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Sovina Natal, uma Ale com aromas a especiarias e caramelo
Este Natal a Sovina lançou novamente uma Christmas Ale… e diferente da do ano anterior!
Mas a celebração natalícia é apenas um pretexto.
Na verdade, é uma cerveja sazonal, para ser saboreada no Inverno, com tempo frio e chuvoso.
Tendo por base uma receita original e única, é uma cerveja do tipo Ale, forte e densa, com um teor alcoólico mais elevado do que o habitual (8,5%) e muito rica de aromas, em especial de especiarias, caramelo e malte.
Tal como todas as Sovinas, é produzida na cidade do Porto a partir de métodos artesanais, sem corantes nem conservantes.
E foi uma descoberta deste fim-de-semana na Wines 9297, a nova loja de vinhos do bairro lisboeta de Telheiras.
Fotografia: Marta Felino / Flash Food
A capital dinamarquesa é uma cidade efervescente em termos gastronómicos. Eis algumas tendências que ficam de Copenhaga.
Cozinheiros a servir os pratos. Se os pratos têm que ser explicados ao cliente, então ninguém melhor para tal do que quem os confeccionou.
Sem toalhas. Informalidade total. O destaque está na comida.
Vegetais. E mais peixe do que carne. Mais vegetais do que proteínas animais – e mais peixe do que carne.
Práticas recolectoras. Os vegetais não provêm apenas da agricultura – muitas vezes são recolhidos directamente na natureza.
Biológicos. Para além de ser a cidade das bicicletas, Copenhaga é também a capital do biológico. Tudo pode ser 100% biológico. Até os cabeleireiros…
Alimentos fermentados. A prática ancestral de fermentação dos alimentos é um dos caminhos do futuro.
Vinhos naturais. Vinhos com a menor manipulação humana possível e sem químicos. Ser biológico é necessário mas muitas vezes já não é suficiente.
Cerveja artesanal. Sabores únicos.
Sobremesas muito pouco doces. A tendência é para reduzir drasticamente o consumo de açúcar. E utilizar antes a acidez dos produtos lácteos.
Fornecedores respeitados. Os fornecedores são vistos como parceiros, sendo expressamente mencionados nos menus e utilizados como símbolos de qualidade dos restaurantes.
Divulgação dos resultados das inspecções sanitárias. Todos os restaurantes estão obrigados à divulgação, inclusivamente on-line, dos resultados das inspecções sanitárias – as quais utilizam um sistema de smileys, de fácil leitura para o consumidor.
Fotografias: Denmark.dk e Findsmiley.dk
Os sabores dos dias quentes de Verão serviram de inspiração a Leonel Pereira para criar um estimulante snack.
Numa base de cortiça, um corneto de tremoço… com camarão seco de Alcácer!
E ainda, sobre uma pedra de sal do Algarve, um falafel – o bolinho de grão-de-bico frito típico do médio oriente mas em que Leonel Pereira utilizou antes o… tremoço!
Da cozinha, veio igualmente um recado do chef: «É tudo para comer à mão!»...
... e também a sugestão para que fossem acompanhados por uma lambreta – cerveja de pressão servida num pequeno copo – que chegou bem fresquinha!
(continua)
Fotografias: Marta Felino / Flash Food
SÃO GABRIEL | Estrada Vale do Lobo, Quinta do Lago, Almancil, Portugal | Chef Leonel Pereira
Recomendado pessoalmente pelo chef do NOMA René Redzepi, o MIKKELLER BAR é o bar da cerveja Mikkeller, sendo um local de culto para os apreciadores de cervejas raras e únicas.
Situado em Copenhaga, no coração da zona de Vesterbro, tem 20 torneiras de cerveja à pressão, servindo maioritariamente Mikkeller mas também outras cervejas artesanais de reconhecido prestígio. E tal como nas geladarias, em que se dão a provar alguns sabores antes de se fazer o pedido, também aqui é possível degustar previamente a cerveja que se pretende escolher.
Pormenor curioso é a Mikkeller ser uma marca de cerveja nómada – não tem fábrica própria. Sendo produzida nas instalações de outras cervejeiras, não apenas na Dinamarca mas também na Bélgica e nos Estados Unidos.
Tendo tudo começado na cozinha de Mikkel Borg Bjergsø, um dinamarquês professor de matemática e física que fazia cerveja caseira nos tempos livres e transformou o seu hobby numa das mais respeitadas e inovadoras marcas de cerveja a nível mundial – fundada em 2006, a Mikkeller é actualmente exportada para mais de 40 países.
Fotografias: Marta Felino / Flash Food
MIKKELLER BAR | Viktoriagade, 8 B C, Copenhaga, Dinamarca
"NOMA Birch Beer"
René Redzepi mudou recentemente a política de cervejas do restaurante. Após ter sido durante muitos anos apenas uma mera montra da enorme variedade de produtores da Escandinávia, o NOMA decidiu concentrar-se na oferta das suas próprias cervejas, desenvolvidas em parceria com alguns dos melhores cervejeiros dinamarqueses e disponíveis exclusivamente no restaurante.
