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O primeiro Palhete da Ramalhosa

por Raul Lufinha, em 23.08.21

Quinta da Ramalhosa em Lisboa: enóloga Patrícia Santos e produtor Micael Batista

Quinta da Ramalhosa em Lisboa – enóloga Patrícia Santos e produtor Micael Batista

O nosso interesse pelos vinhos da Quinta da Ramalhosa já não é novo, sendo este um prometedor projeto que vimos seguindo há alguns anos. O primeiro contacto ocorreu ainda em 2018, quando, no âmbito da ida a Nelas para integrar o júri do concurso de vinhos da Feira do Vinho do Dão, a Quinta da Ramalhosa foi, dos vários projetos acompanhados pela enóloga Patrícia Santos, um dos quatro que visitámos “in loco”. Uma visita rápida e extra-programa, na qual o produtor Micael Batista e a enóloga Patrícia Santos deram a provar vários brancos e tintos já engarrafados, mas ainda sem rótulo, incluindo um (feito já pela enóloga) que se destacava especialmente, o tinto de 2017.

Tendo sido, pois, com enorme expectativa que este verão recebemos a notícia do primeiro Palhete da Quinta da Ramalhosa:

«A Quinta da Ramalhosa acaba de lançar no mercado o Quinta da Ramalhosa Palhete 2019.

Pelas mãos de Micael Batista, o jovem produtor do Dão, e Patrícia Santos, a enóloga do projeto, este primeiro palhete surge da vontade de recriar os vinhos feitos pelo avô de Micael, no mesmo lagar de pedra que ainda hoje é utilizado.

Este palhete é um vinho que, além de homenagear o avô Adriano, conta a história da vida e do vinho do Dão de outros tempos. Ali não se faziam brancos, e os tintos queriam-se prontos para beber cedo. Em março, com a chegada da primavera, começava-se a consumir o vinho novo, que estava já pronto a beber, sem taninos duros e com cores claras e apelativas. Eram os chamados “rosados do Dão”. Tal como agora, as uvas tintas e brancas eram pisadas no lagar, dando origem a um vinho aberto, leve e aromático, feito a partir do blend da vinha, com cerca de 15% de uva branca, o que equilibra a acidez, confere um paladar suave e surpreende à mesa.

“O vinho era parte da vida do campo, era o alento e a força para o trabalho, razão para ser um vinho simples de beber logo na "bucha" da manhã. Os costumes da região e a tradição da família é o que se pode encontrar dentro de uma garrafa deste Quinta da Ramalhosa Palhete 2019 que apresentamos agora. Este é um vinho que tem em si muita história, que muito nos orgulha, e que quisemos contar da forma que sabemos melhor, fazendo um vinho que recria o vinho que o meu avô aqui fazia” – afirma Micael Batista.

De denominação DOC Dão, o Quinta da Ramalhosa Palhete 2019 é composto por 13 castas: Alfrocheiro, Touriga Nacional, Jaen, Baga, Tinta Pinheira, Tinta Roriz, Bastardo, Malvasia Fina, Encruzado, Uva Cão, Bical, Fernão Pires e Rabo de Ovelha. Aqui as uvas são colhidas manualmente, e não são desengaçadas, e a fermentação é feita em lagar, com a uva inteira e pisa a pé. Este processo, que conta com a experiência da enóloga Patrícia Santos, incluiu, de seguida, um estágio de 6 meses em inox, após o qual o vinho foi engarrafado, permanecendo 12 meses em garrafa, até estar pronto para consumo.

A partir de agora, o Quinta da Ramalhosa Palhete 2019 já está disponível (PVP €25,00) em diversas lojas online, como a Outwine (www.outwine.com), a Garrafeira INformal (www.garrafeirainformal.pt), a Adegga (www.adegga.com) ou a RESERVA86 (www.reserva86.pt), em garrafeiras, como a Copo d’Uva, no Porto, bem como nas cartas de alguns restaurantes por todos o país.

