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Luís Barradas apoiando Leonardo Pereira, que começou por empratar as ervilhas
Na mesa, a expectativa para o prato seguinte era grande – seria a última apresentação do Chef de Produto do NOMA e estávamos todos à espera do que faria Leonardo Pereira com o cherne.
Contudo, assim que chega o prato, a perplexidade é geral: mas onde é que está o peixe?!?!
Com efeito, depois de na incursão anterior ter colocado o nabo no centro do prato, sobrepondo-o ao salmonete, agora Leonardo Pereira foi ainda mais longe…
… e dissimulou o peixe!
É que o cherne (muito branco) estava empratado como se fosse mais uma das brancas folhas de endívia espalhadas pelo prato…!
Em destaque, apareciam agora umas ervilhas cortadas ao meio (!), tal como aliás Leonardo Pereira já tinha feito com as favas dos ouriços-do-mar.
Fiel aos princípios da Nova Cozinha Nórdica, Leonardo Pereira arriscou mais uma vez um prato experimental, com uma forte carga ideológica…
… voltando a correr o risco de poder ser incompreendido.
Mas foi uma aposta ganha (!) tendo o chef Português apresentado um conjunto muito saboroso e intenso, conseguindo demonstrar que o peixe e a carne não têm que ser os elementos principais da alimentação humana!
Mais um grande momento do Sangue na Guelra 2014...!
Num prato da ceramista Cátia Pessoa, "Cherne, Endívias e Caldo de Algas Doces"
Ver também:
Sangue na Guelra, os 14 pratos do Dia 2
Ouriços-do-Mar… e Leonardo Pereira com Sangue na Guelra, utilizando o azeite proibido no NOMA
NOMA: (IV) O nosso homem no melhor restaurante do mundo
Fotografias: Marta Felino
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