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Monocastas, o outro lado da Adega Mayor

por Raul Lufinha, em 21.05.19

Enólogo Carlos Rodrigues

Enólogo Carlos Rodrigues


Uma das características menos conhecidas da Adega Mayor é a enorme diversidade das suas castas.


Naturalmente, nem todas dão origem a vinhos varietais – como sucede, por exemplo, com a Galego Dourado, que Rui Reguinga prefere utilizar em lote, o que tornou tão interessante a possibilidade de a ter provado a solo na visita à adega.


Mas na Adega Mayor efetivamente muitas dessas castas acabam mesmo por originar vinhos estreme.


De modo que, uma outra forma de conhecer a Adega Mayor é através dos seus monocastas.


Que, curiosamente, nos mostram um Alentejo diferente, sempre com uma muita frescura!


Desta vez, provámos Pinot Noir em rosé.


Depois os brancos Sercial, Encruzado, Antão Vaz e Arinto.


E a seguir os tintos Touriga Franca, Syrah e Alicante Bouschet (o Entre Tantos).


Para terminar com um espumante que, não sendo monovarietal, acentua a ideia da existência de uma grande diversidade de castas na Adega Mayor – é feito com Pinot Noir, Pinot Gris e Sercial.

 

Pinot Noir 2018Pinot Noir 2018

 

Sercial 2017Sercial 2017

 

Encruzado 2017Encruzado 2017

 

Antão Vaz 2018Antão Vaz 2018

 

Arinto 2018Arinto 2018

 

Touriga Franca 2017Touriga Franca 2017

 

Syrah 2017Syrah 2017

 

Alicante Bouschet 2013 -- Entre TantosAlicante Bouschet 2013 – Entre Tantos

 

Pinot Noir, Pinot Gris, Sercial -- Espumante Bruto ReservaPinot Noir, Pinot Gris, Sercial – Espumante Bruto Reserva

 

 

Ver também:

 

Adega Mayor
Herdade das Argamassas, Campo Maior, Alentejo, Portugal

 

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publicado às 00:33

Duas provas de barrica na visita à Adega Mayor

por Raul Lufinha, em 19.05.19

Enólogos Rui Reguinga e Carlos RodriguesEnólogos Rui Reguinga e Carlos Rodrigues


A Adega Mayor tem também uma vertente pedagógica e de enoturismo, recebendo mais de dez mil visitantes por ano para visitas guiadas ao edifício desenhado pelo arquiteto Siza Veira.


Desta vez, com a presença dos enólogos Rui Reguinga, para além do habitual visionamento de um breve filme com a história do projeto e do percurso pelos diferentes espaços da adega, foi também possível fazer duas interessantes provas de barrica.

 

Carlos Rodrigues e a prova de barrica...Carlos Rodrigues e a prova de barrica...

Galego Dourado 2018... do Galego Dourado 2018


Uma, de Galego Dourado.


É uma casta branca pouco conhecida e que tem caído em desuso.


Mas que está presente, por exemplo, no lote do Carcavelos Villa Oeiras e também num varietal super premium da Herdade do Portocarro que só sai nos melhores anos.


Existindo igualmente na Adega Mayor!


Da colheita de 2018, o vinho ainda está muito novo, mas sentem-se desde já notas cítricas, fruta branca e também um toque salino, num equilibrado registo de frescura e elegância.

 

Tendo Rui Reguinga comentado que provavelmente não será lançado como monocasta, integrando antes o lote de uma gama superior.

 

Field blend 2018, previamente estagiado em talhaField blend 2018, previamente estagiado em talha


A segunda prova de barrica foi ainda mais estimulante!


Igualmente da vindima de 2018, era um field blend que tinha previamente estagiado em talha!


Não com o objetivo de fazer um vinho de talha, mas antes como mais uma ferramenta a que o enólogo lança mão até chegar à versão final.


E em que sobressaía a sua enorme complexidade!


Sendo também muito curioso saber qual acabará por ser o seu destino!

 

Adega MayorFilme

Adega MayorAdega Mayor


Ver também:

 

Adega Mayor
Herdade das Argamassas, Campo Maior, Alentejo, Portugal

 

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publicado às 23:22

Prova vertical dos topos de gama da Adega Mayor

por Raul Lufinha, em 17.05.19

Rita Nabeiro e o primeiro topo de gama da Adega Mayor: Garrafeira do Comendador 2003

Rita Nabeiro e o primeiro topo de gama da Adega Mayor: Garrafeira do Comendador 2003

Rita Nabeiro e o primeiro topo de gama da Adega Mayor: Garrafeira do Comendador 2003Rita Nabeiro e o primeiro topo de gama da atual Adega Mayor: Garrafeira do Comendador 2003


Fazer vinho era um sonho antigo de Rui Nabeiro – um sonho que o Comendador tornou realidade.


Tendo sido agora fascinante provar todos os melhores vinhos desse sonho, todos os topos de gama da Adega Mayor.


Que desde o início e até hoje, no total, foram sete.