Com uma produção de apenas 1200 garrafas, o Quinta da Ramalhosa Palhete 2019 é produzido exclusivamente a partir das uvas da Quinta da Ramalhosa, situada na sub-região de Besteiros, caracterizada pelas manhãs húmidas e temperaturas amenas da zona de Tondela, onde o efeito da barragem da Aguieira confere aos vinhos uma elegância que define a região».

Um vinho especial, que, nestes dias de pandemia, foi apresentado no mês passado não numa sessão única, como era habitual nos tempos pré-covid, mas antes em diversas sessões dirigidas a pequenos grupos.

Tendo o Mesa do Chef tido a oportunidade de assistir a uma apresentação que decorreu na esplanada da TASCA DA ESQUINA, em Lisboa.

A qual contou com a presença do produtor e da enóloga.

E decorreu em dois momentos distintos.

Primeiro, numa prova a solo, na qual o Palhete deixou desde logo ótimas indicações.

E depois em conjunto com os pratos do Chefe Vítor Sobral, que foi como o Palhete da Quinta da Ramalhosa mais brilhou, revelando-se extremamente versátil e gastronómico, tendo funcionado muito bem com carne, peixe e marisco:

«Vinho cheio de aroma, muito fresco, onde a fruta impera.

No início o pêssego preenche o nariz, crescendo para frutos do bosque (amora, mirtilo, framboesa), no fim de boca sente-se o bosque e a caruma verde, finalizando com um retronasal a melancia.

Na boca é de uma elegância que surpreende, acidez muito marcante, suave e muito prolongado.

Robusto para acompanhar carne, ceviche, sushi, pratos de mar, legumes, peixes com alguma gordura, carne, enchidos e queijos».

Quinta da Ramalhosa Palhete 2019

Quinta da Ramalhosa Palhete 2019

Porém, o Palhete de 2019 não foi o único vinho apresentado. Houve mais três novidades da Quinta da Ramalhosa, todas elas igualmente muito gastronómicas e a pedir mesa. Um branco, o Field Blend 2018 (14 €), que retrata a complexidade de um lote feito na vinha com variedades como Borrado das Moscas (Bical), Malvasia Fina, Encruzado, Fernão Pires e Rabo de Ovelha, apresentando uma acidez vibrante. E ainda dois tintos, ambos de 2017, primeiro o Field Blend (16 €) e, a seguir, o Alfrocheiro / Touriga Nacional (16 €), este último o tal entusiasmante tinto de 2017 que tinha sido o principal destaque da prova efetuada na nossa visita de 2018 à Quinta da Ramalhosa, então naturalmente ainda muito novo e a precisar de tempo em garrafa, e que agora se apresenta completamente pronto e elegante!

Quinta da Ramalhosa

4 novidades – Quinta da Ramalhosa Field Blend Branco 2018 / Quinta da Ramalhosa Palhete 2019 / Quinta da Ramalhosa Field Blend Tinto 2017 / Quinta da Ramalhosa Alfrocheiro e Touriga Nacional Tinto 2017

 

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publicado às 19:39

Três dias à descoberta dos vinhos de Trás-os-Montes

por Raul Lufinha, em 17.08.21

Eng. Francisco Pavão na apresentação do primeiro vinho de lagar rupestre certificado

Eng. Francisco Pavão na apresentação do primeiro vinho de lagar rupestre certificado

A convite da Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes (CVRTM), o Mesa do Chef, conjuntamente com o jornal Público (José Augusto Moreira) e as revistas especializadas Grandes Escolhas (Valeria Zeferino) e Paixão pelo Vinho (Maria Helena Duarte), integrou uma press trip de três dias para visitar a região e contactar diretamente com produtores locais, sob o lema “Viver, Sentir e Provar Trás-os-Montes”.

Uma experiência muito rica e intensa, que começou e terminou à mesa – efetivamente, é à mesa que melhor se celebra o vinho!

