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Herdade Grande Gerações branco 2018
Na Herdade Grande há um vinho que celebra as pessoas e o percurso centenário deste projeto familiar.
O Gerações, branco e tinto.
Um vinho que honra o contributo de cada geração para aquilo que são hoje os vinhos da Herdade Grande.
E, em especial, o papel decisivo de António Lança nestas últimas décadas.
Efetivamente, foi com a 3.ª geração que, a partir dos anos 80 do século passado, se deu uma profunda reconfiguração da Herdade Grande, com o aumento da área de vinha e com a aposta numa maior diversidade de castas, nacionais e estrangeiras.
Um experimentalismo que trouxe, pois, novas expressões ao terroir da Vidigueira.
E que está espelhado no Gerações.
Pandemia, novo sentido
Porém, de forma inesperada, a pandemia acabou por dar todo um novo sentido à mais recente edição do Gerações.
De facto, para este produtor, um dos efeitos da quarentena foi precisamente o isolamento ter sido feito na própria Herdade Grande.
E reunindo toda a família.
Avós, pais, filhos e netos.
Ou seja, a pandemia reuniu na Herdade Grande... todas as atuais gerações da Herdade Grande!
Mas mais.
Conforme explicou a Diretora-Geral Mariana Lança, o confinamento em família fez também com que todas essas gerações se envolvessem diretamente na atividade diária do projeto familiar.
Incluindo as crianças!
Que representam já a quinta geração!
E que desenharam um arco-íris de esperança junto aos portões da herdade.
O qual passou a marcar o ponto de recolha dos vinhos.
E foi depois transposto para um cartão que começou a ser incluído em cada uma das caixas que saía do armazém!
Sendo que um dos lançamentos que ocorreu durante a quarentena foi precisamente... o Gerações!
Ou seja, nesta pandemia, o Gerações ganhou um novo sentido!
Envolveu mesmo e de forma literal... todas as atuais gerações!
De facto, nada melhor do que as novas colheitas do Gerações... para representar o contributo de todas as gerações da Herdade Grande!
Branco 2018
Ora, das novas colheitas do Gerações, começámos por provar o branco.
Tem um PVP de 9,95 €.
É da vindima de 2018.
E continua a ser um estimulante – e pouco comum – lote de Verdelho e Alvarinho.
Verdelho sem madeira.
E Alvarinho com madeira.
Porém, o mais fascinante neste novo Gerações branco de 2018 é mesmo o cuidado que Diogo Lopes dedica à sedosa textura do vinho.
De tal forma, aliás, que, ao apresentá-lo, é precisamente nesta dimensão da textura que o enólogo da Herdade Grande coloca o acento tónico:
«É um lote de Verdelho e Alvarinho, integrando duas texturas que trabalhámos:
– O Verdelho fermentado em inox, a transparecer a sua expressão interessantíssima neste terroir, proporcionando a fruta e a frescura muito particular;
– E o Alvarinho fermentado em barrica, a proporcionar corpo, volume e untuosidade.»
Confirmando-se, pois, ser um branco intenso e complexo.
Em que, de forma bastante agradável, o que sobressai é a fruta cítrica – só se subirmos a temperatura, nomeadamente não usando frappé, é que começam a surgir notas mais tropicais.
Demonstrando imensa frescura – tem uma ótima acidez.
E apresentando também um ótimo corpo – é um branco denso na boca, provocando uma agradável sensação de volume e textura.
Sendo igualmente muito saboroso.
E tendo um final persistente.
À mesa
E que, à mesa, acompanhou muito bem dois queijos trazidos da QUEIJARIA de Pedro Cardoso – o Lola Montez, com 120 dias de cura, e o Comté, com 36 meses de maturação. Bem como dois pães do EPUR, do chef Vincent Farges, um de centeio, outro de mistura. Pickles de cebolinhas e de cenouras baby, feitos pela Marta em novembro passado. Frutos secos. E ainda a Marmelada Branca de Odivelas.
Um brinde
“Vamos todos ficar bem!”
Verdelho em inox & Alvarinho em barrica
Ver também:
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