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Duorum O. Leucura Cota 200 e Duorum O. Leucura Cota 400
Na Quinta de Castelo Melhor, o clima é diferente consoante se esteja lá em baixo perto do Douro ou cá em cima, no topo da propriedade.
Junto ao rio, é mais quente, mais abafado – corre menos aragem, para além de o xisto e a água reflectirem o calor.
Cá em cima, é muito mais fresco e arejado.
Ora, como é sabido, os grandes vinhos do Douro misturam uvas de diferentes altitudes – desde logo, o Barca-Velha.
Mas o que é absolutamente notável é conseguir perceber o efeito que por si só esta diferença de altitude (e consequentemente de clima) gera nos vinhos.
Porém, tal comparação só será possível se tivermos um vinho de cada altitude.
Pois foi precisamente isso que a Duorum fez.
Da colheita de 2008 e da mesma exacta vinha, criou dois vinhos tintos diferentes: um, com as uvas da encosta, com as uvas da cota mais baixa (o “Cota 200”); e outro, com as uvas da cota alta (o “Cota 400”).
E o que é impressionante verificar é que, antes de mais, os vinhos, apesar de serem da mesma vinha, são efectivamente diferentes – ou seja, a mesma vinha dá vinhos diferentes consoante a altitude das uvas utilizadas.
E mais esmagador ainda é constatar que o vinho reproduz as sensações que temos perante essas diferentes altitudes: o “Cota 200” é muito concentrado, muito intenso, muito fechado; já o “Cota 400” é mais fresco, com maior acidez, mais redondo.
Daí que seja essencial prová-los em conjunto. Um só faz sentido por referência ao outro. E apenas provando os dois se consegue ter a experiência única de descodificar esse efeito da altitude no Douro Superior.
A diferença está na altitude
Quanto ao nome dos vinhos, é uma referência a outra marca da Duorum, o respeito pela biodiversidade.
Com efeito, na Quinta de Castelo Melhor nidifica uma águia-de-Bonelli – ave de rapina de grandes dimensões e espécie em perigo de extinção – pelo que, quando a quinta foi criada, houve a necessidade de seguir as melhores práticas ambientais e de conservação da natureza.
O que teve a inesperada consequência do aparecimento na quinta de um pássaro raro, com a plumagem preta e a cauda branca, que se julgava extinto na região (devido aos químicos que lhe matam o alimento): o chasco-preto (Oenanthe leucura), também conhecido como o “pássaro do vinho do Porto”.
O qual deu o nome aos vinhos da cota baixa e da cota alta.
E provavelmente transformar-se-á num símbolo da Duorum.
Gravura na casa principal da Quinta de Castelo Melhor
Duorum | Quinta de Castelo Melhor, EN 222, Km 216,18, Vila Nova de Foz Côa, Portugal
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