De modo que, entre a CASA DE SOUTO VELHO, da D. Eufrásia e do Sr. Osvaldo, junto a Vidago – que, embora não sendo propriamente uma “taberna”, integra a Rede de Tabernas do Alto Tâmega – e o restaurante MARIA RITA, em Jerusalém do Romeu, passando também pela QUINTA DA MATA, em Vilar de Nantes, a 3 km de Chaves, foi possível conhecer as novidades da Quinta de Arcossó (Amílcar Salgado), Quinta do Ermeiro (Fernando Batista), Encostas de Volfrâmio (Eufrásia Almeida), Mont’Alegre (Francisco Gonçalves), Encostas de Sonim (Dina Pessoa), Delectatio (Aires Viriato) e Casal Cordeiro (Carlos Cordeiro), bem como visitar os produtores Quinta Serra d’Oura (Carlos Bastos), Palmeirim d’Inglaterra (Ricardo Sá Fernandes), Romano Cunha (Mário Cunha), Costa Boal (António Boal), Casa do JOA (Jorge Ortega Afonso) e Valle Pradinhos.

Momento central da visita à região do canto nordeste de Portugal foi igualmente o lançamento do primeiro vinho de lagar rupestre (ou seja, de lagar cavado na rocha) certificado – certificado como “método tradicional transmontano”!

Tudo experiências sobre as quais aqui iremos falar nos próximos dias e semanas.

E que permitiram ao Mesa do Chef testemunhar in loco e de viva voz o extraordinário trabalho desenvolvido pela CVRTM em prol dos produtores da região, especialmente pelo presidente Francisco Pavão, pela enóloga Ana Alves e pelo responsável do departamento de certificação Aristides Alvarez.

Trás-os-Montes é uma terra de grandes vinhos... que merecem ser conhecidos!

(continua)

 

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publicado às 22:58

Arrebita Portimão regressa em agosto

por Raul Lufinha, em 15.08.21

Arrebita Portimão 2021

 

«Depois do enorme sucesso de 2020, o Arrebita volta à cidade de Portimão para uma segunda edição que promete voltar a agitar as ruas do centro histórico da cidade! Com datas marcadas para o fim-de-semana de 21 e 22 de agosto, o Arrebita Portimão, uma parceria entre a Amuse Bouche e a C. M. Portimão, reúne mais de 30 chefs que irão prestar homenagem à melhor matéria-prima local.

À semelhança do que tem vindo a acontecer em todos os eventos Arrebita, a programação conta com nomes consagrados do panorama gastronómico nacional, mas também com jovens talentos em ascensão. O desafio? Inspirarem-se na costa portuguesa e na serra algarvia para a criação de pratos únicos que terão um preço fixo de 6 €. A entrada é gratuita.

Entre os cozinheiros presentes (cartaz final abaixo) destaca-se a presença de seis chefs vindos de cozinhas premiadas com estrela Michelin: João Oliveira (VISTA, Portimão, 1* Michelin), que se apresenta pela primeira vez à cidade que o acolheu fora da cozinha do Bela Vista Hotel & Spa, Pedro Almeida (MIDORI, Sintra, 1* Michelin), Rui Silvestre (VISTAS RUI SILVESTRE, V. N. Cacela, 1* Michelin), José Lopes (BON BON, 1* Michelin, Carvoeiro), João Alves (sous-chef LOCO, 1* Michelin, Lisboa) e a dupla Américo dos Santos e Miguel Gomes (pasteleiros BELCANTO, 2** Michelin, Lisboa).

De sublinhar também a presença de alguns dos mais promissores jovens cozinheiros do país, como é o caso de João Narigueta e Filipe Rebocho (HÍBRIDO, Évora), Pedro Sousa (SR. LISBOA, Lisboa), Tomás Rocha e Rita Gama (BICHO MAU, Lisboa) ou do pasteleiro Carlos Fernandes. A cozinhar em conjunto estarão também Leandro Araújo e Rui Sequeira, responsáveis por dois dos mais badalados restaurantes do Algarve, o CAFÉZIQUE (Loulé) e o ALAMEDA (Faro).

