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No último piso do Sheraton Lisboa, em plena sala do PANORAMA, Miguel Paulino…
… e as cerejas do Fundão
Os jantares temáticos são sempre estimulantes!
Conferem liberdade ao chefe para sair da rotina do dia-a-dia e criar uma refeição inesperada e surpreendente, em que o fio condutor é o produto escolhido.
E permitem-nos desfrutar de um único ingrediente trabalhado de múltiplas formas.
Como sucedeu agora com Miguel Paulino!
Com efeito, no âmbito da Rota Gastronómica da Cereja do Fundão, o chefe do PANORAMA apresentou, no restaurante do último piso do Sheraton Lisboa, um criativo menu temático dedicado exclusivamente a este produto de excelência!
Crocante de cereja do Fundão e iogurte aromatizado com cardamomo | A abrir o jantar, sabores lácteos e a sumarenta frescura do mais famoso fruto do Fundão numa textura estaladiça!
Ostra, neve de cereja do Fundão e coco, salada de aipo e água de ostra | Excelente, a ligação entre a ostra e a cereja! Um prato tão guloso que, no final, dá vontade de beber até à última gota aquele caldo de fruta e mar!
Leite creme de foie gras, com puré de cereja do Fundão e jus de coentros | Grande momento de Miguel Paulino, que, num delicioso exercício de contenção – três sabores no prato mais a textura crocante do pistácio – confirma a enorme versatilidade e aptidão gastronómica da cereja! A qual funcionou muito bem com a gordura sedosa do foie gras... e com a frescura dos coentros!
Supremo de pato com beterraba, cerejas do Fundão assadas no carvão, pele de cavala estaladiça e jus de rosas | Extremamente interessante o contraste entre o empratamento minimalista e a complexidade do prato – em especial, das carnudas cerejas, que foram grelhadas no carvão, tinham um jus de rosas e às quais Miguel Paulino ainda teve a bem-sucedida ousadia de juntar o sabor a peixe assado da pele da cavala bastante crocante! Muito bom também o jus de mel servido na mesa!
Cereja do Fundão fumada com sorbet de maçã e fermento | No limpa-palato, Miguel Paulino voltou a arriscar, tendo apresentado as cerejas com um agradável toque fumado.
Mousse de cereja do Fundão com gelado de cerefólio e mel | Mais uma provocação de Miguel Paulino! Com efeito, à primeira vista, o prato não tem cerejas! Mas é apenas falso alarme, pois a saborosa mousse de cereja está escondida… dentro do cilindro de chocolate!
Cerejas do Fundão | O princípio, o meio e o fim deste estimulante jantar. Sempre muito carnudas e saborosas!
Vinhos do Fundão | Para um jantar de cerejas do Fundão, o vinho do Fundão! Primeiro, um branco, o fresco Alpedrinha Reserva de 2015 da Adega Cooperativa do Fundão, feito a partir de Síria, Fonte Cal e Arinto, com estágio em madeira. E depois o Colheita Seleccionada tinto de 2014 da Quinta dos Currais, um lote de Tinta Roriz (40%), Touriga Nacional (35%), Castelão (15%) e Rufete (10%) que estagiou 8 meses em barrica e foi servido decantado, sobressaindo as notas de… cereja! E sendo ambos D.O.C. Beira Interior.
Ver também:
Sheraton Lisboa Hotel & Spa, Rua Latino Coelho, 1, Lisboa, Portugal
Chef Miguel Paulino
Mette Beate Evensen
Em Trondheim é essencial ir ao teatro…
… conhecer a cozinha de Mette Beate Evensen!
Com efeito, é no teatro do centro da terceira cidade da Noruega que funciona o estimulante RØST, um informal e descontraído “teaterbistro” em que, à boa maneira nórdica, são os cozinheiros que trazem à mesa o que acabam de cozinhar.
E onde Mette Beate Evensen, sempre muito simpática e atenciosa, apresenta três menus de degustação.
Pelo que podemos escolher três pratos, cinco pratos ou então “toda a experiência”.
Esta foi a experiência completa!
