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Como o nome sugere, o CAN THE CAN é um restaurante em que o produto principal são as conservas em lata – “canned food goes gourmet”.
E nada melhor para o representar do que um enorme lustre feito com quase três mil latas de conserva.
Fotografias: Can the Can Lisboa
CAN THE CAN | Praça do Comércio, 82/83, Lisboa, Portugal | Chef Akis (Kleanthis Konstantinidis)
Foi a 6 de Setembro de 2011 que o chef José Avillez inaugurou um espaço informal e descontraído, com uma cozinha de inspiração portuguesa mas com influências das suas viagens, ao qual deu o nome de CANTINHO DO AVILLEZ.
Ora, uma das peças que marca o espaço e contribui para criar esse ambiente leve e relaxado é uma instalação da autoria da artista Joana Astolfi intitulada “A Conversa Ainda Não Chegou à Cozinha” / “Never Eat More Than You Can Lift”, a qual consiste numa composição de várias peças de cozinha dos anos 1950 e 1960.
Fotografias: Joana Astolfi
CANTINHO DO AVILLEZ | Rua dos Duques de Bragança, 7, Lisboa, Portugal | Chef José Avillez
Fotografia: Ana Paula Carvalho / Máxima Interiores
A melhor forma de representar visualmente a cozinha de Henrique Mouro é uma mesa completamente posta – com toalha, pratos, talheres, copos, guardanapos, duas cadeiras, um candeeiro – …colocada do avesso no tecto do restaurante.
No ASSINATURA, inaugurado em Junho de 2010, Henrique Mouro pratica uma cozinha portuguesa contemporânea, “tradição presente”, com irreverência e criatividade, ou seja, com o seu toque pessoal, com a sua assinatura. Os sabores e os produtos estão todos lá – mas não necessariamente da forma mais óbvia. Tal como a mesa pendurada no tecto – que tem tudo mas está virada do avesso.
Fotografia: ASSINATURA
ASSINATURA | Rua do Vale Pereiro, 19, Lisboa, Portugal | Chef Henrique Mouro
Fotografias: ADN Aquarium Design
A qualidade da cozinha foi assegurada pela contratação do chef Miguel Castro e Silva, embora num registo mais contido do que o que praticava no seu próprio BULL & BEAR, no Porto.
Já o toque de contemporaneidade do restaurante, inserido num edifício do Patriarcado de Lisboa no Chiado e com a nave principal inscrita nos antigos claustros do Convento da Igreja dos Mártires, foi obtido através do projecto de arquitectura, design e decoração de Miguel Câncio Martins.
Apostando na interligação entre apontamentos de tradição e de modernidade, Miguel Câncio Martins utilizou no LARGO, como cores, o branco, o preto, o verde alface e o fúcsia. E misturou aspectos da construção original dos claustros – como as abóbadas em pedra descascada e os pilares estruturais da sala – com elementos modernos e de design arrojado.
De entre estes últimos, o mais original e marcante – e também o mais representativo do pretendido espírito trendy e sofisticado do restaurante – é o da existência de três aquários gigantes, com um volume total de 3.500 litros, habitados por medusas luminosas.
O biólogo Luís Câncio, da ADN Aquarium Design, responsável pela concepção, execução e manutenção dos aquários, referiu ao OJE (4/2010) que “os aquários do LARGO foram concebidos para assegurar que não existiam zonas onde as medusas pudessem ficar encurraladas – a circulação permite uma boa renovação da água que, ao mesmo tempo, não podia ser forte ao ponto de danificar ou sugar as medusas mais pequenas. As medusas são animais constituídos quase exclusivamente por água, muito frágeis e delicados, o que implicou que o sistema dos aquários fosse também desenhado para eliminar a entrada de bolhas de ar que poderiam provocar danos nos animais.”
No que respeita à manutenção, acrescentou, “este sistema de medusas requer cuidados adicionais, porque a fragilidade dos animais dificulta a limpeza interior do aquário, pois qualquer contacto pode danificar os seus tecidos.”
“As medusas expostas nos aquários do restaurante LARGO são da espécie Aurelia aurita. Presentes em todos os oceanos tropicais e temperados, são mais abundantes em águas costeiras, podendo ser encontradas em estuários e portos. Estas medusas são alimentadas diariamente com alimento vivo, produzido através de cistos de Artemia salina. Um pequeno crustáceo que é muito utilizado para alimentar peixes ornamentais de água salgada.”
Conforme refere Joana Sande de Freitas no OJE (4/2010), “as medusas possuem um efeito cénico muito original, potenciado pelo facto de permitirem utilizar uma iluminação diferente do usual e têm a particularidade de serem incolores e não possuírem células fotossintéticas, características que, conjugadas com um sistema de leds que não prejudica os animais, permitem criar um efeito mágico e um ambiente único de luz e cores ondulantes, propagadas pelas próprias medusas. O sistema de iluminação dos aquários é temporizado e regulável, variando entre as cores verde, encarnada, roxa, azul e a luz irradiada pelas próprias medusas, criando um movimento de dança e luminosidade único.”
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