 

Os sete anos em que a Adega Mayor lançou o seu topo de gama: 2003, 2005, 2007, 2009, 2011, 2013 e 2014Os sete anos em que a Adega Mayor lançou o seu topo de gama: 2003, 2005, 2007, 2009, 2011, 2013 e 2014

 

Os quais têm em comum serem vinhos de lote em que a casta dominante é a Alicante Bouschet e também o terem estagiado em barricas novas de carvalho francês.


Já o nome, foi evoluindo – começou por ser Garrafeira do Comendador e atualmente é Pai Chão.


A conduzir a prova esteve o enólogo Rui Reguinga, com o apoio do enólogo residente Carlos Rodrigues.

 

Uma prova conduzida pelo enólogo Rui ReguingaUma prova conduzida pelo enólogo Rui Reguinga

 

E a opção foi começar pela colheita mais antiga.


2003. O primeiro Garrafeira do Comendador. Quando ainda não havia sequer Adega Mayor. Um vinho que ganhou o prémio de melhor tinto para a Confraria dos Enófilos do Alentejo – o que, contou Rita Nabeiro, foi na altura um importante estímulo e incentivo para o seu avô prosseguir a aventura de fazer vinho. Teve, tal como nos primeiros anos, a assinatura do enólogo Paulo Laureano. E era um lote de Alicante Bouschet com Aragonez e Trincadeira. Apresentando agora notas intensas de cereja madura e de café. Mas o mais fascinante é mesmo a sua frescura e acidez. Está em grande forma. E sente-se muito a Trincadeira. Um vinho que, mais de uma década e meia depois, dá um enorme prazer beber!

 

Garrafeira do Comendador 2003

Garrafeira do Comendador 2003Garrafeira do Comendador 2003

 

Em 2005, o lote perdeu a casta Aragonez -- foi feito apenas com Alicante Bouschet e Trincadeira. Apresentando-se menos encorpado e também com menor frescura do que o de 2003.

 

Garrafeira do Comendador 2005

Garrafeira do Comendador 2005Garrafeira do Comendador 2005

 

Todo um registo que se manteve no 2007, o último com o nome Garrafeira do Comendador.

 

Garrafeira do Comendador 2007

Garrafeira do Comendador 2007Garrafeira do Comendador 2007


Em 2009, o topo de gama da Adega Mayor passa a denominar-se Pai Chão. É também o ano do vinho Siza. E o lote volta a ter três castas: Alicante Bouschet, Trincadeira e Aragonez. Estando, em termos de prova, na linha do 2005 e do 2007, com os quais forma claramente um trio.

 

Pai Chão 2009

Pai Chão 2009

Pai Chão 2009


2011 é o primeiro lote a ser feito por Rui Reguinga, que mantém a Alicante Bouschet como casta dominante (80%) mas substitui a segunda variedade, que passa a ser a Touriga Nacional. Um perfil, aliás, que se irá manter nas duas edições seguintes. Sendo o vinho que mais se aproxima do registo do 2003. Embora naturalmente, dado ser mais novo, com mais fruta e com taninos mais vivos. Mas nota-se claramente um corte com os três anteriores e a busca de uma identidade próxima da do primeiro topo de gama da casa.

 

Pai Chão 2011

Pai Chão 2011Pai Chão 2011


2013. A primeira vindima de Rui Reguinga, que tinha começado a colaborar com a Adega Mayor no final de 2012. Ou seja, desta vez, para além de assinar o lote final, Rui Reguinga também já foi responsável pela vinificação. Este é ainda o ano do Entre Tantos, acabado de lançar no jantar de homenagem a Rui Nabeiro de maio de 2019. Estando o Pai Chão muito redondo, muito pronto.

 

Pai Chão 2013

Pai Chão 2013Pai Chão 2013


Depois, logo em 2014 voltou a haver Pai Chão. É o único topo de gama da Adega Mayor de um ano par. E também o único a ser lançado no ano imediatamente a seguir ao anterior. Estando, sem surpresa, mais vivo do que 2013.

 

Pai Chão 2014

Pai Chão 2014Pai Chão 2014


Concluída a viagem, o desfio seguinte de Rui Reguinga foi fazermos o percurso inverso. O que nos permitiu chegar ao superlativo 2003 com a reforçada certeza de que as edições que mais se aproximam do perfil inicial são as três mais recentes, a partir de 2011.

 

Rui Reguinga e Carlos Rodrigues

Adega Mayor

Rui Reguinga e Carlos Rodrigues: conhecer o passado para projetar o futuro

 

Quanto ao futuro, que é sempre o mais estimulante destas extraordinárias visitas ao passado, dois temas ficam agora em aberto, para reflexão.


Um, é a próxima edição do Pai Chão. Confirmar-se-á que se vai manter o estilo e o perfil atual? E qual será a colheita? Rui Reguinga ainda deixou escapar que talvez seja 2017. Mas, logo de seguida, acresentou, a sorrir, que o lote ainda não está feito...!


