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Na sala do BON BON, o anfitrião Rui Silvestre e João Oliveira
Para João Oliveira também foi uma estreia!
Cozinheiro com larga experiência em eventos da Rota das Estrelas, fruto da sua passagem pelas cozinhas do LARGO DO PAÇO, THE YEATMAN e VILA JOYA, foi esta porém a primeira vez que o chefe do VISTA apresentou um prato seu no festival gastronómico que celebra as distinções atribuídas em Portugal pelo guia Michelin.
Sendo este convite, formulado por Rui Silvestre, mais um sinal do cada vez maior reconhecimento que o seu extraordinário trabalho à frente do restaurante do Hotel Bela Vista, na Praia da Rocha, em Portimão, tem vindo a alcançar.
De modo que, para este jantar tão especial da Rota das Estrelas no BON BON, João Oliveira fez questão de trazer do VISTA um dos seus mais bem conseguidos momentos.
Com efeito, num prato não apenas complexo mas também completo, que confirmou o excelente momento de forma que patenteava este verão, João Oliveira apresentou os sabores intensos e aveludados do lagostim, levemente cítrico, com caviar imperial, variações de couve-flor e o toque final marinho das salicórnias e dos salty fingers.
Memorável!
João Oliveira braseando os lagostins
Mão de Buda, o mais icónico dos citrinos…
… cuja casca é ralada sobre os lagostins
Couve-flor
Lagostim
Caviar Imperial…
… colocado por Rui Silvestre – o anfitrião também deu uma ajuda aos chefes convidados
Couve-flor…
… e está pronto para ir para a mesa
O prato de João Oliveira na Rota das Estrelas 2016 que decorreu no BON BON
Lagostim, Couve-Flor, Caviar
Para fazer companhia aos sabores delicados do lagostim e à sedosa couve-flor de João Oliveira, o escanção da Garrafeira Estado D’Alma responsável pelas harmonizações vínicas do primeiro dia da Rota das Estrelas no BON BON escolheu o jovem Sauvignon Blanc Cortes de Cima.
O qual, contudo, não é um branco qualquer… como, aliás, nem sequer é o típico branco alentejano!
Efetivamente, o vinho escolhido por João Chambel apresenta um perfil de maior frescura e acidez, sendo feito pelo enólogo Hamilton Reis a partir de uma vinha de apenas Sauvignon Blanc cultivada não na já de si fresca Vidigueira mas antes no ainda mais fresco Alentejo litoral, somente a três quilómetros do Oceano Atlântico, perto de Vila Nova de Milfontes.
João Chambel
Cortes de Cima Sauvignon Blanc, branco, 2015
Tendo sido muito marcante esta presença de João Oliveira na Rota das Estrelas logo no ano em que o BON BON, liderado por Rui Silvestre, alcançou a sua primeira estrela Michelin!
Na cozinha do BON BON, João Oliveira e Rui Silvestre
Ver também:
2016, primeira Rota das Estrelas no BON BON
Bela Vista Hotel & Spa – Relais & Châteaux, Av. Tomás Cabreira, Praia da Rocha, Portimão, Portugal
Chef João Oliveira
Urbanização Cabeço de Pias, Sesmarias, Carvoeiro, Portugal
Chef Rui Silvestre
‘Incógnito’ e ‘Homenagem a Hans Christian Andersen’
O ‘Incógnito’ é um vinho histórico, foi o primeiro Syrah a ser produzido no Alentejo.
Estávamos em 1998, quando a casta ainda não era permitida na região…
Daí o nome provocador dado ao vinho.
Contudo, apesar de a casta Syrah não ser identificada...
... no contra-rótulo era dada uma pista... para quem soubesse ler na vertical:
Select fruit from
Young vines, well
Ripened,
And hand
Harvested
Dessa colheita inicial de ‘Incógnito’, nas Cortes de Cima já só há… 4 garrafas!
Pelo que a prova começou em 1999, o segundo ano de produção do ‘Incógnito’.
E o vinho, 15 anos depois, está fantástico! Muito polido e com uma profunda maturação… mas com aromas que vão para lá da fruta: pimenta, cacau…
Depois a prova vertical prosseguiu com a colheita de 2002 – isto porque o ‘Incógnito’ só é produzido nos melhores anos.
E, a seguir, foi feito o contraponto entre dois Syrah de 2004… o ‘Incógnito’ e o ‘Homenagem a Hans Christian Andersen’.
2004 – ‘Homenagem a Hans Christian Andersen’ e ‘Incógnito’
Embora igualmente 100% Syrah, o ‘Homenagem a Hans Christian Andersen’ tem um perfil diferente.
Para além de ser proveniente de uma outra parcela (que aliás não é sempre a mesma nem é uma vinha única) é um vinho mais dócil e frutado, com menos intensidade e concentração.
Sendo feito para ficar pronto mais rapidamente do que o ‘Incógnito’ – embora sempre com acidez, de modo a que não se torne enjoativo.
‘Homenagem a Hans Christian Andersen’, 2004
Depois, mais dois Syrah em confronto directo mas de anos distintos: o ‘Incógnito’ de 2005… e o ‘Homenagem a Hans Christian Andersen’ de 2007, ano em que não houve ‘Incógnito’… e em que parte do ‘Homenagem (…)’ foi feito a partir da parcela que produz o ‘Incógnito’!
‘Incógnito’ 2005 vs ‘Homenagem a Hans Christian Andersen’ 2007
A seguir, foram provados ambos os vinhos da mítica colheita de 2008 das Cortes de Cima – aliás, o fundador considera o ‘Incógnito’ de 2008 como o melhor de sempre!
2008 – ‘Homenagem a Hans Christian Andersen’ e ‘Incógnito’
… e depois provaram-se os de 2009.
Com a particularidade de o ‘Incógnito’ 2009 ter sido um dos 25 grandes vinhos que fizeram parte da prova comemorativa dos 25 anos da Revista de Vinhos, que decorreu no dia seguinte, igualmente no Encontro com o Vinho e Sabores 2014.
2009 – ‘Homenagem a Hans Christian Andersen’ e ‘Incógnito’
A seguir, chegou o ‘Homenagem a Hans Christian Andersen’ de 2010…
… e finalmente o recém-lançado ‘Incógnito’ de 2011, que as Cortes de Cima pretendem que seja o paradigma a seguir no futuro – elegância, frescura, acidez, estrutura, alegria mas também fruta.
‘Incógnito’ 2011
Tendo a sessão sido conduzida por Hamilton Reis, o enólogo das Cortes de Cima…
… que no final ainda partilhou um segredo com a audiência:
«Nas Cortes de Cima, todos os Reserva têm ‘Incógnito’!»
Hamilton Reis, o enólogo das Cortes de Cima
No total foram provados, comentados e debatidos 12 vinhos Syrah.
Uma prova histórica…
… o recordar da polémica e da revolução que foi a introdução da casta Syrah, estrangeira e tinta, no terroir de brancos da Vidigueira...
... e a confirmação de que no Alentejo é possível fazer Syrah de guarda, de estrutura, de aprefeiçoamento na garrafa!
Os vinhos em prova:
‘Incógnito’ – colheitas 1999, 2002, 2004, 2005, 2008, 2009 e 2011
‘Homenagem a Hans Christian Andersen’ – colheitas 2004, 2007, 2008, 2009 e 2010
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Fico muito feliz, em saber do selo Vegano! Havia p...
Para além de alguns sitios mais "canalhas" na Baix...
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Não, acabou de me ser confirmado que efetivamente ...