Foi o caso da cerveja sugerida para acompanhar os snacks. Produzida pela Bryggeri Skovlyst – micro-cervejeira artesanal situada numa floresta dos arredores de Copenhaga – a “NOMA Birkebryeg” (ou Birch Beer) é uma cerveja única feita a partir de seiva de bétula, o que lhe confere um sabor suave e ligeiramente herbal. Ligando na perfeição com a avalanche de snacks que estava para chegar…
(continua)
Fotografia: Marta Felino / Flash Food
NOMA | Strandgade 93, Copenhaga, Dinamarca | Chef René Redzepi
BLACK FOREST: "Dark Chocolate Cremeux, Kirsch Bavaroise, Belgian Kriek Beer Sorbet"
Contratado ao PER SE no início de 2012, uma das características do actual chef pasteleiro do LE BERNARDIN é o gosto pelas desconstruções. Daí não ser de estranhar que a mais emblemática sobremesa de Laurie Jon Moran para a actual carta do LE BERNARDIN seja uma desconstrução do clássico bolo alemão Floresta Negra – tradicionalmente feito em camadas de chocolate (com aguardente de ginja) e chantilly, para ser cortado às fatias.
Nesta nova versão, temos uma verdadeira desmontagem de cada um dos elementos do bolo original para serem depois refeitos e apresentados isoladamente – nos primeiros tempos, em linha recta, uns atrás dos outros; desta vez, colocados espaçadamente num prato redondo.
Aliás, a desconstrução é levada tão ao limite que se percebe que o bolo Floresta Negra é apenas o pretexto e o ponto de partida para se chegar a uma excelente e complexa sobremesa de ginja.
Com vários elementos muito interessantes. Um deles é o cubo branco – na realidade, uma bavaroise de baunilha recheada com uma ginja embebida em kirsch (aguardente de ginja). Cubo esse que visa substituir o chantilly do bolo original, estando aqui intencionalmente numa proporção muito mais reduzida.
Outro elemento a destacar é o sorbet que está sobre o bolo de chocolate. Não é sorbet de ginja, como seria mais óbvio, mas antes sorbet de Kriek, a famosa cerveja belga fermentada com ginjas (as quais adicionam um travo adocicado ao habitual sabor amargo da cerveja).
Ginjas que estão igualmente presentes nas telhas crocantes, na espuma, no gel e ainda no bolo de chocolate.
Ou seja, é uma criação de Laurie Jon Moran que, partindo do tradicional bolo alemão Floresta Negra, transforma-se numa grande sobremesa de ginja, apresentando os seus fortes sabores em novas texturas e com novas formas.
Fotografias: Marta Felino / Flash Food
(continua)
LE BERNARDIN |155 West 51st Street, New York, EUA | Chef Eric Ripert
"Roast Chicken for two, foie gras, black truffle & brioche"
Se no início de 2012 alguém dissesse que o prato do ano em Nova York seria um frango assado, ninguém acreditaria. Contudo, desde a abertura do NOMAD, no início da passada Primavera, que o “roast chicken” para duas pessoas faz furor entre o público e a crítica, tendo-se transformado de imediato no mais emblemático prato do restaurante do momento em Nova York – são vendidos mais de quinhentos frangos por semana!
Mas não é um frango qualquer. Daniel Humm adaptou-o de uma receita do ELEVEN MADISON PARK e recheou-o generosamente com foie gras, trufa negra e brioche, sob a pele finíssima e muito bem tostada.
Sendo depois servido com uma coreografia muito própria. É que o frango vem sempre duas vezes à mesa.
Inicialmente chega inteiro… mas apenas para ser mostrado ao cliente – conforme as fotografias acima – sendo de imediato levado de novo para a cozinha, a fim de ser finalizado, desossado e empratado.
E só passado algum tempo chegam então dois pratos com meio peito de frango cada um (acompanhado de lentilhas, uma couve-de-Bruxelas, meia cebolinha e alface, tudo numa dose reduzida para não ofuscar o centro do prato) e também um tachinho com um fricassé de frango preparado com as pernas e as asas do frango, cogumelos e chalotas – ver as fotografias abaixo.
O peito de frango assado no forno, com recheio de foie gras, trufa negra e brioche sob a pele crocante...
... e o Fricassé de frango, com cogumelos e chalotas
Curiosamente, as notas adocicadas do brioche trouxeram à memória o sabor de uma crosta de Esses de Azeitão sobre um lombo de borrego que Henrique Mouro em tempos serviu no ASSINATURA…
Para quem tiver gosto em ver e saber como Daniel Humm prepara este notável prato, há um extraordinário artigo de Pete Wells no The New York Times, com fotografias de Daniel Krieger, que pode ser consultado aqui.