O outro tema é o topo de gama branco. Por enquanto, só tem havido topo de gama tinto. Será que no futuro irá mesmo existir um topo de gama branco da Adega Mayor? E qual deverá ser esse perfil? O que deverá ter (e ser) o melhor branco de sempre da Adega Mayor? E será um Pai Chão Branco ou terá outro nome?  

 

Tudo questões muito interessantes, para continuar a acompanhar nos próximos tempos!

 


Adega Mayor
Herdade das Argamassas, Campo Maior, Alentejo, Portugal

 

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publicado às 23:22

Entre Tantos tinto 2013, o vinho de homenagem a Rui Nabeiro

por Raul Lufinha, em 14.05.19

Entre Tantos tinto 2013Entre Tantos tinto 2013


Chama-se "Entre Tantos" o vinho de homenagem da família a Rui Nabeiro.


Já era um projeto antigo, possivelmente com mais de uma década.


Entretanto, o enólogo Rui Reguinga começou a colaborar com a Adega Mayor no final de 2012.


E, pelo menos desde então, começou a ser efetivamente preparada uma honenagem a Rui Nabeiro em forma de vinho – um vinho único e singular; uma edição especial que não se repetisse, do mesmo modo que há pessoas que não se repetem.


Claro que já tinha havido a homenagem ao arquiteto da adega, com o vinho Siza.


Mas agora era diferente, era uma homenagem ao próprio fundador do Grupo Nabeiro.

 

Tinha que ser ainda mais especial!


E tinha naturalmente que ser um vinho acima do topo de gama da casa, acima do Pai Chão – era esse o desafio para a equipa de enologia, só assim fazia sentido a homenagem a Rui Nabeiro: acima do topo de gama!


Pelo que o vinho começou a ser desenhado e pensado de raiz na vinha.


Só depois chegaria a vindima de 2013, a primeira de Rui Reguinga para a Adega Mayor.


Um ano extraordinário, em que foi possível fazer o topo de gama Pai Chão e também o Reserva do Comendador.


E em que Rui Reguinga, das 600 barricas de Alicante Bouschet, selecionou ainda as 12 melhores para fazer um varietal que, se tudo corresse como previsto, seria o tal vinho-tributo que Rita Nabeiro e a família lhe tinham pedido.


Após três anos de madeira e outros tantos de garrafa, o vinho foi finalmente apresentado na homenagem que a família prestou a Rui Nabeiro no dia nove de maio deste ano.


Tendo-se confirmado ser um vinho Mayor.

 

100% Alicante Boushchet, a casta que conquistou o Alentejo. E de uma vinha já madura, com 20 anos.


Denso, com uma cor granada profunda.


Nariz muito complexo – fruta preta madura, balsâmicos, fumados, chocolate preto.


Depois, na boca, mostra excelente volume e estrutura, tendo taninos finos e muito elegantes.


Terminando com um final longo, muito persistente.


E sendo um daqueles vinhos em que se sente que existe um enorme potencial de evolução.


Porém, com uma característica agradavelmente muito presente nos vinhos de Rui Reguinga e que nem sempre encontramos nos topos de gama, por vezes ainda muito fechados – é que pode ser apreciado desde já!

 

 

Entre Tantos tinto 2013"Entre tantos, há sempre um"

 

Ver também:

 

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publicado às 16:59

A páginas tantas, o vinho de homenagem a Rui Nabeiro também virou livro

por Raul Lufinha, em 13.05.19

Rita NabeiroRita Nabeiro foi a voz da família...

Adega Mayor... no jantar que decorreu na sala de barricas da Adega Mayor...

Rui Nabeiro... de homenagem a Rui Nabeiro...

Vítor Sobral... e cujo menu teve a assinatura do chef Vítor Sobral.

Vítor SobralO vinho de homenagem da família ao fundador do Grupo Nabeiro transformou-se também num livro...

Campo Maior... que começou com a sua terra, Campo Maior.

Campo MaiorDepois, passando a página, chega o capítulo da adega...

Vítor Sobral... obra Mayor do arquitecto Siza Vieira.

Carlos Rodrigues e Rui ReguingaCom os enólogos Carlos Rodrigues e Rui Reguinga a explicarem como fizeram o vinho da noite...

Adega Mayor
... prestes a ser apresentado.

Adega MayorSendo então a família a subir ao palco para virar a página...

Entre Tantos... do Entre Tantos...

Adega Mayor... o vinho de homenagem a...

Rui Nabeiro... Rui Nabeiro!

Rui NabeiroQue depois recebeu um brinde de toda a sala...

Entre Tantos tinto 2013... com o novo e muito especial Entre Tantos tinto 2013.

Entre Tantos tinto 20132800 garrafas que são...

Adega Mayor... a mais recente página a ser virada na extraordinária vida de Rui Nabeiro!

 

Ver também:

 

Adega Mayor
Herdade das Argamassas, Campo Maior, Alentejo, Portugal

 

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publicado às 20:37


Partilha de experiências e emoções gastronómicas

Raul Lufinha

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