Sala de jantar | O restaurante do teatro também tem um palco.
Fumo | Para começar, aromas fumados. Que se libertam, aliás, logo que abrimos o frasco e descobrimos uma bolinha frita como um croquete, mas cujo recheio faz lembrar um pastel de bacalhau – até porque foi feita com um peixe da mesma família, chamado arinca, que habita igualmente as águas gélidas do Atlântico Norte. No topo, agrião.
Taco | Cruzando influências, Mette Beate Evensen apresenta um taco muito fresco, simultaneamente salgado e estaladiço. Tinha tártaro de veado, aromatizado com ovas de peixe branco. Bem como folhas de couves-de-Bruxelas e rabanetes. E ainda umas finas e pequenas tiras crocantes… de pão frito!
Camarão cru | Mette Beate Evensen chegou à mesa e disse: «This is my tribute to the sea!». Consistindo a homenagem ao mar em camarão cru, lingueirão, ovas, ostra (numa emulsão e também no gel que envolvia todo o conjunto), e ainda uma delicada tempura de pepino, para dar uma textura crocante. Sendo finalizado na mesa com um molho camarão, pepino e endro. O resultado é um sabor brutal a camarão… e a mar!
Pão | O momento do pão já é um clássico do RØST. Com efeito, Mette Beate Evensen apresenta um fabuloso pão de batata que esteve a fermentar numas condições muito especiais e que depois é frito em manteiga antes de chegar à mesa, ainda quente. Sendo acompanhado por umas natas azedas bem cítricas e salgadas, pois são trabalhadas com limão fermentado a seco com sal, por cebolinho e ainda por ovas de “bleak fish” da cidade norueguesa de Røros.
Limão fermentado | Por toda a sala do RØST, há frascos com as mais diversas fermentações que Mette Beate Evensen vai fazendo – incluindo um frasco de limão fermentado a seco com sal, tal como o que foi utilizado nas natas azedas do momento do pão.
Lula | A Lula, finamente fatiada e também num creme. O rabanete, finíssimo e igualmente numa brunoise. E, no topo, a batata, bem frita e crocante. Sendo tudo finalizado na mesa com um saboroso molho quente de cogumelos e algas.
Frango e framboesa | Grande momento de Mette Beate Evensen num prato com apenas dois sabores. O frango – com coração frito, um creme de fígado e a pele estaladiça! E a framboesa – num puré e também numas cebolas cozinhadas em puré de framboesa que, da cebola, só têm a textura! Depois, já na mesa, um molho, com bastante acidez, de frango e framboesa!
Bacalhau fumado | Na base do prato, bacalhau fresco fumado. Coberto pela pasta fresca. Sobre a qual encontramos ainda maçã, creme de tupinambo e crocantes de milho caseiros. Sendo depois servido na mesa um fabuloso caldo de bacalhau fumado, feito com as espinhas, e ao qual Mette Beate Evensen também junta uma espécie de alho-francês selvagem que lhe dá a cor verde.
Ganso cinzento | Para o principal momento de carne do jantar, Mette Beate Evensen utilizou a saborosa carne de um ganso cinzento abatido apenas uma hora antes em Levanger, cidade vizinha a norte de Trondheim. Ao qual juntou couve-vermelha, amoras e cogumelos.
Queijo Høvding Sverre | Os menus de degustação de Mette Beate Evensen têm sempre um momento dedicado ao queijo. Tendo a chef do RØST escolhido o aromático queijo de vaca norueguês Høvding Sverre, trabalhado num saboroso gelado e também ralado. Ao qual juntou o sabor da groselha, num meregue, em gel e em pó. Muito bom!
Ruibarbo | Uma nova sobremesa de Mette Beate Evensen, muito fresca! Sorbert de ruibarbo, funcho cru e minúsculos merengues de bagas vermelhas, bem como flocos de aveia fritos e crocantes.
