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Prova histórica… 25 anos do Duas Quintas
Foi em 1990 que a Casa Ramos Pinto criou o Duas Quintas – faz agora 25 anos!
Um vinho de excelência produzido no Douro Superior com uvas provenientes precisamente de…
… duas quintas completamente diferentes!
Uma, a Quinta de Ervamoira, a apenas 150 metros de altitude, em solos de xisto e com um clima quente e seco, que permite maturações profundas e origina vinhos com uma boa estrutura, encorpados e muito concentrados.
Outra, a Quinta dos Bons Ares, numa encosta suave a 600 metros de altitude e num dos raros afloramentos graníticos da região do Douro, com um clima fresco e arejado, e uma maior precipitação, cujas uvas permitem produzir vinhos frescos e aromáticos, com uma boa acidez.
João Nicolau de Almeida, na Quinta de Ervamoira, conduzindo a prova dos 25 anos do Duas Quintas
Sendo o Duas Quintas uma criação de João Nicolau de Almeida.
Influenciado pelo seu Pai – Fernando Nicolau de Almeida, o criador do mítico Barca-Velha…
… e também pelos conhecimentos então acabados de trazer da Universidade de Enologia de Bordéus.
António Barreto… elogiando a obra de João Nicolau de Almeida
Agora em 2015...
... na histórica prova dos 25 anos do Duas Quintas...
... começou-se por dois brancos!
Primeiro...
... o Duas Quintas da colheita do ano 2000, ainda muito vivo e a encher a boca.
E depois o novíssimo 2014.
Duas Quintas branco 2000
Duas Quintas branco 2014
Passando para os tintos...
... João Nicolau de Almeida apresentou o primeiro Duas Quintas de sempre...
... aquele que foi o início da história do Duas Quintas…
… o tinto de 1990!
E depois os de 1994 e 2001...
... a que se seguiu o fabuloso 2007, equilibradíssimo e perfeito, com um nervo, uma frescura, uma mineralidade... absolutamente incrível...
... para terminar com o novo 2013.
Duas Quintas tinto 1990
Duas Quintas tinto 1994
Duas Quintas tinto 2001
Duas Quintas tinto 2007
Duas Quintas tinto 2013
A seguir, João Nicolau de Almeida apresentou os Reserva.
Tendo começado pelo de 1991, o primeiro Duas Quintas Reserva!
E tendo depois continuado pelos de 1994, 2000 e 2008…
… terminando no de 2012.
Duas Quintas Reserva tinto 1991
Duas Quintas Reserva tinto 1994
Duas Quintas Reserva tinto 2000
Duas Quintas Reserva tinto 2008
Duas Quintas Reserva tinto 2012
Tendo sido uma prova histórica…
… pelos vinhos, claro…
... por ter sido conduzida pelo próprio criador do Duas Quintas, João Nicolau de Almeida...
… e também por ter sido realizada na Quinta de Ervamoira, uma das duas quintas do Duas Quintas!
Uma prova histórica… na Quinta de Ervamoira
Contudo, afinal...
... a prova ainda não tinha terminado!
João Nicolau de Almeida
É que no jantar que se lhe seguiu...
... João Nicolau de Almeida apresentou mais dois Duas Quintas que não estiveram na prova inicial.
O recente Reserva de 2013…
… e também o Reserva de 1995.
Duas Quintas Reserva tinto 2013
Duas Quintas Reserva tinto 1995
Sendo já noite quando se regressou à aldeia de Muxagata em jipes da Casa Ramos Pinto…
… para apanhar o autocarro de volta a Foz Côa.
Ir de jipe… para o autocarro
Ver também:
O Douro Superior é um festival
Quinta de Ervamoira
Quando se avista a Quinta de Ervamoira ao longe, para além da beleza esmagadora de todo o conjunto, o que mais impressiona é a variedade de exposições da vinha – sempre plantada na vertical, há vinha por todo o lado e virada para todos os lados, subindo e descendo as suaves colinas de um anfiteatro natural único!
Aliás, foi a primeira quinta do Douro a ser plantada ao alto e por talhões – apenas uma casta por talhão.
