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Pandemia dá novo sentido ao Gerações da Herdade Grande

por Raul Lufinha, em 15.05.20

Herdade Grande Gerações branco 2018

Herdade Grande Gerações branco 2018

Na Herdade Grande há um vinho que celebra as pessoas e o percurso centenário deste projeto familiar.

O Gerações, branco e tinto.

Um vinho que honra o contributo de cada geração para aquilo que são hoje os vinhos da Herdade Grande.

E, em especial, o papel decisivo de António Lança nestas últimas décadas.

Efetivamente, foi com a 3.ª geração que, a partir dos anos 80 do século passado, se deu uma profunda reconfiguração da Herdade Grande, com o aumento da área de vinha e com a aposta numa maior diversidade de castas, nacionais e estrangeiras.

Um experimentalismo que trouxe, pois, novas expressões ao terroir da Vidigueira.

E que está espelhado no Gerações.

Pandemia, novo sentido

Porém, de forma inesperada, a pandemia acabou por dar todo um novo sentido à mais recente edição do Gerações.

De facto, para este produtor, um dos efeitos da quarentena foi precisamente o isolamento ter sido feito na própria Herdade Grande.

E reunindo toda a família.

Avós, pais, filhos e netos.

Ou seja, a pandemia reuniu na Herdade Grande... todas as atuais gerações da Herdade Grande!

Mas mais.

Conforme explicou a Diretora-Geral Mariana Lança, o confinamento em família fez também com que todas essas gerações se envolvessem diretamente na atividade diária do projeto familiar.

Incluindo as crianças!

Que representam já a quinta geração!

E que desenharam um arco-íris de esperança junto aos portões da herdade.

O qual passou a marcar o ponto de recolha dos vinhos.

E foi depois transposto para um cartão que começou a ser incluído em cada uma das caixas que saía do armazém!

Sendo que um dos lançamentos que ocorreu durante a quarentena foi precisamente... o Gerações!

Ou seja, nesta pandemia, o Gerações ganhou um novo sentido!

Envolveu mesmo e de forma literal... todas as atuais gerações!

De facto, nada melhor do que as novas colheitas do Gerações... para representar o contributo de todas as gerações da Herdade Grande!

Branco 2018

Ora, das novas colheitas do Gerações, começámos por provar o branco.

Tem um PVP de 9,95 €.

É da vindima de 2018.

E continua a ser um estimulante – e pouco comum – lote de Verdelho e Alvarinho.

Verdelho sem madeira.

E Alvarinho com madeira.

Porém, o mais fascinante neste novo Gerações branco de 2018 é mesmo o cuidado que Diogo Lopes dedica à sedosa textura do vinho.

De tal forma, aliás, que, ao apresentá-lo, é precisamente nesta dimensão da textura que o enólogo da Herdade Grande coloca o acento tónico:

«É um lote de Verdelho e Alvarinho, integrando duas texturas que trabalhámos:

– O Verdelho fermentado em inox, a transparecer a sua expressão interessantíssima neste terroir, proporcionando a fruta e a frescura muito particular;

– E o Alvarinho fermentado em barrica, a proporcionar corpo, volume e untuosidade.»

Confirmando-se, pois, ser um branco intenso e complexo.

Em que, de forma bastante agradável, o que sobressai é a fruta cítrica – só se subirmos a temperatura, nomeadamente não usando frappé, é que começam a surgir notas mais tropicais.

Demonstrando imensa frescura – tem uma ótima acidez.

E apresentando também um ótimo corpo – é um branco denso na boca, provocando uma agradável sensação de volume e textura.

Sendo igualmente muito saboroso.

E tendo um final persistente.

À mesa

E que, à mesa, acompanhou muito bem dois queijos trazidos da QUEIJARIA de Pedro Cardoso – o Lola Montez, com 120 dias de cura, e o Comté, com 36 meses de maturação. Bem como dois pães do EPUR, do chef Vincent Farges, um de centeio, outro de mistura. Pickles de cebolinhas e de cenouras baby, feitos pela Marta em novembro passado. Frutos secos. E ainda a Marmelada Branca de Odivelas.

Um brinde

“Vamos todos ficar bem!”

Herdade Grande Gerações branco 2018

Verdelho em inox & Alvarinho em barrica

 

Ver também:

 

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publicado às 01:34


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Raul Lufinha

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