Em ambos os dias, pelo menos um prato terá como estrela a sardinha, numa homenagem a um dos mais icónicos e antigos festivais do Algarve, o Festival da Sardinha de Portimão. Também em destaque estão outras espécies da nossa costa, como é o caso da cavala e do carapau.

Cumprindo todas as regras de segurança, o evento terá lugar no mesmo local do ano passado, ocupando duas ruas do centro de Portimão, ambas com entrada na Praça da República (Alameda). Os chefs irão cozinhar a partir de todo o tipo de lojas (barbearias, lojas de doces, papelarias, entre outras), que serão convidadas a assumir um papel ativo no festival. O recinto está aberto em ambos os dias das 18h30 às 22h30.

Vencedor do Grande Prémio da Academia Portuguesa de Gastronomia em 2020, o Arrebita Portugal é uma criação Amuse Bouche que tem como missão estimular a economia e o comércio locais, dinamizar as cidades e as regiões e incentivar o turismo nacional. Conta já com três edições: Portimão 2020, Idanha-a-Nova 2020 e Altitudo Guarda 2021.


CARTAZ ARREBITA PORTIMÃO 2021

Dia 21, sábado

  • João Viegas (CHECK-IN, Faro) – Sarda curada, brioche fumado em cinzas, plâncton, raízes picantes e soufflé de batata
  • Pedro Sousa (SR. LISBOA, Lisboa) – Tosta com ostra e percebes, “a tosta que a tua mãe nunca te fez”
  • Hugo Candeias (THE ART GATE / OFÍCIO, Lisboa) – Sandes de aba estufada em brioche
  • Tomás Rocha e Rita Gama (BICHO MAU, Lisboa) – Santoquetes (croquetes frios de santola, maionese de algas e folhas verdes)
  • Miguel Peres (PIGMEU, Lisboa) – A Porcalhona (bifana)
  • Marco Morais (F, Portimão) – Ceviche de corvina
  • Carlos Fernandes (pasteleiro) – Isto não é uma tarte de amêndoas e figo
  • Leandro Araújo (CAFÉZIQUE, Loulé) + Rui Sequeira (ALAMEDA, Faro) – Pão de cerveja, rillette de porco e maionese de gamba da Costa
  • André Magalhães (A TABERNA DA RUA DAS FLORES, Lisboa) – Picadinho de carapau
  • Miguel Diniz + Cristiano Barata (VIFANAS) – Tosta de sardinha, pimento e toucinho *Opção vegetariana
  • Hugo Brito (BOI-CAVALO, Lisboa) + Artur Gomes – Almôndegas de caldeirada com molho Xó (muxama, presunto, katsuobushi, Moscatel)
  • Maurício Vale (SOI, Lisboa) – Korean Bao Bun Burguer (Steam Bao, brisket burguer, kimchi, crispy kale e maionese de Gochujang)


Dia 22, domingo

  • João Oliveira (VISTA, 1* Michelin, Portimão) – Taco vegetal de tomate coração de boi das Castelhanas e sardinha assada
  • Américo dos Santos + Miguel Gomes (BELCANTO, 2** Michelin, Lisboa) – Alcagoitas
  • Louis Anjos + Ricardo Luz (AL SUD, Lagos) – Sandes em focaccia de choco, choco frito e maionese de lima
  • Marlene Vieira (ZUNZUM GASTROBAR, Lisboa) + João Sá (SÁLA, Lisboa) – Filhós de forma com bivalves, coentros e alho / Bao de porco alentejano com amêijoas
  • Rui Silvestre (VISTAS RUI SILVESTRE, 1* Michelin, V. N. Cacela) – Caril de crustáceos, arroz tufado e limão-caviar
  • João Marreiros (LOKI, Portimão) – Melancia, algas da Arrifana, folha de figueira, citrinos e miso doce de milho
  • Lucas Azevedo (PRAIA NO PARQUE, Lisboa) – Asas de frango fritas com molho avinagrado e aromático japonês
  • José Lopes (BON BON, 1* Michelin, Carvoeiro) – Pernil de porco grelhado, berbigões da Ria Formosa à Bulhão Pato, pickles de malagueta e cebolinho
  • Pedro Almeida (MIDORI, 1* Michelin, Sintra) – Katsu Sando de atum com mostarda, yuzu e alho francês
  • Filipe Rebocho + João Narigueta (HÍBRIDO, Évora) – Brioche de cabeça de xara, pickles, pepino e manjerona
  • João Alves (LOCO, 1* Michelin, Lisboa) – Chicharro curado em miso de grão caseiro, cenoura algarvia e molho ceviche
  • Luís Barradas – Cavala fumada com escabeche de legumes do Hortelão»