Svele | Como se tem visto ao longo do jantar, Mette Beate Evensen faz muita questão em que o RØST seja uma montra da Noruega. Pelo que, nesta noite, a principal sobremesa é a típica Svele norueguesa, que faz lembrar uma panqueca mas que aqui é comida habitualmente com o famoso “Queijo Castanho”. Então, recriando essa ligação com os sabores caramelizados do “Brown Cheese”, Mette Beate Evensen junta, à Svele e aos sabores lácteos de um gelado de leite, nozes caramelizadas e um guloso creme de caramelo!
Mignardises | Para terminar, “avelãs”… com chocolate líquido no interior!
Equipa | A equipa de cozinha do RØST TEATERBISTRO responsável por este extraordinário jantar em Trondheim: Sara Maalø, Mette Beate Evensen, Pauline Angen Barland, Dominik Literski.
Muito obrigado, Chef Mette Beate Evensen!
Fotografias: Marta Felino e Raul Lufinha
Trondelag Teater, Prinsens gate 18/20, Trondheim, Noruega
Chef Mette Beate Evensen
Baía de Cascais
O Hotel Cascais Miragem fica na Avenida Marginal, à entrada da vila, virado para o Atlântico.
E no seu restaurante GOURMET é possível jantar, de forma tranquila e requintada, com uma deslumbrante vista sobre o oceano e a baía de Cascais, vendo-se ao longe as luzes da marina.
Amuse-Bouche | Ceviche de robalinho & sashimi de cavala com citrinos e funcho.
Pães, Manteiga e Azeites | Seleção de pães do dia. Uma manteiga. E o azeite de duas conceituadas casas produtoras de vinho: o Quinta das Carvalhas, da Real Companhia Velha, no Douro, em frente ao Pinhão, com uma grande mistura de variedades; e o Cortes de Cima, na Vidigueira, em pleno Alentejo, 100% Cobrançosa.
Entrada | Vieiras coradas com macadâmia, puré de cenoura, manga e gengibre, chutney de cebola roxa, molho suave de caril.
Peixe | Duo de garoupa e lavagante, flores, rebentos de alho francês, creme de caldeirada, molho suave de mexilhão.
Carne | Magret de pato lacado com mel, zimbro e alecrim, risotto de frutos silvestres, queijo parmesão em creme e num crocante.
Pré-sobremesa | Mousse de manga com sagu de gengibre.
Sobremesa | Pavlova de piña colada, mousse de coco, ananás dos Açores confitado, granité de rum.
Mignardises | Gomas e bombons.
Equipa de Cozinha | No final do jantar, a equipa responsável esta noite pela cozinha do GOURMET: Eduardo Cavaleiro, Ana Freire, Chef Peter Beckers, Sub-Chef Vítor Baptista, Eduardo Luzio.
GOURMET
Hotel Cascais Miragem, Av. Marginal, n.º 8554, Cascais, Portugal
Chef Peter Beckers
No EMPÓRIO TUTTAPANNA, Anderson Sousa e a sua moqueca
Há novidades no EMPÓRIO TUTTAPANNA, em Vilamoura.
Desde logo, no espaço – que este ano passou para o dobro e está ainda mais acolhedor.
E também na carta, com um novo prato que tem feito furor no Algarve: uma moqueca!
A qual, de facto, é muito especial!
Com efeito, Anderson Sousa já andava com saudades da moqueca que a sua avó índia fazia no Pará, em plena floresta amazónica.
Pelo que o primeiro passo foi ir a Molelos buscar uns tachos de barro negro – da loiça que é possível encontrar em Portugal, são os mais parecidos com os que se usavam em sua casa.
Mas depois, em vez de fazer a moqueca como a sua avó ou até como se faz no Brasil, onde há as mais variadas moquecas de Norte a Sul do país, Anderson Sousa resolveu criar a sua própria versão, muito mais leve e elegante, de modo a poder ser servida ao jantar nas quentes noites algarvias.
Utilizando tamboril, um peixe sem escamas parecido com os peixes de rio da Amazónia.
E também camarão, não de água-doce como na moqueca da sua avó, mas de mar.
Contudo, depois, Anderson Sousa não usa pimentos nem malagueta – esta sua moqueca, para além de bastante digestiva, não é picante.
