegar à mesa… fruta!
Melão, com Gimlet – o clássico cocktail de gin e sumo de lima!
E melancia, com o cocktail Tequila Sunrise e maracujá!
É para comer à mão!
E é extremamente refrescante!
Pré-sobremesa
Para sobremesa, um regresso à infância!
Com Ana Moura a revisitar... os sabores do gelado Perna de Pau!
Tal como já falámos aqui.
Ana Moura e o ‘Perna de Pau’
'MORANGO, baunilha de bourbon, chocolate, sésamo, gema, pimenta preta'
Por fim, umas guloseimas.
Com Ana Moura a servir financiers, bolachas de chá, sonhos de anis e... trufas de chocolate!
Mignardises
Ao longo do jantar, bebeu-se primeiro o espumante Blanc de Blancs de Luís Pato, feito com Maria Gomes – casta conhecida fora da Bairrada por Fernão Pires.
E depois o tinto h’OUR de 2011, lote de Vinhas Velhas com Sousão e Touriga Nacional, que João Nápoles e Joana Pratas produzem no Douro, com um estágio de 12 meses em madeira.
Os vinhos do jantar
Foi um grande jantar!
Esperemos que Ana Moura continue sempre com esta garra... e com esta ousadia!
O restaurante de Ana Moura
Fotografias: Raul Lufinha e Marta Felino
CAVE 23 | Torel Palace, Rua Câmara Pestana, 23, Lisboa, Portugal | Chef Ana Moura
Barca-Velha tinto 1966
Organizado pela Cofina, com o apoio do BPI…
… o Wine & Food é um evento de celebração dos vinhos e da gastronomia de Portugal…
… que decorre desde o dia de hoje, 29 de abril, até 1 de maio, no Pátio da Galé, em Lisboa.
No Salão Nobre da Pousada de Lisboa, Fernando Melo conduzindo uma prova comentada de grandes vinhos portugueses
Cujo jantar de lançamento, na Pousada de Lisboa...
... com uma prova conduzida e comentada por Fernando Melo, crítico de vinhos e comida...
... foi um momento de celebração...
... dos grandes vinhos portugueses!
Dona Paterna branco 1998, um vinho evoluído já provado no Alvarinho Wine Fest
Frei João branco 1974 (€65), já provado nas Caves São João, continua vibrante e com uma acidez muito viva
Quinta do Mouro tinto 1995 (€45)
Quinta das Bágeiras Garrafeira tinto 1995, a Baga elegante de Mário Sérgio
Quinta do Ribeirinho Pé Franco tinto 1996, um Baga feito por Luís Pato ao modo pré-filoxera e com aromas a folha de eucalipto, dado a vinha estar dentro de um eucaliptal e ser muito batida pelo vento
Barca-Velha tinto 1966 1,5L (€995), um vinho único e arrebatador, não apenas multi-castas mas também multi-vinhas e multi-terroirs, feito na Quinta da Leda e que, 50 anos depois, continua com uma frescura incrivelmente vibrante
Mouchão tinto 1963 (€195), um ícone do Alentejo e de Portugal
Fonseca Porto Vintage 1994 (€208), distinguido com 100 pontos (!) na Wine Spectator
D’Oliveira Boal 1908 (€495), um Madeira ainda do tempo da monarquia
BPI Wine & Food | Pátio da Galé, Terreiro do Paço, Lisboa, Portugal | 29 abril – 1 maio 2016
João Paulo Martins e o Vinhas Velhas branco de Luís Pato de 2004
Continuando na Bairrada…
… seguiu-se o Vinhas Velhas de Luís Pato do ano de 2004.
Feito a partir maioritariamente de Bical, com estágio em madeira...
... era não apenas mais jovem do que o anterior...
... mas também mais gordo!
E com fruta mais doce!
Ver também:
As tertúlias de João Paulo Martins... no CHAFARIZ DO VINHO
Enoteca CHAFARIZ DO VINHO | Rua da Mãe d'Água à Praça da Alegria, Lisboa, Portugal
Pato Rebelde
Inconformista e pioneiro, Luís Pato revolucionou a Bairrada.
Sendo um dos responsáveis pela modernização vitivinícola da região, contrariando práticas ancestrais da Bairrada.
Um defensor da causa da Baga
Contudo – e de certa forma paradoxalmente – resistiu sempre à utilização das castas internacionais.
Gosta aliás de dizer em tom de brincadeira que as únicas variedades “estrangeiras” que cultiva são a Touriga Nacional (do Dão) e a Tinto Cão (do Douro)…!