 

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publicado às 23:51

Um “Brinde à Cerveja” no dia 6 de agosto

por Raul Lufinha, em 05.08.21

Dia Internacional da Cerveja

 

«A Confraria da Cerveja desafia todos os portugueses a celebrar o Dia Internacional da Cerveja, um evento mundial, assinalado [na primeira sexta-feira de agosto de cada ano] em mais de 50 países, que destaca a importância do setor na Economia, Cultura e Sociedade portuguesas, para além da sua História enquanto uma arte milenar do tempo dos Deuses e pelo que representa: um puro e honesto símbolo de convívio e partilha, presente em inúmeros momentos na vida dos portugueses.

De forma a promover o convívio entre os amigos e a degustação moderada de cerveja, homenagear os responsáveis pela produção, distribuição e comercialização desta bebida, bem como unir Portugal aos diferentes países nesta comemoração, a Confraria da Cerveja desafia os portugueses a partilhar uma fotografia de um brinde à cerveja nas redes sociais, marcando o hashtag #VivaCerveja e a página @sabercerveja, como forma de homenagem ao setor.

Rui Lopes Ferreira, Grão-Mestre da Confraria da Cerveja, assinala que “este ano convidamos todos a unirem-se e a celebrar esta bebida milenar, de forma sempre responsável e com moderação. A comemoração deste dia não é apenas em prol da bebida, mas tudo o que ela implica e por onde passa, desde o momento em que os agricultores semeiam os seus ingredientes – a nossa cevada e lúpulo -, até ao momento em que é servida, que pode ser num encontro de final de tarde, numa degustação de refeição, após um jogo entre amigos e num festival de verão, que esperamos retomar em 2022. O Dia Internacional da Cerveja é para todos os apreciadores e amantes de cerveja em Portugal, bem como para todos os cervejeiros, microcervejeiros, agricultores, distribuidores, comerciais, e para os nossos restaurantes, bares, cafés e discotecas, que hoje estão a restaurar a sua normalidade, e que dão também a cara também pelo setor.”

A bebida alcoólica mais consumida na União Europeia, bem como em Portugal, a cerveja é uma bebida milenar que goza de uma composição habitualmente composta por cevada, lúpulo, fermento e água, a par de uma naturalidade assegurada pela produção cervejeira e microcervejeira nacional, que hoje conta com mais de 100 empresas espalhadas pelos 18 distritos de Portugal e Ilhas. Símbolo maior de convívio e de partilha, a produção de cerveja é uma arte ancestral que chegou há milhares de anos a terras Lusitanas pela mão de Lísias, o pai de Baco, e continua a dar cartas em pleno séc. XXI com uma multiplicidade de novos sabores e empreendedorismo dos cervejeiros em Portugal.

O Dia Internacional da Cerveja, criado em 2007, em Santa Cruz da Califórnia, começou por ser uma celebração apenas no bar dos fundadores, que depois se expandiu até se transformar num evento mundial, assinalado em mais de 50 países.

Em Portugal esta data é celebrada pela Confraria da Cerveja, uma entidade não lucrativa que nasceu do sonho de sete personalidades portuguesas do setor cervejeiro. Inspirada na tradição das irmandades, a Confraria da Cerveja promove a paixão e o reconhecimento da importância da Cerveja enquanto símbolo de convivialidade, partilha, celebração e na defesa da arte cervejeira enquanto atividade de relevo para a economia portuguesa.