E retira igualmente o excesso de “azeite de dendê”, também conhecido como óleo de palma, que tornaria o prato muito pesado.
Acrescentando-lhe antes banana, que liga maravilhosamente com o peixe e o marisco, ovo, tomate, cebola roxa, que também lhe dá alguma doçura, e ainda cebola branca, bem como coentros.
Igualmente decisiva é a opção de Anderson Sousa pelo levar do tacho de barro negro ao forno a lenha, permitindo que a moqueca ganhe uns aromas agradavelmente fumados.
Sendo depois acompanhada, à mesa, somente por arroz selvagem bastante neutro.
O resultado é então um guloso e envolvente prato de mar, muito suave e equilibrado!
Anderson Sousa traz à mesa o tacho de barro negro de Molelos com a moqueca acabada de cozinhar em forno a lenha
Moqueca
Arroz Selvagem
Ver também:
EMPÓRIO TUTTAPANNA
Av. Tivoli, Ed. Mourapraia, Loja 2, Vilamoura, Portugal
Chef Anderson Sousa
Parece um laboratório de química… mas é um bar gastronómico
Há um novo gastrobar que promete animar os fins de tarde e as noites de Cascais.
Chama-se KIMYA.
E remete-nos para o imaginário de um laboratório de química.
Por todo o lado, vemos balões, tubos de ensaio e pipetas…!
E, bem assim, imensa gente de bata branca a fazer experiências fumegantes e reações coloridas!
Fica no Sheraton Cascais, resort da Quinta da Marinha.
E, para além de cocktails de autor, tem também pequenos pratos ‘bite size’ para jantar ou picar.
Bem como dois divertidos menus de degustação, em que para cada proposta da cozinha é sugerido o cocktail que com ela melhor ‘reage’!
Tudo porque no KIMYA há uma boa química… entre os cocktails e a comida!
Negroni… Do it yourself
Corneto de camarão… num cone de espinafres
Cocktail de laranja e óleo de trufa
Esferificação de azeitona… com pó de presunto
Falso tomate…! É feijão-frade com atum e cebola!
O balcão do KIMYA… mais parece um laboratório
Ceviche de salmão… com cebola roxa, tomate e manga
Clear Mary… um Bloody Mary diferente, sem o Bloody… ou seja, bastante clarinho… dado ser feito com água de tomate!
Biqueirão avinagrado… com pepino e pimentos vermelhos, sobre broa de milho tostada em azeite e barrada com pasta de azeitona
Oliva… um cocktail com o toque do azeite português e o sabor intenso das anchovas a rechearem as azeitonas verdes
Tataki de atum… com maionese de wasabi e molho de soja na pipeta
KIMYA burgers. Três diferentes. Em comum, a carne de vaca, o creme de queijo e a cebola caramelizada. Depois: Pão de Brioche e Cheddar / Focaccia e Brie / Bola de Berlim e Manchego
Cheesecake de abacate… com espuma de frutos vermelhos
A porta do KIMYA…
… junto à entrada do Sheraton Cascais
KIMYA
Sheraton Cascais Resort, Rua das Palmeiras, Lote 5, Quinta da Marinha, Cascais, Portugal
Claire Feuerheerd Bergqvist (1907-1972) e o chefe Pedro Cardoso
Deslumbrante varanda sobre o Rio Douro, junto ao Pinhão, a Quinta de la Rosa acaba de acrescentar à sua oferta de enoturismo… um restaurante!
Chama-se COZINHA DA CLARA e é liderado por Pedro Cardoso.
Um chefe que tem a desafiante missão de criar uma proposta única a partir da junção e valorização de três elementos essenciais:
1. Desde logo, o Douro – privilegiando os produtos locais e sazonais;
2. Depois, a própria Quinta de la Rosa e, em especial, os seus conceituados vinhos – desde 2002 da responsabilidade do enólogo Jorge Moreira, são aqui não apenas servidos à mesa mas também trabalhados na cozinha por Pedro Cardoso, que utiliza igualmente todos os outros produtos com a marca da quinta, como o azeite e o vinagre;
3. E, por último mas não menos importante, a herança gastronómica da família proprietária da Quinta de la Rosa, em especial a da lendária Claire Feuerheerd, avó da gestora da La Rosa, Sofia Bergqvist, e que dá o nome ao restaurante, reforçando a imagem da quinta como produtora familiar de vinhos do Porto e do Douro.