Pertencente à Casa Ramos Pinto e localizada na sub-região do Douro Superior, junto à aldeia de Muxagata, a Quinta de Ervamoira tem uma área total de 234 hectares.
A maior parte dos quais teriam ficados submersos se tivesse avançado a barragem do Côa – entretanto cancelada em 1996 devido à descoberta de gravuras rupestres.
Com uma altitude entre os 110 e os 340 metros, a Quinta de Ervamoira está na origem de vinhos muito encorpados e concentrados.
Sendo também uma das quintas do emblemático… ‘Duas Quintas’!
Quinta de Ervamoira
Ver também:
O Douro Superior é um festival
EXPOCÔA, Vila Nova de Foz Côa
O Festival do Vinho do Douro Superior é uma excelente altura para ir a Foz Côa!
São três dias dedicados a conhecer os vinhos únicos da sub-região mais a montante do Douro, que se estende desde o Cachão da Valeira até à fronteira com Espanha.
Quinta de Ervamoira (Ramos Pinto)
… que teria ficado submersa se a barragem do Côa tivesse avançado
Histórica prova dos 25 Anos do Duas Quintas
João Nicolau de Almeida (Ramos Pinto)
Quinta de Castelo Melhor (Duorum)
O Douro visto da parte de cima da Quinta de Castelo Melhor (Duorum)
José Maria Soares Franco (Duorum)
Quinta da Leda (Sogrape)
Enólogo Luís Sottomayor… e alguns dos talhões utilizados para fazer o Barca-Velha
O Douro visto da Vinha das Lebres (Sogrape)
Pic-nic
Carrinhas de caixa aberta
Fernando Melo conduzindo o colóquio ‘Vinho e Turismo no Douro Superior’… e Filipa Correia apresentando ‘A Quinta de Ervamoira na estratégia da Ramos Pinto’
Provas de vinhos…
… e de queijos
Animação de rua
Francisco Pavão e a prova comentada de azeites do Douro Superior
Luís Antunes e a prova comentada dos Portos LBV do Douro Superior
A 'generala' Joana Pratas levando água para as suas tropas
Ver também:
Almoço na Quinta de Castelo Melhor
Descer a Quinta de Castelo Melhor até ao Douro... com José Maria Soares Franco ao volante
Estação de Castelo Melhor, futuro Hotel Duorum?
A nova adega... do Palato do Côa
Prova comentada de Portos... LBV
Luís Antunes
Jornalista e crítico da Revista de Vinhos, Luís Antunes tem uma forma muito própria de conduzir as provas, em permanente interactividade com a audiência – aliás, com Luís Antunes as provas de vinhos são tanto melhores quanto melhor e mais interventiva for a audiência.
Mas desta vez, para a prova comentada dos Portos do Douro Superior, subordinada ao tema “Castas, Terroirs, Estilos” e que decorreu em Foz Côa, no Festival do Vinho do Douro Superior 2014, Luís Antunes preparou… duas surpresas!
… na prova comentada dos vinhos do Porto do Douro Superior
A primeira surpresa foi João Nicolau de Almeida – que a pretexto das “Castas” trouxe e apresentou não apenas o seu Ramos Pinto Porto Vintage 1983 mas também quatro varietais que compuseram o lote final mas nunca foram comercializados individualmente: Tinta Roriz, Touriga Franca, Tinta Barroca e Touriga Nacional…
A experiência desta prova histórica vem relatada aqui:
A segunda surpresa foi David Guimaraens, Director Técnico e Enólogo da The Fladgate Partnership, que, a pretexto dos “Terroirs e Estilos” dos Portos do Douro Superior, comentou os terroirs das quintas do Vesúvio, Senhora da Ribeira e Vargellas, bem como os correspondentes estilos de vinho do Porto aí produzidos.
Um resumo desta sessão inesquecível vem contado aqui:
Com dois convidados de tão elevado gabarito, naturalmente que foi uma prova... absolutamente fabulosa!