Viva a Cerveja!»

 

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publicado às 22:55

CHEFS ON FIRE de volta

por Raul Lufinha, em 04.08.21

CHEFS ON FIRE 2021

 

«CHEFS ON FIRE 2021

O festival mais premium do país está de volta

O festival que junta os melhores Chefs, desafiando-os a cozinhar com fogo, ao som da melhor música regressa com mais dias (18 e 19 de setembro), com chefs e bandas totalmente nacionais (numa altura em que apoiar chefs e artistas portugueses nunca foi tão importante) e com um formato de pop ups para dar palco a talento novo nas semanas anteriores ao festival.

Celebrar as origens e o começo de tudo nunca fez tanto sentido como nos últimos dois anos de avassaladores dias sozinhos em casa, longe de amigos, de família, de comida à volta da mesa. Os últimos anos foram, acima de tudo, um exercício de procurar na saudade, o alento do futuro, um exercício de saber esperar, um exercício de superação.

Superação é o ponto de partida da edição 2021 de CHEFS ON FIRE – após o adiamento inevitável no ano passado, regressa agora, em força, cheio de novidades, pronto a recuperar o tempo perdido. Pela primeira vez, com uma edição de dois dias – 18 e 19 de setembro – , volta com mais Chefs, de boa comida, de bons vinhos e cerveja e boa música, numa experiência distendida no tempo, com um limite de lotação diário de 1500 pessoas. Mais tempo de festival, mas a acontecer na já habitual FIARTIL. Cascais volta a ser o cenário perfeito de música, comida e fogo, com uma seleção totalmente nacional de 14 Chefs e 10 bandas, numa homenagem à restauração e cultura nacional: “Num momento crítico como este, fazia sentido que nos focássemos em ajudar os nossos e o melhor do nosso país, especialmente numa altura em que todos, sem exceção, estamos a sobreviver a um contexto totalmente anormal e muito difícil nas nossas áreas. Esta escolha é o nosso tributo a essa luta, um incentivo à perseverança de que melhores tempos estão a vir”, justifica Gonçalo Castel-Branco, criador e produtor executivo do projeto.

À edição de 2021, no primeiro dia de festival – 18 de setembro – juntam-se os chefs Diogo Noronha (FOODRIDERS), Gil Fernandes (FORTALEZA DO GUINCHO), Hugo Candeias (THE ART GATE, OFÍCIO), Marlene Vieira (ZUNZUM), Miguel Laffan (HOTEL TORRE DE PALMA), Rodrigo Castelo (TABERNA Ó BALCÃO) e Telmo Moutinho (PADARIA DA ESQUINA), ao som de grandes músicos como Dino Santiago, Legendary Tiger Man, Benjamim, Noiserv e Miramar. No domingo, dia 19 de setembro, os menus ficam a cargo dos chefs Alexandre Silva (LOCO, FOGO), António Galapito (PRADO), Carlos Afonso (O FRADE), Diogo Lopes (CURA), Luís Gaspar (SALA DE CORTE), Michele Marques (GADANHA) e Vítor Adão (PLANO), acompanhados pelos Clã, Manel Cruz, Samuel Úria, Rita Redshoes e Cais Sodré Funk Connection, a marcar a música deste último dia.

O selo de qualidade do evento volta-se a refletir nos parceiros do festival – Cascais volta a ser o local escolhido e a combinação perfeita com a estética de CHEFS ON FIRE, desta vez com a presença da cerveja Super Bock Selecção 1927 e vinho Trinca Bolotas, a harmonizar as criações de fogo dos nossos chefs. O produto volta a ter cunho Makro e, à equipa dos Chefs, junta-se o apoio especial dos alunos da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, numa experiência direta da azáfama e trabalho de bastidores de um grande evento.

