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Diogo Amorim na nova GLEBA
A padaria GLEBA tem uma nova casa!
Fundada por Diogo Amorim em 2016, um cozinheiro que andou pelo universo da alta cozinha antes de se dedicar à padaria, foi no início deste mês de junho que a precursora da atual vaga de padarias artesanais – em Lisboa e não só – deixou o pequeno espaço inicial, na Rua Prior do Crato, e mudou-se para um antigo armazém de vinho na vizinha Rua Maria Pia, praticamente ao virar da esquina, em Alcântara.
Na nova GLEBA, Diogo Amorim faz mais pão... e ainda melhor pão
Ora, o ganhar de escala de uma bem sucedida produção artesanal tem sempre o enorme desafio da manutenção da identidade original do projeto e da sua qualidade inicial.
Algo que o crescimento, infelizmente, nem sempre permite que aconteça.
Porém, o mais interessante desta mudança de instalações da GLEBA é que o objetivo de Diogo Amorim não foi apenas o de passar a produzir mais pão!
Claro que o objetivo é aumentar e diversificar a produção, de modo a que o «pão verdadeiro» da GLEBA – como Diogo Amorim lhe gosta de chamar – fique mais acessível e chegue a um número cada vez maior de pessoas.
Contudo, em simultâneo, o objetivo é também passar a fazer ainda melhor pão!
Efetivamente, com esta nova unidade, Diogo Amorim fica mais perto de conseguir fazer o “pão perfeito”, o “pão ideal”, o pão que tem na sua cabeça!
Desde logo, porque mantém inalterados aqueles que sempre foram os pilares do pão de alta qualidade da GLEBA:
– Cereais portugueses, preferencialmente de pequenos agricultores e de variedades tradicionais;
– Moagem feita pela própria GLEBA e em mós de pedra, a fim de obter uma farinha rica e integral;
– Utilização da farinha fresca, ou seja, moída há menos de 24 horas, de modo a ser usada no auge das suas características aromáticas e nutritivas e, também, a dispensar o recurso a corantes e conservantes;
– Fermentação natural, com massa velha, durante mais de 24 horas.
E depois porque – mantendo embora a identidade do pão e a sua natureza artesanal o mais que lhe é possível – introduziu igualmente toda uma série de alterações no processo produtivo que lhe permitem aumentar a consistência e a eficiência da operação.
A mais significativa das quais é a zona das massas passar agora a ser uma sala fechada, com a humidade e a temperatura controladas.
Como é sabido – no pão como no vinho – a fermentação é altamente sensível à temperatura e à humidade exterior.
Pelo que esta inovação da GLEBA representa um enorme avanço!
Deixando de existir qualquer influência das condições climatéricas logo na fase inicial de fermentação do pão – e não apenas na subsequente etapa da câmara de fermentação, como acontecia nas antigas instalações.
O que faz aumentar significativamente a consistência do pão.
Permitindo uma qualidade muito mais constante e uniforme!
A zona das massas é agora uma sala fechada, com a humidade e a temperatura controladas
Mas há outras inovações!
Como o novo forno.
Um forno maior – permitindo aumentar o número diário de fornadas.
Um forno melhor.
E também mais funcional.
Que veio especialmente da República Checa.
E até tem um tapete rolante!
Diminuindo o trabalho manual e dispensando as tradicionais pás.
O novo forno tem um tapete rolante
Novidade, também, é a nova GLEBA ter dois pisos.
No piso superior irão funcionar os escritórios.
E também uma zona privada para os colaboradores da padaria.
Efetivamente, outra das preocupações que Diogo Amorim teve na mudança para o novo espaço foi melhorar as condições de trabalho dos colaboradores da padaria.
O piso superior é uma área privada
Mas as novidades não se ficam por aqui.
O novo edifício tem um pátio... que Diogo Amorim vai transformar numa esplanada!
Tendo uma porta que dá acesso direto à rua!
O pátio onde irá funcionar a esplanada da GLEBA
Grande novidade na GLEBA é também a cada vez maior diversidade da oferta!
Com novas variedades de pães!
E em diferentes formatos!
Incluindo pães mais pequenos.
Uma aposta, pois, na diversidade de pão que continuará a ser reforçada nos próximos tempos.
E de que é exemplo o lançamento, já nas atuais instalações, de um «pão de alta hidratação» – o novo “Pão de Água” ou “Pão da Avó”.
Cada vez maior variedade de pães
Mas mais!
Diogo Amorim contou igualmente ao Mesa do Chef que vai também apostar forte nos «pães festivos»!
Pães festivos fermentados de forma natural.
Com efeito, no seguimento do sucesso da Regueifa Doce da Páscoa deste ano e da subsequente edição limitada de dois Panettones – um clássico, outro com chocolate – que esgotaram completamente, a GLEBA irá em breve passar a incluir o Panettone na sua habitual oferta de fim de semana.
Porém, as boas notícias não ficam por aqui!
Também haverá excelentes novidades lá mais para o Natal!
Com efeito, Diogo Amorim confidenciou ainda ao Mesa do Chef que este ano, com as novas instalações, a GLEBA já estará finalmente em condições de avançar para a produção... dos seus próprios Bolo-Rei e Bolo-Rainha de fermentação natural!
Não é só na loja da GLEBA que encontramos o pão da GLEBA
Outra linha de atuação da GLEBA que esta nova unidade de produção vem acentuar é o fornecimento de pão a lojas e a restaurantes.
De facto, cada vez mais, não é só na própria loja da GLEBA que encontramos... o pão único da GLEBA!
Um pão muito rico e saboroso, que Diogo Amorim diz ser «como o das nossas Avós, especialmente quanto à qualidade das matérias-primas e ao sabor, mas adaptado às exigências do século XXI, nomeadamente em termos de segurança, higiene e conforto.»
Rua Maria Pia
Triste-Feia... by Fulvio Capurso / @fulvietl
As traseiras da nova GLEBA – fazendo ainda falta que a Câmara Municipal de Lisboa ou a Junta de Freguesia da Estrela, após a requalificação da zona, coloquem igualmente pilaretes para combater a falta de civismo do estacionamento selvagem
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