Tudo isto num antigo armazém de vinhos, logo à entrada da Quinta de la Rosa e com uma vista esmagadora para o Douro, que o arquiteto Belém Lima transformou num luminoso e acolhedor espaço de restauração utilizando matérias-primas locais, como o xisto e a madeira.
Com a mais-valia de a sala ser chefiada pelo experiente Pedro Esteves, um extraordinário anfitrião que nos faz sentir em casa.
E em que, sinalizando a qualidade do projeto, a loiça é Costa Nova, os talheres Vista Alegre e os copos Riedel.
Ou seja, aberto há menos de um mês, o COZINHA DA CLARA é um restaurante que – à semelhança dos vinhos da Quinta de la Rosa – tem tudo para se tornar uma referência do Douro!
Cerveja La Rosa | A abrir o jantar, uma grande surpresa! Com efeito, no restaurante de um produtor de vinho, o aperitivo foi… cerveja! Isto porque a Quinta de la Rosa está a começar a produzir a sua própria cerveja! Um projeto desenvolvido pelo enólogo da casa, Jorge Moreira, com a ajuda de Richard Naisby, especialista em cervejas que utiliza o Vinho do Porto da Quinta de la Rosa na sua Stout Marcus Aurelius. Existindo, pois, já duas cervejas La Rosa, ambas feitas de forma artesanal, produzidas em pequenos lotes e apresentadas em garrafas de meio litro: uma Lager; e esta sedutora IPA, em boa hora servida pelo chefe de sala Pedro Esteves e que estagiou parcialmente em barricas antigas de vinho branco da Quinta de la Rosa, apresentando complexos aromas e sabores a lúpulo… e a vinho branco!
Pão e Azeite | Com o pão regional de Covas do Douro, o azeite virgem extra da Quinta de la Rosa.
Carta de Vinhos | No COZINHA DA CLARA a carta de vinhos foi desenhada pelo próprio enólogo da Quinta da la Rosa. Com Jorge Moreira a centrar-se naturalmente nos vinhos da quinta, mas a incluir também os seus vinhos pessoais (Poeira) e os vinhos que faz em conjunto com Sophia Bergqvist no Douro Superior (Passagem), estando ainda prevista para breve a inclusão na carta de outras referências bastante especiais para o enólogo da casa.
Leitão | O primeiro momento de Pedro Cardoso foi uma deliciosa terrina de leitão, a desfazer-se na boca, com cogumelos salteados, gomos de laranja e um saboroso jus.
La Rosa rosé 2016 | Para fazer companhia ao leitão, Pedro Esteves escolheu o novo e refrescante rosé da Quinta de la Rosa, já da colheita de 2016.
Beterraba | Gaspacho de beterraba – a qual também surge laminada e em cubos – com queijo de cabra e laranja.
Sardinha | Uma leve e crocante chamuça de sardinha, acabada de fritar e ainda quente. Que Pedro Cardoso depois conjuga com uma deliciosa compota de pimentos, que também surgem num coulis. E à qual ainda junta duas variedades de alface da horta da Quinta de la Rosa.
La Rosa Reserva branco 2015 | Para dar luta à sardinha e aos pimentos, Pedro Esteves escolheu o elegante e complexo La Rosa Reserva branco de 2015. Feito maioritariamente de Viosinho – sendo os remanescentes 40% provenientes de vinhas velhas em que predominam Rabigato, Códega do Larinho e Gouveio – metade do lote fermentou e estagiou em barricas de carvalho francês e os restantes 50% em cubas de inox. Resultando num vinho bastante gastronómico, que conjuga muito bem a fruta madura com a acidez.
Polvo | Servido no xisto do Douro, um muito tenro e saboroso polvo grelhado, acompanhado de umas ótimas migas de brócolos com feijão-frade e de um molho de pimentos levemente avinagrado.