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL E SOCIAL

A juntar às preocupações ambientais, que fazem parte do leque de temáticas que norteiam as escolhas de produção do evento, o CHEFS ON FIRE acolhe e respeita as recomendações de higiene e segurança por parte da DGS no que diz respeito ao combate à pandemia, tentando, sempre que possível, continuar a apostar em materiais naturais e sem plásticos.

Preservando a parceria com o Corpo de Bombeiros Voluntários do Estoril, este ano o apoio social reverte diretamente para o novo movimento criado pela própria associação – “Cozinha Solidária”. Os esforços dos bombeiros voluntários, perante a situação da região, focaram-se na preparação de 50 refeições diárias àqueles que carecem de mais apoio, sobretudo após a destruição de negócios familiares no Estoril - Cascais. A iniciativa é apoiada pela Junta de Freguesia de Cascais - Estoril, e, por cada bilhete vendido, são revertidos 5 € para alimentar e apoiar este projeto.

SOBRE O EVENTO

O CHEFS ON FIRE irá ocorrer no espaço FIARTIL, em Cascais, nos dias 18 e 19 de setembro, do meio dia à meia noite. Os bilhetes já estão à venda nas plataformas habituais, e todos aqueles comprados para a edição 2020 revertem diretamente para as novas datas de 2021, sem que tenham de ser trocados nas lojas ou plataformas de venda.

À data, e apenas durante 2 semanas, as entradas estão a um preço especial early-bird, sendo que o bilhete diário custa 75 € e o passe de dois dias custa 130 € por adulto. Cada bilhete inclui 10 doses de comida, 5 bebidas e 5 concertos, para um dia completo de atividades dentro do recinto (nos passes de dois dias, a oferta é igual por cada um dos dias). Existe também o bilhete diário de criança, no valor de 25 €, que inclui 5 doses de comida, 3 bebidas e 5 concertos.

A partir de dia 15 de agosto, o bilhete diário passará a custar 95 € e o passe de 2 dias 160 €, sendo que o bilhete de crianças mantém o mesmo valor.

À entrada do recinto o bilhete é trocado por uma pulseira digital, promovendo um evento 100% cashless.

POP UP CHEFS ON FIRE

À terceira edição e tendo em conta o contexto covid, o CHEFS ON FIRE reinventou-se: não passa apenas a ter dois dias de festival como cria um formato inovador, o POP UP CHEFS ON FIRE.

Trata-se um spin-off do festival que continua a levar a essência do cozinhar com fogo e o regresso às origens, a arrancar logo no dia 9 de setembro, no mesmo recinto do festival.

Este novo formato dá palco a novos talentos e mais pessoas de usufruírem do ambiente do evento, ainda que numa escala menor e antes do grande festival.

Funciona como um de restaurante ao ar livre, entre os dias 9 e 16 de setembro, para aproveitar as últimas noites de Verão em Cascais.

Por dia, o jantar fica a cargo de 2 chefs e 1 banda, num evento desenhado para uma lotação máxima de 300 pessoas, no valor de 50 € a incluir a refeição.

O cartaz será anunciado em breve no site do festival.

ORIENTAÇÕES / PROTOCOLO SEGURANÇA E HIGIENE

O desafio de montar um festival em plena época restrita de pandemia é recompensado quando se consegue que um evento como o CHEFS ON FIRE mantenha a mesma essência e espírito, continuando a cumprir as recomendações de segurança e higiene da DGS. Ainda que as normas venham a ser ajustadas de 15 em 15 dias, o protocolo elaborado hoje prevê as medidas que devem ser cumpridas atualmente, que pelo curso natural da gestão de pandemia têm vindo a ser aliviadas ao longo do tempo. O CHEFS ON FIRE foi sempre um conceito que se afastou de multidões e ajuntamentos, pelo que os desafios - como a lotação cumprir os 50% da capacidade do recinto, a circulação ser desimpedida e lógica, o distanciamento mínimo social estar garantido, o facto de ser um evento 100% ao ar livre ou ainda ser um evento cashless – já seguiam a lógica do próprio festival e, por isso, foram uma fácil adaptação do evento ao contexto atual, cumprindo criteriosamente as recomendações da DGS.

