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No táxi, atravessando a montanha nevada, já só a 5 km do destino
A placa que marca a entrada na aldeia chamada Fäviken
As poucas casas da aldeia
O FÄVIKEN é a casa encarnada, à esquerda
Chegar ao FÄVIKEN é uma aventura.
O restaurante de Magnus Nilsson fica a três quartos de hora de distância da estação de comboios mais próxima – Åre – estância de ski na qual é necessário apanhar um táxi pré-reservado que atravessa a montanha a corta-mato sempre num cenário de neve e pinheiros que mais parece uma etapa do Rali da Suécia.
Porém, para se ter chegado a Åre, foi preciso apanhar o comboio: ou em Estocolmo, cuja viagem de 600 km, não havendo transbordos, dura menos de oito horas; ou em Östersund, cidade do centro da Suécia a 80 km de Fäviken cujo aeroporto tem ligações diretas à capital e a várias cidades europeias; ou então, como foi o nosso caso, em Trondheim, terceira cidade da Noruega, servida por aeroporto e que fica a 120 km do FÄVIKEN, proporcionando uma viagem de beleza incalculável desde a costa norueguesa até à Suécia profunda mas obrigando a uma mudança de comboio logo a seguir à fronteira.
Outra possibilidade é alugar um carro, havendo quem prefira ter a experiência de conduzir pela floresta em estradas brancas cobertas de gelo e neve.
No entanto, qualquer que seja a forma escolhida para chegar ao FÄVIKEN, o essencial é que se chegue de dia – o que, aliás, é especialmente difícil perto do solstício de inverno, quando apenas há cerca de quatro horas de luz solar.
Com efeito, só chegando de dia é que se consegue perceber quão rigoroso é o inverno nas inóspitas montanhas da região de Jämtland – só se vê neve!
E compreender que todas as ancestrais técnicas utilizadas para a conservação dos produtos que estão na base da cozinha autêntica de Magnus Nilsson no FÄVIKEN – do secar ao fumar, passando pelas compotas, pickles e conservas – não são uma questão de estilo de cozinha mas antes uma necessidade básica de sobrevivência face ao implacável rigor da estação fria.
Ou seja, para verdadeiramente se perceber – e sentir na pele – o que vai ser servido no FÄVIKEN é decisivo chegar bem antes da hora marcada para o início do jantar.
Finalmente, o FÄVIKEN MAGASINET
Entretanto, o táxi prosseguiu viagem… ou seja, regressou a Åre
E do interior do FÄVIKEN surgiu uma simpática senhora, loura e sem frio, que nos levou para dentro de casa
Ver também:
FÄVIKEN, uma experiência total
Fotografias: Marta Felino e Raul Lufinha
Fäviken 216, Järpen, Suécia
Chef Magnus Nilsson
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