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João Paulo Martins… mostrando a diversidade e qualidade dos tintos do Douro Superior

por Raul Lufinha, em 16.06.14

João Paulo Martins

Jornalista, crítico da Revista de Vinhos e autor do guia “Vinhos de Portugal”, cuja 21.ª edição já prepara…

… João Paulo Martins conduziu em Foz Côa uma prova comentada que demonstrou a enorme diversidade e a qualidade dos tintos da sub-região do Douro Superior. 

Diversidade e qualidade que começa desde logo nas castas utilizadas no Douro Superior. João Paulo Martins escolheu quatro, cada uma delas ilustrada com um vinho monovarietal:

1 – Bastardo. De maturação precoce – era usada antigamente para aumentar a quantidade produzida – e quase sem cor, origina tintos desconcertantes, mais pálidos e deslavados do que a maioria dos rosés… mas que depois, na boca, são surpreendentemente poderosos. Aqui foi provado o Conceito Bastardo já de 2013.

2 – Tinto Cão. De maturação tardia e oxidação lenta, é muito usada para fazer os Porto vintage. A solo, pode dar um grande vinho nos anos especiais que permitem vindimas tardias no Douro Superior. Como sucedeu com o Dona Berta Tinto Cão Reserva de 2010.

3 – Tinta Barroca. Casta por excelência dos lotes de vinho do Porto, amadurece muito depressa, dando origem a vinhos gulosos e fáceis de beber. E mais ainda quando trabalhada em altitude no Douro Superior, como acontece no Muxagat Tinta Barroca de 2012.

4 – Touriga Nacional. Por muitos hoje considerada a casta portuguesa mais completa e equilibrada, era desprezada no Douro até aos anos 80 do século passado – só então se percebeu quão bem se adaptava às características específicas do Douro Superior. Cultivada em solo de granito, a casta tem no Monte Meão Touriga Nacional 2009 uma das suas melhores expressões!

Da direita para a esquerda:

Conceito Bastardo tinto 2013

Dona Berta Tinto Cão Reserva tinto 2010

Muxagat Tinta Barroca tinto 2012

A seguir, reforçando a ideia da diversidade na qualidade, João Paulo Martins apresentou dois vinhos produzidos no Douro Superior de acordo com as regras da agricultura biológica, o gastronómico Altano Quinta do Ataíde 2012... e o luxuoso Quinta do Monte Xisto 2011, seguramente um dos melhores vinhos portugueses!

Da direita para a esquerda:

Monte Meão Touriga Nacional tinto 2009

Altano Quinta do Ataíde tinto 2012

Quinta do Monte Xisto tinto 2011

Depois, mais dois vinhos com um denominador comum, desta vez, a componente de vinhas velhas: o Barão de Vilar Grande Reserva e o Quinta de Lubazim Grande Reserva, ambos de 2009.

Da direita para a esquerda:

Barão de Vilar Grande Reserva tinto 2009

Quinta de Lubazim Grande Reserva tinto 2009

Palato do Côa Reserva tinto 2011

Por fim, três exemplos de um dos pontos fortes do Douro Superior, os vinhos de lote: o Palato do Côa Reserva 2011, o Quinta do Vesúvio 2009…

Da direita para a esquerda:

Quinta do Vesúvio tinto 2009

Casa Ferreirinha Reserva Especial tinto 2003

… e, a encerrar a prova, um ‘quase Barca-Velha’, o Reserva Especial de 2003, da Casa Ferreirinha.

Casa Ferreirinha Reserva Especial tinto 2003

Uma prova de grande nível, sem dúvida com uma enorme variedade de tintos do Douro Superior e com uma elevadíssima qualidade – precisamente aquilo que João Paulo Martins pretendia demonstrar com esta sessão, que decorreu durante o Festival do Vinho do Douro Superior de 2014 e foi aberta ao público.

Os 11 vinhos da prova comentada dos tintos do Douro Superior

 

Ver também:

Douro Superior, uma sub-região a afirmar a sua  identidade

 

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publicado às 01:25


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