Quaisquer medidas que possam vir a ser exigidas, desde utilização de máscaras, a necessidade de resultado negativo nos testes rápidos ou certificado de vacinação, poderão ser adaptadas in loco sem que altere a logística e/ou produção do evento.

Numa altura em que todas as pessoas sonham em voltar a eventos, o CHEFS ON FIRE consegue satisfazer da melhor forma essa vontade, garantindo total segurança e higiene dentro do recinto.

COMO COMPRAR

Os bilhetes estão à venda na Ticketline, incluem 10 doses de comida e 5 de bebida (no evento principal) e4 doses de comida nos pop ups. Doses extra podem ser adquiridas no local em qualquer um dos formatos.

COMO CHEGAR

Localizado no coração da cidade, o espaço FIARTIL é o cenário perfeito para o evento. Inserido numa área urbana de fácil acesso, é ainda assim, um ambiente resguardado no centro do Estoril.

Comboio: CP - Estação Estoril (caminhar durante 5 minutos).

Carro: Saída A5 - Estoril/Alcoitão.

Estacionamento:

- Centro de Congressos do Estoril;

- Casino do Estoril;

- Praça Almeida Garrett.»

 

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publicado às 20:25

Quem quer ser provador oficial de Queijo Serra da Estrela DOP?

por Raul Lufinha, em 03.08.21

Estrelacoop

«Para que cada Queijo Serra da Estrela com Denominação de Origem Protegida (DOP) mereça este rótulo inconfundível revelador da sua identidade e características únicas, há um longo processo que começa na sua cadeia de valor e acaba num painel de provadores qualificados e especializados. Com o objetivo de alargar o número de provadores qualificados para júri do Painel Oficial do Queijo Serra da Estrela DOP, a ESTRELACOOP – Cooperativa dos Produtores de Queijo Serra da Estrela, CRL, está a lançar uma formação profissional de provadores especializados, que irá realizar-se em dois momentos – nos dias 17 e 18 de setembro e nos dias 24 e 25 do mesmo mês. A formação integra uma alargada prática de avaliação sensorial, com aferição das características e atributos de queijos Serra da Estrela DOP, designadamente a crosta, a forma e consistência, a textura, a cor da pasta e o sabor e o aroma.

Esta formação presencial com duração de dois dias é aberta a participantes de todo o país e acontece na sede da ESTRELACOOP em Celorico da Beira. Será realizada pela ALS Portugal, entidade formadora no âmbito da biotecnologia aplicada à segurança alimentar, saúde animal e controlo ambiental.

No final do curso cada participante conseguirá obter a Qualificação para integrar o Painel Oficial de Provadores do Queijo Serra da Estrela DOP, permitindo ao provador garantir que tem conhecimento sobre os elementos distintivos DOP, capacidades ímpares de avaliação sensorial do queijo, bem como de análise da qualidade de produção.

Os interessados podem inscrever-se, gratuitamente, no site oficial da ESTRELACOOP www.estrelacoop.pt ou diretamente aqui.

A ESTRELACOOP – Cooperativa dos Produtores de Queijo Serra da Estrela, CRL é o agrupamento gestor da Denominação de Origem Protegida (DOP) do Queijo Serra da Estrela, do Queijo Serra da Estrela Velho, do Requeijão Serra da Estrela e do Borrego Serra da Estrela. Esta entidade desenvolve a sua atividade com incidência no acompanhamento do processo de certificação, é efetuado por um Organismo de Controlo e Certificação, no apoio técnico junto dos seus associados, nomeadamente ao nível da validação das condições estruturais dos produtores de Queijo Serra da Estrela obtenção da autorização de certificação. A ESTRELACOOP é ainda o “elo de ligação” entre os associados e a entidade certificadora e na implementação do HACCP.»

 

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publicado às 20:38


Partilha de experiências e emoções gastronómicas

Raul Lufinha

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