Os 14 Portos Vintage provados e comentados:
Ramos Pinto Porto Vintage Tinta Roriz 1983
Ramos Pinto Porto Vintage Touriga Franca 1983
Ramos Pinto Porto Vintage Tinta Barroca 1983
Ramos Pinto Porto Vintage Touriga Nacional 1983
Ramos Pinto Porto Vintage 1983
Quinta do Vesúvio Porto Vintage 2004
Dow’s Quinta Senhora da Ribeira Porto Vintage 2004
Taylor’s Quinta de Vargellas Porto Vintage 2004
Taylor’s Quinta de Vargellas Vinha Velha Porto Vintage 2004
Cockburn’s Quinta dos Canais Porto Vintage 2009
Quinta do Grifo Porto Vintage 2011
Quinta do Vale Meão Porto Vintage 2011
Duorum Porto Vintage 2011
Capela da Quinta do Vesúvio Porto Vintage 2007
Ver também:
Douro Superior, uma sub-região a afirmar a sua identidade
Luís Antunes e João Nicolau de Almeida
É sabido que o vinho do Porto é arte do blend. O que não é fácil é conseguir provar isoladamente cada uma das castas, de modo a compará-las com o lote final. Desde logo, porque nem sempre as várias castas são vinificadas em separado. E depois porque, mesmo quando tal acontece, apenas é comercializado o lote final – os monocasta não estão acessíveis ao público.
… na prova comentada dos vinhos do Porto do Douro Superior
Daí o carácter histórico – e épico – da prova de vinhos do Porto do Douro Superior conduzida pelo jornalista e crítico da Revista de Vinhos Luís Antunes, em Foz Côa, na edição de 2014 do Festival do Vinho do Douro Superior.
… que decorreu no Festival do Vinho do Douro Superior
É que João Nicolau de Almeida esteve pessoalmente na prova, tendo trazido não apenas o clássico Porto Vintage de 1983… mas também quatro varietais que entraram na composição do extraordinário lote final e nunca foram colocados à venda isoladamente:
1 – Tinta Roriz, muito suave e elegante;
2 – Touriga Franca, com mais corpo e mais volume, embora mais rústica;
3 – Tinta Barroca, em que sobressai a delicadeza dos aromas; e
4 – Touriga Nacional, que, conforme comentou João Nicolau de Almeida, “tem tudo: bom aroma, boa boca, bom final, vivacidade, frescura”.
Ramos Pinto Porto Vintage Tinta Roriz 1983
Ramos Pinto Porto Vintage Touriga Franca 1983
Ramos Pinto Porto Vintage Tinta Barroca 1983
Ramos Pinto Porto Vintage Touriga Nacional 1983
Ramos Pinto Porto Vintage 1983
Ora, depois de provados e comentados cada um destes quatro varietais, todos eles magníficos embora diferentes entre si, o passo seguinte foi então provar... a versão que a Ramos Pinto colocou no mercado, o lote oficial do Vintage de 1983!
Seria melhor o blend, o lote?
Os 4 varietais
De facto, feita a prova, é espectacular poder perceber, poder sentir, como efectivamente o blend oficial… consegue ser ainda melhor do que os varietais!
É muito mais completo, muito mais complexo, muito mais equilibrado!
Vai buscar um pouco aqui, outro ali, tem um bocadinho de todos e acaba por criar uma identidade própria, única – mas muito mais rica e complexa!
Mateus Nicolau de Almeida também esteve presente
No entanto, a singularidade deste prova absolutamente extraordinária não ficou por aqui.
É que depois o muito aplaudido João Nicolau de Almeida – no final, viria a sair da prova debaixo de uma forte e sentida ovação de toda a sala – ainda quis partilhar com a audiência... qual foi a composição do lote oficial!
Destas castas, quais as escolhidas?
E a seguir respondeu: Tinta Barroca 50%, Touriga Nacional 20%, Tinta Roriz 20% “e 10% de… misturas!”
Ramos Pinto Porto Vintage 1983
Foi este o lote então eleito pela Ramos Pinto.
Sendo a prova provada – se dúvidas houvesse – de que o vinho do Porto é mesmo a arte do blend!
Ver também:
Douro Superior, uma sub-região a afirmar a sua identidade
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