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Ainda no mês passado em Londres, na apresentação do livro “Cook it Raw”, feita entre outros por René Redzepi e Alex Atala, alguém da assistência perguntou porque é que um livro sobre gastronomia… não tinha receitas!
Tendo a responsável editorial da Phaidon respondido:
«It would have been a very easy shortcut to put recipes. It would have given what people think they want. What we wanted to focus the book was the attitude that these chefs had. This is what people can really learn from. Recipes are a part of it, but they are not the most important thing.»
E René Redzepi ainda acrescentou, de forma provocadora, que as receitas são perigosas, pois, para além de poderem transformar os cozinheiros em meras máquinas, não são uma verdade absoluta:
«Unless you're cooking a dessert, recipes are a very evil invention.»
E de facto assim é. Não só as receitas não são o mais importante como também não contam a verdade toda – basta pensar que a mesma receita feita por duas pessoas diferentes não fica igual… Ou, como dizia o Abade de Priscos, para outra pessoa fazer um prato igual ao seu, além da receita, ele teria ainda que dar… as suas próprias mãos e o seu paladar! O que não seria possível…
Daí que dê gosto ler um livro como o do crítico gastronómico Fortunato da Câmara.
Editado pel’ A Esfera dos Livros, “Os Mistérios do Abade de Priscos (e outras histórias curiosas e deliciosas da gastronomia)” faz algo muito diferente mas que nos irá marcar de forma bem mais intensa: fruto de uma aturada pesquisa, conta-nos 80 histórias desconhecidas e surpreendentes de clássicos da gastronomia, que irão mudar a nossa forma de ver… e comer!... esses pratos.
Ou seja, como se lê na obra:
«Um livro sobre receitas, que não contém nenhuma… Porque há pedaços da História que se podem saborear sem dar uma única dentada!»
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