DouRosa vs. La Rosa | Fazendo jus ao facto de o COZINHA DA CLARA ser um restaurante integrado numa quinta produtora de vinhos, Pedro Esteves propôs o sempre estimulante desafio de harmonizar a comida com mais do que um vinho. Pelo que foram dois os tintos, ambos de 2015, que fizeram companhia ao polvo de Pedro Cardoso: o DouRosa, sem madeira, mais leve e mais vivo, ligando muito bem com os aromas fortes da grelha e do fumo; e o La Rosa, mais redondo e completo.
Porco | Lombelo de porco, selado no sauté e assado no forno. E milhos transmontanos – num registo deliciosamente cremoso, com grelos e enchidos locais; e também fritos, bastante estaladiços. Com a sofisticação dos cogumelos enoki. E um ótimo jus.
La Rosa Reserva tinto 2014 | Para acompanhar os sabores intensos do lombelo de porco, Pedro Esteves propôs o La Rosa Reserva tinto de 2014, um vinho potente e elegante feito com Touriga Nacional (60%) e com uma mistura de castas provenientes de Vinhas Velhas (40%).
Três sobremesas | Para finalizar o jantar no COZINHA DE CLARA, o chefe Pedro Cardoso propôs uma degustação das três sobremesas que – para além da fruta e da tábua de queijos e compotas regionais – compõem a secção final da carta do restaurante da Quinta de la Rosa: pudim de laranja, com citrinos macerados, para cortar a doçura do pudim, e gelado de tangerina; parfait de leite creme queimado, acompanhado de duas groselhas e de uma amora da quinta, sobre uma base de chocolate; e torta de abóbora, com os sabores lácteos de uma pasta de queijo fresco e com um gelado de noz.
Dois clássicos | Para harmonizar com as três sobremesas, o chefe de sala Pedro Esteves propôs dois clássicos Vinhos do Porto da Quinta de la Rosa: o Vintage de 2005 e o Tawny 20 anos.
La Rosa pairing | Na Quinta de la Rosa, um pairing exclusivamente La Rosa: uma cerveja, um rosé, um branco, três tintos e dois Vinhos do Porto.
Pedro Cardoso e Pedro Esteves | Na sala do COZINHA DA CLARA, o chefe da cozinha e o chefe da sala.
Ver também:
Fotografias: Marta Felino e Raul Lufinha
COZINHA DA CLARA
Quinta de la Rosa, 215, Pinhão, Portugal
Chefe Pedro Cardoso
Sala de Provas da Quinta de la Rosa, com vista para o Douro e o Pinhão
Junto ao Pinhão, na encosta da margem direita do Douro e num cenário de uma beleza avassaladora, a Quinta de la Rosa estende-se desde o rio até uma altitude de 400 metros.
E, para além dos conceituados vinhos do Porto e do Douro assinados pelo enólogo Jorge Moreira, desenvolve também um estimulante projeto de enoturismo.
Que inclui visitas à quinta, nomeadamente, à adega, às caves e às vinhas.
Bem como provas não apenas de vinhos, mas também de azeite e vinagre.
Disponibilizando ainda a Quinta de la Rosa alojamento aos seus visitantes, de modo a podermos ficar hospedados na propriedade de uma família produtora de vinho no Alto Douro Vinhateiro.
Porém, a grande novidade é que, desde a semana passada, a Quinta de la Rosa passou a dispor igualmente de um... restaurante!
Chama-se COZINHA DA CLARA e é uma homenagem a Claire Feuerheerd, avó da coproprietária e gestora da Quinta da la Rosa, Sophia Bergqvist.
Sendo liderado pelo chefe Pedro Cardoso, com a sala a cargo de Pedro Esteves.
Um projeto que promete.
E ao qual o Mesa do Chef, após esta primeira abordagem global sobre enoturismo da Quinta de la Rosa, irá ainda dedicar um post especial.