Mr. Baga
Ora, foi precisamente essa fidelidade às castas tradicionais da região – e em especial à Baga – que o ajudou a transformar-se na figura mais emblemática da Bairrada…
… tendo Luís Pato um enorme orgulho em ser conhecido em Portugal e no estrangeiro como o “Mr. Baga”.
A ligação da família Pato ao mundo do vinho é muito antiga – pelo menos desde o século XVIII que os Pato produzem vinho na Quinta do Ribeirinho.
Tendo o Eng. Químico Luís Pato criado o seu primeiro vinho em 1980 – não por acaso, um monocasta de Baga…!
Luís Pato
E depois... assumido a liderança do projecto familiar em 1984.
Actualmente Luís Pato possui mais de 60 hectares de vinha, distribuídos por várias quintas.
Nas quais faz questão de plantar somente castas portuguesas: Baga, Touriga Nacional e Tinto Cão nas variedades tintas; e Maria Gomes, Bical, Cercial da Bairrada e Sercialinho nas variedades brancas.
Amoreira da Gândara, no concelho da Anadia, é onde se localiza a adega da empresa, bem como a sua garrafeira pessoal e a cave.
E é também onde Luís Pato recebe os seus convidados.
Como sucedeu com o grupo de jornalistas e bloggers que acompanhou o “Encontro com o Vinho e Sabores – Bairrada 2013”.
Adega Luís Pato | Rua da Quinta Nova, Amoreira da Gândara, Anadia, Portugal
Nuno Oliveira Garcia
No terceiro dia do “Encontro com o Vinho e Sabores – Bairrada 2013” decorreu a última prova comentada do evento.
Dedicada aos vinhos tintos de excelência da Bairrada, foi conduzida por Nuno Oliveira Garcia, redactor e membro do painel de provas da Revista de Vinhos, bem como autor do blog Saca a Rolha.
Os dez tintos da Bairrada provados e comentados – vinhos muito gastronómicos
Relativamente aos vinhos provados, sejam 100% Baga ou incorporando castas de fora da região (nacionais, como a Touriga Nacional, e internacionais) e apesar dos mais diversos estilos, todos estes grandes tintos da Bairrada, para além de necessitarem de tempo – há que esperar por eles, não sendo por acaso que a maioria é da colheita de 2009 –, têm igualmente em comum serem vinhos com uma personalidade bem vincada, possuindo uma forte estrutura e elevada frescura.
De tal forma que a principal sensação que ficou desta excepcional prova de tintos da Bairrada é a de que são vinhos muito gastronómicos – pedem comida!
Prova-se um vinho destes… e o que dá vontade é de comer!
Sendo, também por isso, vinhos cuja acidez merece que, à mesa, sejam servidos à temperatura correcta – regra geral, abaixo da temperatura ambiente.
Foram então estes os dez vinhos apresentados:
Regateiro 2011
Quinta da Dôna 2009
Caves São João 92 Anos de História 2009
Nelson Neves Reserva Merlot 2009
Calda Bordaleza 2009
Principal Grande Reserva 2009
Aequinoctium Autumnus Grande Reserva 2009
Kompassus Private Collection 2009
Quinta das Bágeiras Garrafeira 2008
Luís Pato Vinha Barrosa 2009
Luís Antunes
No segundo dia do “Encontro com o Vinho e Sabores – Bairrada 2013” decorreu a prova comentada dos brancos de excelência da Bairrada, dirigida por Luís Antunes, redactor e membro do painel de provas da Revista de Vinhos.
Os dez vinhos brancos da Bairrada provados e comentados
Numa sessão muito interactiva, Luís Antunes promoveu a intervenção da assistência para votar comparativamente os vinhos e para os comentar – num deles, o escanção Manuel Moreira até partilhou ter identificado notas de ervilha semelhantes às de um vinho sul-africano que bebeu em tempos…
Tendo a prova sido bastante interessante por ter permitido confirmar que a Bairrada não é uma região só de espumantes e de tintos – tem igualmente vinhos brancos de elevadíssima qualidade, muitos deles produzidos a partir de castas portuguesas, em especial Bical e Maria Gomes mas também Arinto.
Os dez vinhos brancos de excelência da Bairrada provados e comentados foram, por esta ordem:
Rama Sauvignon Blanc 2012
Quinta do Ortigão Sauvignon Blanc 2012
Volúpia (São Domingos) 2012
Quinta do Valdoeiro Chardonnay 2012
Frei João Reserva 2011
Ante Aequinoctium Veranum Grande Reserva 2011
Encontro 1 2012
Quinta dos Abibes Sublime 2010
Filipa Pato Nossa Calcário 2011
Luís Pato Vinha Formal 2010
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