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A consagração do NOMA nos 50 Best 2021
2021 está a ser um ano absolutamente extraordinário para o NOMA, do Chef René Redzepi.
Depois de há três semanas ter sido finalmente distinguido com a terceira estrela Michelin – a classificação máxima do guia – o premiado restaurante dinamarquês foi agora eleito “o melhor do mundo” para os The World's 50 Best Restaurants.
Claro que estas classificações são naturalmente sempre muito discutíveis.
Mas é também indesmentível que, com todos os seus defeitos e inconvenientes, o guia Michelin e a lista dos 50 Best são as duas mais relevantes e influentes classificações de restaurantes que existem a nível mundial.
Cozinha nórdica e Copenhaga, capital do mundo
Ainda nos 50 Best deste ano, destaque também para a enorme vitalidade que a cozinha nórdica continua a demonstrar e, bem assim, para a fervilhante cidade de Copenhaga, que se assume como uma autêntica capital do mundo gastronómico, ao alcançar o notável feito de conseguir ter os dois melhores restaurantes do mundo, ou seja, os dois primeiros classificados da lista de 2021, NOMA e GERANIUM – curiosamente, dois dos restaurantes que tínhamos visitado na nossa última viagem antes do início da pandemia, no final de fevereiro de 2020 (NOMA, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui; GERANIUM, aqui, aqui, aqui e aqui).
O melhor português
Por último, uma referência de louvor àquele que, para o júri dos 50 Best, continua a ser o melhor restaurante português: o BELCANTO, de José Avillez. Mantém a posição 42. E é, aliás, novamente em 2021 o único restaurante português a conseguir a proeza de estar no Top 100 dos melhores do mundo.
A lista dos 50 melhores do mundo de 2021
Ver também:
Gwendal Poullennec e René Redzepi
A nomeação de Gwendal Poullennec para responsável máximo do Guia Michelin, em setembro de 2018, tinha trazido a promessa de ventos de mudança.
E, de facto, até tem havido um esforço para tornar os guias mais digitais, mais inclusivos e mais verdes.
Porém, a grande mudança aconteceu ontem.
O Guia Michelin rendeu-se às evidências e finalmente atribuiu ao NOMA a terceira estrela!
A novidade surgiu na apresentação do guia dos Países Nórdicos de 2021.
E veio ainda acompanhada da atribuição a René Redzepi do “Michelin Chef Mentor Award” como reconhecimento pela enorme influência que teve (e tem) sobre os inúmeros chefs que passaram pela sua cozinha.
Um feito absolutamente notável para René Redzepi – mais um.
Mas quem verdadeiramente está de parabéns é o próprio Guia Michelin, por finalmente ter conseguido ultrapassar os preconceitos anti-nórdicos dos mais acérrimos defensores das cozinhas que René Redzepi deixou para trás – nomeadamente a francesa e a espanhola, mas não só – a fim de reconhecer aquilo que para muitos sempre foi óbvio: o NOMA é um restaurante três estrelas!
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