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Aníbal Coutinho e o primeiro Escondido branco
O JACINTO funciona numa tranquila moradia na zona antiga de Telheiras, junto à Segunda Circular e à Escola Alemã.
Sendo uma referência na zona norte de Lisboa, conhecido pela cozinha tipicamente portuguesa e pela qualidade da garrafeira.
Atualmente, está à frente da cozinha a chefe guineense Samira Cuino.
E a carta de vinhos é assinada pelo enólogo Aníbal Coutinho.
A qual inclui também os seus próprios vinhos, que foram o pretexto para revisitar O JACINTO após as obras de renovação realizadas no verão de 2017.
Salada de Feijão-Frade com Atum, Broa de Milho, Salada de Pimentos, Salada de Polvo
Pelo que, com os primeiros petiscos, Aníbal Coutinho apresentou o seu fácil e expressivo Astronauta Arinto de 2017.
Produzido na região dos Vinhos Verdes, não tem madeira, ressaltando a frescura das notas de frutos cítricos e ananás.
Aníbal Coutinho…
… e o Astronauta Arinto branco 2017
Entretanto, chegaram ainda uns ótimos ovos mexidos com farinheira, bastante cremosos.
Ovos Mexidos com Farinheira
E depois Aníbal Coutinho serviu um tinto também da gama Astronauta, o Touriga Nacional – de 2016, feito em Lisboa, foi vinificado em cuba de inox na presença de madeira de carvalho americano e apresenta as típicas notas varietais de bergamota e violeta.
Como Aníbal Coutinho gosta de dizer, os Astronauta são uma educação para as castas, são vinhos feitos para dar a conhecer as caraterísticas de cada uma das diversas variedades – daí que, para além das portuguesas Arinto e Touriga Nacional, o enólogo trabalha igualmente Chenin Blanc e Pinotage (África do Sul), Riesling (Alemanha) e Gamay (França).
Aníbal Coutinho…
… e o Astronauta Touriga Nacional tinto 2016
Uma das especialidades da chefe Samira é o caril de gambas.
Estava excelente – muito suave e elegante!
Caril de Gambas com Arroz Basmati
Sendo então que Aníbal Coutinho apresenta a grande novidade do almoço!
O primeiro Escondido… branco!
Com efeito, ao icónico – e mais caro – vinho tinto da região de Lisboa, cujo PVP da colheita mais recente (2012) ronda os 150 €, o enólogo juntou-lhe agora um irmão.
Ou uma irmã, que o arquiteto Fernando Ávila representou-o no rótulo com uma figura feminina e acrescentou ainda uma discreta perna à última letra da palavra “Escondido”, de modo a que também possa ser lida “Escondida”…
Para esta primeira edição, são apenas 300 garrafas de 75 cl – ao almoço foi aberta a n.º 29.
É um complexo branco de curtimenta, feito a partir de uvas das castas Arinto e Alvarinho provenientes de uma vinha com 10 anos idade, que teve um breve estágio numa barrica nova de carvalho francês, com tosta média.
Demonstrando desde já uma enorme vocação gastronómica – poderoso e elegante, enche-nos a boca, sobressaindo as notas cítricas, a mineralidade e o discreto fumado da barrica.
Um grande vinho!
Entretanto, chegou o vinho… que marcou o almoço
De Aníbal Coutinho…
… o Escondido branco 2015
E de facto, confirmando a excelente impressão que já tinha deixado na prova a solo, o Escondido branco aguentou perfeitamente os embates com as sempre difíceis notas do picante caril... e do avinagrado arroz de cabidela!
Arroz de Cabidela com Frango do Campo
E deu até luta – o Escondido branco – às sobremesas de chocolate!
Mousse de Chocolate + Chiffon de Chocolate
Tendo ficado, pois, na memória deste regresso a’O JACINTO, o primeiro branco Escondido.
A marca topo de gama de Aníbal Coutinho, a marca que é a verdadeira assinatura do enólogo Aníbal Coutinho no mundo dos vinhos e o legado que deixa aos filhos, agora também tem um vinho branco!
O JACINTO, tranquilo e recatado
Av. Ventura Terra, 2, Telheiras, Lisboa, Portugal
Chefe Samira Cuino
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