A sala de provas…
… dos vinhos…
… da Quinta…
… de la Rosa
Varanda sobre o Douro
Visitas guiadas à adega…
… e às caves
Degustação do azeite Quinta de la Rosa
A prova do vinagre feito a partir de vinhos velhos da Quinta de la Rosa, envelhecidos em barris de carvalho – surpreendentemente pouco doce, apresenta uma acidez poderosa e notas de Vinho do Porto
Passeios pela quinta…
… e pelas vinhas
Vale do Inferno, vinha mítica da Quinta de la Rosa
Claire Feuerheerd (1907-1972)
Pedro Cardoso e Pedro Esteves, responsáveis respetivamente pela cozinha e pela sala do COZINHA DA CLARA, o novíssimo restaurante da Quinta de la Rosa
A cozinha de Pedro Cardoso
Os vinhos da Quinta de la Rosa…
… e também a cerveja!
A emblemática “Mesa da Clara”, futuro palco de refeições muito especiais
Wine pairings desafiantes
Jantares vínicos
Visita à cozinha…
… com uma vista esmagadora para o Douro
Em frente à janela da cozinha, a “Horta do Chefe” – uma delas, aliás
A Casa Amarela, com cinco quartos
A vista do quarto, para o Rio Douro
Banhos de sol… e de piscina
Pequeno-almoço…
… com a fabulosa e nada doce “Compota Caseira de Laranja da Clara”, feita à inglesa, segundo a receita de Clara Feuerheerd, com a polpa e as cascas de umas laranjas especiais da quinta extremamente amargas
E que pode ser tomado na varanda…
… sobre o Douro…
… com vista para o rio, a margem esquerda e o Pinhão
Quinta de la Rosa…
… na margem direita…
… do Rio Douro
Um cenário de uma beleza…
… absolutamente avassaladora!
Ver também:
Fotografias: Marta Felino e Raul Lufinha
Quinta de la Rosa, 215, Pinhão, Portugal
Na PEIXARIA DA ESQUINA, Vítor Sobral e os 4 novos vinagres de fruta portuguesa Oliveira da Serra: Maçã, Pera-Rocha, Figo e Tomate
Chefe Consultor da Oliveira da Serra, Vítor Sobral apresentou os quatro novos vinagres de fruta da conhecida marca portuguesa de azeite.
Preparando, na PEIXARIA DA ESQUINA, um prato de peixe... com cada um deles!
Vinagre de Tomate | Deliciosa e refrescante sopa fria de tomate com uma salada igualmente fria de bacalhau. Tendo Vítor Sobral utilizado o Vinagre de Tomate, que liga muito bem com saladas, não apenas de tomate mas também verdes, apresentando um gosto final a legumes maduros.
Vinagre de Figo | Salada de rúcula com requeijão, nozes e uma vinagreta de anchovas, que Vítor Sobral depois finaliza com coentros. Aqui o chefe utilizou o Vinagre de Figo, levemente adocicado e com notas de frutos secos, ideal para temperar saladas com queijo e requeijão. E que Vítor Sobral também recomenda para pratos intensos, nomeadamente com peixes corados e com aves de caça.
Vinagre de Maçã | Para o excelente robalo marinado, Vítor Sobral utiliza também pimento assado, mirtilo e manga, bem como poejos. E depois adiciona-lhe o sabor agridoce do Vinagre de Maçã, que funciona muito bem para cortar o doce (por exemplo, das saladas com fruta) e para cortar o salgado (como sucede com os peixes marinados numa salmoura).
Vinagre de Pera-Rocha | Grande momento de Vítor Sobral, apresentando a garoupa – extraordinária e a lascar – refrescada com Vinagre de Pera-Rocha. Sendo depois acompanhada por puré de grão, vinagreta de beringela assada, cebola roxa marinada e cebolinho. Ora, para além do sabor a pera, este sedutor vinagre denota ainda um final cítrico, tudo características que o tornam indicado para apurar o sabor das vinagretas e para temperar leguminosas como o grão, o feijão e as lentilhas.
Novos vinagres | São quatro os novos vinagres de fruta portuguesa Oliveira da Serra: Pera-Rocha, Figo, Maçã e Tomate.
Rua Correia Teles, 56, Campo de Ourique, Lisboa, Portugal
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.