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De regresso ao frio de Copenhaga mais de seis horas após a entrada no NOMA, fica na memória a refeição de uma vida.
Naquele tempo e naquele espaço – como René Redzepi gosta de dizer – viveu-se de facto uma experiência única, inesquecível. E de profunda empatia com quem nos recebeu.
Muito obrigado ao chef René Redzepi e a toda a sua magnífica equipa, em especial ao Leonardo Pereira – foram absolutamente inexcedíveis.
NOMA, Abril 2013:
(fim)
Fotografia: Marta Felino / Flash Food
NOMA | Strandgade 93, Copenhaga, Dinamarca | Chef René Redzepi
René Redzepi
Leonardo Pereira, o jovem chef português que trabalha no NOMA, conduziu o Mesa do Chef numa visita guiada aos bastidores do restaurante. A qual culminou numa animada conversa com René Redzepi na área do piso superior reservada ao staff, onde existe a cozinha de testes, a cantina, a biblioteca, o escritório e um jardim interior de ervas – um espaço inaugurado em 2012.
A cozinha de testes
O jardim de ervas
Mas a visita tinha começado no rés-do-chão, pela cozinha de finalização, que é aberta e visível da sala, já passava das cinco da tarde...
A cozinha de finalização
Umas das características do NOMA é que não tem uma mas várias cozinhas, espalhadas por dois andares. Curiosamente, o fluxo da cozinha vai ser redesenhado este Verão e em Julho de 2013 o restaurante irá fechar um mês para obras.
A preparação das manteigas (descritas aqui)
A secção dos snacks (onde são reconhecíveis a lata das bolachas, o ovo de codorniz, o prato do musgo, o flatbread)
Work in progress
Nas traseiras do NOMA há duas áreas ao ar livre essenciais para o restaurante. Uma é o barbecue.
Leonardo Pereira no barbecue
E a outra é a despensa. Como na Dinamarca o clima é muito frio, a despensa pode ser no exterior dos edifícios, funcionando como um frigorífico natural...
Leonardo Pereira na despensa mostrando o musgo que depois será frito (sendo também reconhecíveis ramos de pinheiro, beterrabas, cebolas, alho-francês)
Ali Sonko, o carismático head dishwasher do NOMA
Regressando ao edifício e subindo ao primeiro piso, está uma estante com livros. E alguns objectos conhecidos...
Estante
A seguir, surge a cozinha de preparação. Ao fundo da qual fica a porta que dá acesso à sala onde estava René Redzepi – e onde foram tiradas as fotografias que abrem este post.
Cozinha de preparação
Ingredientes para refeições futuras (os balões azuis têm puré de cassis)
Leonardo Pereira e a sapateira
(continua)
Fotografias: Marta Felino / Flash Food
NOMA | Strandgade 93, Copenhaga, Dinamarca | Chef René Redzepi
Igualmente surpreendente foi o facto de o aparente bolo de chocolate… nem ser bolo… nem ter chocolate…
Com efeito, quer a capa, quer o crumble eram de malte! Malte nórdico…
E o interior era gelado – gelado de um iogurte islandês especial…
Tendo sido servido numa ardósia completamente gelada.
(continua)
NOMA | Strandgade 93, Copenhaga, Dinamarca | Chef René Redzepi
No NOMA, o café é brasileiro. Sendo muito suave e saboroso.
(continua)
NOMA | Strandgade 93, Copenhaga, Dinamarca | Chef René Redzepi
Ao lado da sala de refeições, o NOMA tem um segundo espaço, utilizado nomeadamente como bar.
(continua)
Fotografia: Marta Felino / Flash Food
NOMA | Strandgade 93, Copenhaga, Dinamarca | Chef René Redzepi
A última mignardise foi o momento mais doce da refeição.
Vinha dentro de uma caixa metálica e era uma pele de porco crocante, coberta com chocolate de leite e cassis.
Ou, como Leonardo Pereira disse na brincadeira, um “torresmo refinado”…!
(continua)
Fotografias: Marta Felino / Flash Food
NOMA | Strandgade 93, Copenhaga, Dinamarca | Chef René Redzepi
Com o café, a primeira mignardise foi uma espécie de rebuçado de beterraba e alcaçuz.
(continua)
Fotografias: Marta Felino / Flash Food
NOMA | Strandgade 93, Copenhaga, Dinamarca | Chef René Redzepi
A mesa, no final da refeição – estando em destaque a jarra onde se escondia o flatbread.
E as cadeiras – com a pele nas costas, tão típica da Escandinávia.
(continua)
Fotografias: Marta Felino / Flash Food
NOMA | Strandgade 93, Copenhaga, Dinamarca | Chef René Redzepi
A segunda sobremesa – e último prato do menu – consistiu na junção dos sabores de batata e ameixa que já é um clássico do NOMA.
Com três listas, três cores, três sabores, três texturas, três temperaturas:
Branco – um creme frio de natas batidas, que tinha sido trabalhado com caroços de ameixa;
Amarelo – um puré de batata quente. Aveludado, saborosíssimo e pouco doce, ou seja, perfeito;
Castanho – uma compota de ameixa, servida fresca.
Sendo a sobremesa finalizada já na mesa com um caldo frio de ameixa.
"Potato and plums"
O mais curioso foi o conselho que fechou a apresentação do prato:
– “Depois de provarem cada um dos ingredientes separadamente, misturem tudo!”
E efectivamente o sabor do todo conseguiu ser superior à soma dos excelentes sabores de cada uma das partes.
(continua)
Fotografias: Marta Felino / Flash Food
NOMA | Strandgade 93, Copenhaga, Dinamarca | Chef René Redzepi
"Quince and milk"
É a mais recente sobremesa do NOMA e nela brilha o marmelo – presente no recheio de uma espécie de raviólis feitos não de massa mas de leite e depois também numa calda fria servida já na mesa.
Bastante refrescante. E muito pouco doce, como todas as sobremesas do NOMA.
(continua)
Fotografias: Marta Felino / Flash Food
NOMA | Strandgade 93, Copenhaga, Dinamarca | Chef René Redzepi
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