Cerveja "Le Poulet", criada especificamente para acompanhar o frango assado no forno do NOMAD
Mas a singularidade do prato de frango do NOMAD ainda não acabou. É que o chef Daniel Humm juntou-se à Brooklyn Brewery e criaram uma cerveja única, desenvolvida especificamente para harmonizar com o “roast chicken” e fazer realçar os seus intensos sabores. À qual foi dado precisamente o nome de “Le Poulet”…
Disponibilizada exclusivamente no restaurante e nos bares do The NoMad Hotel, “Le Poulet” é uma excelente Brown Ale, de cor âmbar escura, frutada e com um sabor não muito amargo em que sobressai a doçura do malte – fazendo lembrar a Sovina Amber, a minha Sovina preferida de entre a gama desta marca portuguesa de cerveja artesanal produzida no Porto pel’ Os Três Cervejeiros.
(continua)
Fotografias: Marta Felino / Flash Food
NOMAD | The NoMad Hotel, 1170 Broadway & 28th Street, Nova York, EUA | Chef Daniel Humm
Doses mais pequenas. É uma das formas de ajustamento à nova realidade – e mais simpática do que o aumento dos preços.
Encerramentos. O agravamento da crise vai acelerar a implacável selecção natural dos melhores projectos – “melhores” não em termos qualitativos mas no sentido de serem os que melhor se conseguem adaptar aos tempos actuais.
Novos projectos. Continuarão a abrir novos restaurantes. É na crise que surgem as grandes oportunidades.
Pop-up. Espaços temporários. Cada vez mais os restaurantes irão atrás das pessoas, acompanhando as suas sucessivas mudanças. Restaurantes de Lisboa no Algarve no Verão; restaurantes do Algarve em Lisboa no Inverno; edições especiais de restaurantes apenas enquanto durem determinados eventos, sejam de moda, música ou desporto. Nestes tempos de incerteza, é o triunfo da mobilidade do restaurante (e já não apenas do chef).
Pão. As sandes são a nova comfort food – de tal forma que já saltaram para o prato dos restaurantes. Sejam de hambúrguer ou de atum, de lombo de vaca ou de creme de marisco, o pão vai bem com tudo, pelo que, mais ou menos elaboradas, as sandes estão para ficar no menu dos restaurantes. Mas o pão por si só está a ganhar igualmente protagonismo – com padarias a abrir um pouco por todo o lado, também nos restaurantes está a aumentar a oferta de pães únicos e diferentes. E ser padeiro é uma profissão de futuro: um bom restaurante já não precisa só de um bom pasteleiro, cada vez mais precisará também de um bom padeiro.
Vinagre. É um dos produtos do futuro. Sendo crescentemente utilizado em escabeches e em pickles, não apenas de legumes mas também de frutas, permitindo conjugar o doce e o ácido. Para além de que é um facilitador da digestão, o que leva a que seja particularmente útil nos menus de degustação. Não é por acaso que a fermentação de alimentos é um dos campos que está a ser mais investigado pelos laboratórios do NOMA de René Redzepi e do MOMOFUKU de David Chang.
Parcerias exclusivas. A procura de experiências únicas vai continuar a levar os restaurantes a fazer parcerias com os fornecedores para disponibilizarem aos clientes produtos exclusivos, que só podem ser consumidos nesse restaurante – seja um lote de vinho, uma cerveja, um pão, um sal, um chocolate…
Influências asiáticas. Continuará a busca do umami e a incorporação de ingredientes e sabores asiáticos.
Influências latino-americanas. Também a incorporação de ingredientes do Novo Mundo será uma constante, com destaque para os cereais, as frutas, as bagas e as sementes dos Andes e da Amazónia.
Biológicos. Devido à autenticidade e intensidade do seu sabor, os produtos de produção biológica serão cada vez mais utilizados nas cozinhas profissionais. E também nas adegas, permitindo fazer vinhos únicos.
Baixa de Lisboa e Porto. Com o aumento do turismo de curta duração, a oferta gastronómica nos centros históricos das cidades continuará a ganhar projecção.
Brasil. Continuará a aumentar o crescente protagonismo da cozinha brasileira a nível mundial – o D.O.M. do mediático chef Alex Atala foi o 4º melhor do mundo em 2012 para a revista Restaurant e já esta semana o Brasil e Minas Gerais são o grande destaque do Madrid Fusión 2013.
Exportação. A necessidade de internacionalização das empresas portuguesas também existe no negócio da restauração. Apesar da tendência mundial de expansão para a Ásia, o Brasil e Angola continuarão a ser os mercados mais óbvios para os restaurantes portugueses.
Solidariedade. Fruto da crise, haverá cada vez mais eventos solidários, para ajudar quem necessita e também para reduzir o desperdício de alimentos.
Sovina é uma marca portuguesa de cerveja genuína, elaborada a partir de métodos artesanais na cidade do Porto pela empresa Os Três Cervejeiros.
De sabor intenso, é vocacionada para ser uma cerveja gastronómica.
Produzida 100% à base de malte, a cerveja Sovina não é filtrada e não tem corantes nem conservantes, sendo o gás produzido naturalmente pela levedura.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.