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A edição de Outono da Porto Restaurant Week tem início na próxima 5.ª-feira, 11 de Outubro, prolongando-se até dia 21. Por um preço fixo que se mantém nos 20€ apesar do aumento do IVA da restauração, são servidos menus de pelo menos 3 pratos (entrada, prato principal e sobremesa) nos quais porém, em regra, não estão incluídos o couvert e as bebidas. Os restaurantes aderentes, aqui.
Tem início esta 5.ª-feira mais uma edição da Lisboa Restaurant Week, que decorre de 20 a 30 de Setembro. Por um preço fixo que se mantém nos 20€ apesar do aumento do IVA da restauração, os estabelecimentos aderentes servem menus de pelo menos 3 pratos (entrada, prato principal e sobremesa) nos quais porém, em regra, não estão incluídos o "couvert" e as bebidas.
São mais de 60 os restaurantes que participam nesta 8.ª edição – incluindo alguns de fora da capital, como por exemplo o CLARO! (na Marginal, em Paço d’Arcos), os da Penha Longa AROLA, AQUA, MIDORI e IL MERCATO (na Serra de Sintra) ou o COLARES VELHO (no centro da vila de Colares). A lista completa pode ser consultada aqui.
Fotografia: Teatro de Bescanó
O aumento do IVA não é uma fatalidade.
Por exemplo, em Espanha, onde o IVA dos espectáculos subiu de 8% para 21% e o dos legumes está nos 4%, o catalão Teatro de Bescanó, como forma de protesto contra o aumento do IVA, resolveu passar a vender cenouras… em vez de bilhetes! E por cada cenoura vendida (com IVA a 4%) oferece um bilhete…
Esta semana o Expresso traz, com chamada de primeira página, o caso dos restaurantes mais emblemáticos (ditos de luxo) que entretanto fecharam portas com a crise: BOCCA e MANIFESTO em Lisboa, BUHLE no Porto e VIN ROUGE em Cascais.
De facto, era uma inevitabilidade que a crise económica e social, acrescida do aumento do IVA da restauração de 13% para 23%, devoraria restaurantes atrás de restaurantes, acelerando de forma brutal (em todos os segmentos sem excepção) a cruel selecção natural dos melhores, a cruel selecção daqueles que melhor sabem interpretar as necessidades dos clientes. Já aconteceu na Grécia e na Irlanda, está a acontecer também em Espanha.
Contudo, há muitos restaurantes que continuam a resistir. Para eles, a nossa homenagem.
O semanário Expresso escolheu esta semana os 100 portugueses com mais influência em 2012. Da economia à política, passando pelo desporto, a cultura, a ciência e a sociedade, o jornal elegeu quem “mais manda, marca e inspira” em Portugal, tendo pretendido fazer “uma lista dinâmica que espelhe o l’air du temps”.
Nestas listas, os nomes são sempre discutíveis e a margem de subjectividade acaba por ser elevada.
Contudo, é chocante que nos 100 eleitos não haja um único nome da cozinha portuguesa.
Numa altura em que a gastronomia portuguesa ganha cada vez maior visibilidade e reconhecimento não apenas internamente mas também no exterior, permitindo afirmar Portugal como destino gastronómico – e em que começa a ser consensual que a gastronomia também é cultura e que Portugal tem o melhor peixe do mundo – é triste constatar não ter sido possível ao Expresso encontrar um chef português que tenha marcado os últimos 12 meses.
Mas, bem vistas as coisas, é precisamente essa falta de influência da gastronomia na sociedade portuguesa que levou a que o IVA da restauração tivesse sido aumentado para a taxa máxima de 23%.
Fotografia: BBC
Conforme refere o The Wall Street Journal, a crise está a ser devastadora para os restaurantes irlandeses.
De tal forma que há empresários que dizem que só continuam com os estabelecimentos abertos porque em Julho passado, numa tentativa para estimular o sector, o governo irlandês desceu o IVA da restauração e turismo de 13,5% para 9%.
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